Após árdua e intensa negociação, chega ao fim a greve dos roteiristas e atores de Hollywood

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Após 118 dias, finalmente acabou a greve dos roteiristas e atores nos Estados Unidos, que arrecadou em muitas suspensões e atrasos de séries, filmes, programas de TV, entre outras produções, devido ao um desentendimentos entre os sindicatos Writers Guild of America (WGA) o sindicato da categoria dos roteiristas, e do Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), sindicato patronal, que contou até com a entrada do SAG-AFTRA (Screen Actors Guild – American Federation of Television and Radio Artists), em julho de 2023.

As negociações foram árduas e intensas, gerando atrito entre roteiristas, atores e produtores e os principais e grandes estúdios do país, como Universal Pictures, Walt Disney Studios, Paramount Pictures, Warner Bros., e também de entraram empresas de streaming, como a Netflix, Prime Video e Apple TV+.

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O principal foco da greve foi a disputa trabalhista são os salários e bonificações pagos na mídia do streaming, além do desenvolvimento de roteiros criados através da inteligência artificial, como o ChatGPT, fosse usada apenas como uma ferramenta que pode ajudar na pesquisa ou facilitar ideias de roteiro e não como ferramentas para substituí-las, deixando muitos profissionais desempregados, por conta de uma facilidade artificial, sem emoção e nem sentimentos, para “sobrar” dinheiro das grandes empresas, e agragarem aos acionistas, ao invés em profissionais de verdade.

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A primeira negociação das empresas com os sindicatos, era um piso salarial padrão para roteiristas de televisão e cinema, em um “Acordo Básico Mínimo”, mas os profissionais de streaming estariam excluídos do acordo, assim como de talk shows, mas os sindicatos WGA e SAG-AFTRA não aceitaram a proposta inicial, já que o acordo não beneficiaria os profissionais, e sim, apenas o sindicato patronal. Enquanto as negociações se alastrou ao longos dos meses, e as manifestações se espalhou pelo país, agregando as cidades de Orlando, Atlanta e Honolulu, além de Nova Iorque e Los Angeles que já estava tempestuosas com atores e roteiristas indo às ruas em frente aos escritores e estúdios de cinema, TV e streaming.

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A greve desencadeou os riscos de diferentes contratos ao longo da explosão de streaming de mídia, enquanto produtores desembolsavam grandes somas para talentos criativos, colocando os grandes estúdios em risco junto aos roteiristas por meio de cláusulas maiores, para poder economizar milhares de dólares. Ainda, essa greve afetou outras nuances da indústria de efeitos visuais, como os estúdios de adereços e criação, já que pela suspensão das produções cinematográficas e televisivas em andamento fez com que alguns estúdios fechassem as portas ou reduzissem a equipe.

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Foi uma paralisação veemente e categórica, que só obteve seu fim na noite do dia 8 de novembro de 2023, com equidade adversa ao WGA e SAG-AFTRA, mas que acabou sucedendo em uma perda eminente de empregos diretos e indiretos, estimulando um déficit estimado de US$ 6,5 bilhões para a economia da Sul da Califórnia. Todavia, apesar dos males, as negociações foi acertadas e os desentimentos sanados por ora, ratificando os contratos trabalhistas, regulamentando com maior vigor audições self-tape e impedir impetuosamente que inteligência artificial substitua atores em set e nos roteiros.

Essa paralisação foi uma das maiores nos Estados Unidos desde a década de 1960, quando os atores e roteiristas pararam ao mesmo tempo, para revindicar por benefícios pessoais, como pensão e plano de saúde. E a última paralização dos roteiristas, anterior a essa, foi em 2007, provocando graves impactos à indústria cinematográfica estadunidense e mundial.

por Patrícia Visconti

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