CCXP24 rompe padrões com a tradição e a modernidade digital em uma representação intensa e emotiva

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O jovem colorista paulistano Frank Martin começou na área aos 18 anos, apesar de não ter formação artística tradicional, pois ele estudou procedimento de dados e análise de sistema, Frank começou nos quadrinhos espontaneamente, fazendo por conta criando suas próprias histórias, já que ele não conhecia ninguém que pudesse ilustrar seus roteiros, sendo assim que ele começou a ser colorista e começou a desenhar para a Editora Escola, sob a supervisão do editor Franco de Rosa.

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Frank teve muitas oportunidades, já trabalhou para Rômulo Soares, um dos diversos agentes de artistas brasileiros no exterior, mas suas habilidades sempre foram o conhecimento de informática e do programa Adobe Photoshop, que era usado para fazer cores digitais. Sua capacidade com as cores e mundo digital, começaram alguns méritos internacionais, em que o fez trabalhar imediatamente para editoras norte-americanas.

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O colorista iniciou ao lado do amigo Vitor Ishimura, na revista Imperial Dragons, da editora Alias. Depois de um ano, ganhou experiência na área artística e no aspecto comercial do processo. Assim como muitos outros brasileiros, Francisco tomou alguns calotes no começo de sua carreira. Depois passou a ser agenciado pela Imapcto Quadrinhos, na qual ele ficou por quatro anos e logo depois Frank começou a produzir para a Dynamite Entertainment, na revista Jungle Girl, junto com Adriano Batista.

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Mais tarde ele começou trabalhar para o editor Bill Rosemann, na Marvel, também fez alguns trabalhos para a DC, até ser contratado com exclusividade pela “Casa das Ideias”, além de ser colorista para quase todos os títulos da editora, exceto Daredevil e The Punisher. Atualmente, ele está fazendo as cores da minissérie Original Sin (veja um preview clicando aqui), um dos grandes eventos da Marvel.

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Frank Martin ainda trabalhou com o icone dos quadrinhos Mike Deodato em The Avengers e New Avengers, ambas séries escritas por Jonathan Hickman, autor de East of West. Hoje o colorista de cinco revistas. Além de já ter sido foi indicado ao Prêmio Eisner na categoria Melhor Colorista, por seu trabalho na revista East of West, da Image Comics. O título tem enredo de Jonathan Hickman (de Vingadores e Quarteto Fantástico) e desenhos de Nick Dragotta.

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O quadrinista brasileiro Jô Oliveira, já morou em diversos estados pelo Brasil, mas foi quando viveu no Rio de Janeiro, cidade onde descobriu a Escola de Belas Artes da Universidade do Rio de Janeiro, aos 20 anos que se apaixonou ainda mais pela arte, ele também é formado em Comunicação Social pela Escola Superior de Artes Industriais, na Hungria.

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Na Húngria ele esboçou animação sobre o folclore brasileiro, criando um storyboard em 1973, visitou o “Festival Internacional de Quadrinhos de Lucca”, na Itália, lá conheceu editores italianos, que sugeriram que transformasse o storyboard do projeto de animação em uma história em quadrinhos. No qual foi lançado os filmes em animação “O Saci” e “A Pantera Negra”.

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O quadrinista já publicou diversas revistas em quadrinhos como a história La guerra del regno divino abordando o cangaço, ao voltar ao Brasil, no mesmo ano, se muda para Brasília, no ano seguinte, publicou o álbum A Guerra do Reino Divino pela Codecri, editora do periódico O Pasquim, seu contato com a editora foi o quadrinista Ziraldo, que ele tinha conhecido em 1973, no mesmo Festival de Quadrinhos.

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Ele foi inspiração de enredo de Carnaval da escola de samba Lins Imperial, além de publicar na Itália outra história de temática nordestina, L’uomo di Canudos, sobre a Guerra de Canudos na série Un homme une aventure da editora Cepim (atual Sergio Bonelli Editore). Mas no Brasil, Jô é conhecido por ilustrar diversos selos dos Correios e por ilustrações de livros didáticos e infanto-juvenis, dos quais se destaque uma versão de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

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Também ilustrou cordéis, como Dom Quixote em Cordel de J. Borges e A Peleja de Chapeuzinho Vermelho com o Lobo Mau e O Coelho e o Jabuti de Arievaldo Viana, além de uma versão de O Romance do Pavão Misterioso de José Camelo de Melo Rezende e João Melchíades Ferreira da Silva, escrita por Arievaldo Viana.

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Um artista premiado com Troféu HQ Mix como Grande Mestre 2024 e 2009, participando do álbum MSP 50 – Mauricio de Sousa por 50 artistas publicado pela Panini Comics.

No ano de 2014, ele ilustrou Amarilys, Rei Lear em cordel com textos de Marco Haurélio, a publicação foi lançada em homenagem aos 450 anos do nascimento do dramaturgo inglês William Shakespeare. Em outubro de 2018, teve uma HQ publicada na segunda edição da revista Plaf.

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Agora se prepara para levar suas influências cordelistas, em um estilo de desenho se assemelha a técnica de xilogravura presente nos folhetos de cordel, os mamulengos, a arte de Mestre Vitalino e o São João de Caruaru, para o maior Artists’ Valley do planeta e também celebrar seus 80 anos de vida e 50 dos quais aplicados em desenhos inspirados na cultura popular nordestina na CCXP24.

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por Priscila Visconti

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