Nesta sexta-feira (29), a cantora Beyoncé trouxe ao mundo seu álbum Cowboy Carter, segundo ato de uma trilogia que começou com o Renaissance.

O projeto possui 27 faixas e é fortemente inspirado pelo country, mas não se limita a ele, contando com momentos de ópera e até mesmo funk brasileiro. As parcerias também são incríveis, tendo Miley Cyrus, Post Malone, Shaboozey, Tanner Adele, Willie Jones e os lendários William Nelson e Dolly Parton.

A cantora texana explicou recentemente que Cowboy Carter nasceu depois de uma experiência não tão agradável onde ela não se sentiu bem-vinda, provavelmente referenciando sua perfomance no Country Music Association Awards, em 2016.

Beyoncé apresentou sua música Daddy Lessons ao lado do grupo Dixie Chicks e foi notável o quanto muitos artistas que estavam presentes não gostaram, motivados pelo preconceito, e a performance foi até deletada do canal oficial do CMAs no YouTube.

A artista explicou que, após essa situação, ela decidiu se debruçar sob o gênero e, depois de tanto tempo, vimos que valeu a pena a espera, Beyoncé trouxe não apenas a essência singular de cada estilo, que são referência insignes à sua carreira, mostrando de maneira visceral e envolvente, quão completa e única ela é.

O álbum é mais íntimo que seu antecessor, mas não menos impactante. A Queen B é conhecida por ser meticulosa em sua arte e novamente isso foi perceptível, pois tudo é encaixado perfeitamente para unir suas raízes texanas e seu lado mais pessoal à potência da artista.

Destaques para o feat com sua filha Rumi Carter, a nova versão de Blackbird, dos Beatles, e a sequência de Dolly P – cantada por Dolly Parton – e Jolene, que além de ser uma regravação do já conhecido hino, faz menção à traição de Jay-Z com a “Becky do cabelo bom”. Além do ritmo contagiante, presenciamos aqui diversos momentos de vocais potentes e letras tocantes, mostrando que o disco tem fortes inspirações no passado da família de Bey, principalmente sua mãe.

Se o Reinaissance te levava a uma festa de house, Cowboy Carter te convida a escutar o rádio em uma casa no Texas. Mais uma vez, Beyoncé provou ser a maior artista viva, tendo quase três décadas de carreira, ainda assim, sempre trazendo algo completamente novo.

por Matheus Araújo