Neste domingo, dia 15 de setembro, o palco da Comedoria do Sesc Pompeia abrilhantou e premiou os maiores quadrinistas, escritores e desenhistas do Brasil, no 31º Troféu HQ MIX, que a mais de três décadas com a curadoria de Gualberto Costa e José Alberto Lovetro (JAL), e conta com o melhor (e único) apresentador da premiação, Serginho Groisman.

A premiação começou com uma intervenção do grupo teatral Prana Teatro, com um preito aos quadrinhos, interagindo e divertindo o público que chegava ao evento, com a roleta quadrinística que premiava com uma mini tira adaptada da obra homenageado na premiação deste ano, o quadrinista Angelo Agostini. A discotecagem ficou por conta do DJ MZK.

O troféu trouxe uma homenagem aos 150 anos do primeiro quadrinho brasileiro, feito pelo artista italiano, mas brasileiro de coração Angelo Agostini, recebendo uma homenagem com uma réplica de seu personagem Nhô Quim nas estatuetas, produzida pelo artista Itamar Braga e replicada com arte de Wilson Iguti.

Uma eventualidade que foi representada por grandes nomes da cena quadrinística atual, e onde as mulheres ganharam destaque em diversas categorias, com suas incríveis obras que enobreceram aquela noite e mostraram suas forças de que lugar de mulher é onde ela quiser, com força, garra e determinação, a opinião é todos e de todas, sem desmistificar ninguém.

Além disso, a premiação foi marcada contra a intolerância e alienação que permeia a cena política e social atual, aonde os julgamentos são priorizados e as opiniões ignoradas, excluindo as pessoas, as ideias e as diferenças, trazendo ainda mais ódio e antipatia no mundo de hoje, mas que com a arte e a cultura isso tem de ser distinto, pois esse meios são a fortaleza para ampliar os conhecimentos e dar oportunidades para novas facetas mostrarem suas obras, unindo a humanidade e desiludindo a ignorância.

Essa edição trouxe com garras e dentes a força artística nacional contra os males sociais que tentam execrar a humanidade, com suas falsas ideologias e depoimentos detestáveis, que julga pelas boas ações e vangloria a estupidez e o obscurantismo. E os prêmios ofertadas na noite daquela noite de  domingo levou a diferença ao palco, e o igualou-se todos na mesma voz e vez, levando aos holofotes negros, mulheres, homens, gays, unidos pela arte, apresentando suas obras e trazendo sua essência inerente à sociedade.

Um evento criado para unir e priorizar a arte e a cultura nacional, destacando e abrindo caminhos para novas facetas dos quadrinhos brasileiro, abrangendo e enaltecendo qualquer assunto relevante pautado na sociedade, e excluindo a incompreensão e as ideias sáfaras que tentam sobrelevar à comunidade.

Por Patrícia Visconti