[Cabine da Pipoca] Quadro a quadro, dando vida ao movimento

Hoje não vamos indicar filmes, nem falar de gêneros cinematográficos que marcaram épocas, mas sim de um estilo na forma de fazer filme, sem ser em película ou digital.

A pauta de hoje é bem simples, mas ao mesmo tempo bem trabalhosa, já que iremos falar sobre Stop Motion.

Por acaso vocês sabem o que e como se faz isso? Pois bem, iremos te explicar agorinha mesmo, portanto, peguem as pipocas e se segurem frente ao PC, pois a Cabine da Pipoca está montada.

Sabe quando você vê aquelas animações feitas através de fotogramas, massinha de modelar ou utilizando-se de mecanismos articuláveis, como bonecos ou aparatos para captar movimentos humanos se utilizando por câmeras de filmar ou fotografar, até mesmo através de software de computadores.

Basicamente, Stop Motion é a técnica que utiliza a disposição sequencial de fotografias em diferente posições do mesmo objeto inanimado, simulando assim o seu movimento, ou seja, o efeito de parar, mexer, fotografar e mudar o passo na hora da filmagem. Um filme produzido segundo a segundo, movimento por movimento, quadro a quadro, dando a ideia de movimento.

A história do Stop Motion remete-se a um mágico e ilusionista francês, George Mélies, que viu através dessa arte uma ótima maneira para dar sequência à seus truques de mágica que encantavam a todos. Então, a partir de experimentos Mélies iniciou sua carreira cinematográfica com o filme “Viagem à Lua“, de 1902, onde ele captava a chegada do homem à Lua, partindo dessa técnica.

Depois dai, no decorrer do século XX a técnica foi se aprimorando e ganhando outras formas, vindo de diversos diretores de cinema, e por durante muitos anos essa foi a base para efeitos especiais em filmes de robôs e monstros, já que a tecnologia no início do século era bem inferior a que temos hoje, onde se é capaz de criar uma imagem a partir de um computador.

O cinema também se utiliza muito desses efeitos, e com certeza você assistir algum longa produzido por esse recurso, já que alguns filmes emplacaram bilheteria e foram até ao Oscar. Entre eles alguns exemplos estão, O Estranho Mundo de Jack (1993), de Henry Selick, A Fuga das Galinhas, A Noiva Cadáver, Wallace e Gromit, Coraline e o Mundo Secreto, O Fantastico Sr. Raposo (2009), de Wes Anderson, A Festa do Monstro Maluco (1967) e Frankenweenie (2012), mas pode ser um longa caseiro, nem tão glamouroso quão as grandes produções das companhias cinematográficas, como a Disney.

Outras companhias que se utiliza bastante desse recurso são as produtoras de filmes publicitários e também, produtores de videoclipe. Já que este é um método relativamente barato e você só precisa de uma câmera para registrar e muitas ideias na cabeça.

Confira esse filme Her Morning Elegance, produzido por Oren Lavie, de 2009:

Por: Patrícia Visconti

[Cabine da Pipoca] Cinema Marginal Brasileiro


Nesta semana, a pauta será sobre o cinema marginal brasileiro, que começou nos anos de 1968 a 1973, foi uma arte de origem paulistana, na região central da cidade, Santa Ifigênia, ou então chamada de Boca do Lixo, assim chamado pela crônica policial dos anos 20, devido à promiscuidade existente nas proximidades da Estação da Luz e Júlio Prestes.
O cinema marginal recebeu várias denominações, entre as quais ‘udigrudi’ (avacalhação do underground americano inventado por Glauber Rocha), cinema marginalizado, cinema de poesia, cinema de invenção, experimental, alternativo, marcando épocas tensas de uma ditadura militar, rígida  severa e que não tinha liberdade nem de andar pela rua e menos ainda, se expressar de forma social e humanitária.
Eram essas atitudes que os diretores, na época, frente às duras amarras da censura sobre qualquer meio de expressão, principalmente a artística, realizavam seus filmes qualquer preço, indiferente dos rumos que cada diretor dava a sua carreira, mas esta geração de cineastas foi uma a sua importante e criativa contribuição para o cinema nacional, mesmo diante das dificuldades do mercado de exibição na época.
Por isso que o cinema marginal, ou underground, é uma arte do cinema, bastante forte nas grandes metrópoles, pois seus temas, roteiros, cenários e coisas afins, tem um “Q”, que remetendo a vida suburbana de todos os moradores de capitais como São Paulo ou Rio de Janeiro, que vivem em grandes centros, mas frenquenta lugares onde grandes mídias não pautariam e se fosse pautar, iriam perder a essência do alternativo e o glamour simples desta arte e esta arte, pode ser encontrada a cada esquina das ruas e avenidas suburbanas, pois ela está mais viva do que nunca, afinal por atrás das pessoas simples e a sempre atitudes inovadas e que mostra o mundo de uma forma diferente do comum.
Mas é isso ai, o Cinema Marginal é o caminho eficiente para realizar e despreocupar as tradicionais, bem-comportadas fórmulas narrativas e estética, com pouco recurso, mas com muitos anseios.
Trailer do vídeo de lançamento da COLEÇÃO CINEMA MARGINAL BRASILEIRO em DVD:

Por: Priscila Visconti

[Cabine Literária] O Clube de Leitura de Jane Austen

Quem nunca sonhou em montar um clube do livro?

Pois bem, é sobre isso que iremos falar aqui n’ O Barquinho Cultural, não pense que a editoria do Cantinho Literário, mudou de dia, não esta é editoria de cinema, a nossa Cabine da Pipoca, que por tanto tempo ficou nas mãos da nossa querida Estelinha.

Mas no começo desta semana, a internauta, parceira, com seu blog, Resistências e porque não dizer, uma das membro de um mini clube do livro que fazemos através do bate-papo do Facebook, Lucila Neves, (veja também sua página da rede do Facebook) nos enviou como quem não quer nada, um filme um tanto quanto interessante, pois mostra a história de pessoas comum, que se encontram por  intermédio de um livro, então elas montam um clube do livro, fazendo o roteiro do filme ir da comédia, drama e também romance.

O nome deste filme é O Clube de Leitura de Jane Austen, é um filme norte-americano de drama romântico lançado em 2007, escrito e dirigido por Robin Swicord, com roteiro adaptado do romance do mesmo nome de Karen Joy Fowler, que é focado em um clube de discussão de livro formado especificamente para discutir os seis romances escritos por Jane Austen, que ao se aprofundarem na literatura de Austen, os membros do clube encontram-se lidando com experiências de vida que se assemelham aos temas dos livros que estão lendo.
Vejam abaixo a sinopse do filme:

“O clube do livro é criação de Bernadette, uma cinquentona seis vezes divorciada, que se agarra à ideia quando conhece Prudie, uma afetada professora de universidade de Língua Francesa, nos seus 20 e tantos anos e casada, em um festival de cinema de Jane Austen. Sua ideia é ter seis membros e discutir todos os seis romances de Jane Austen, com cada membro recebendo o grupo em sua casa uma vez por mês.


Aceitos também no clube estão: Sylvia, uma bibliotecária que se separara recentemente de seu marido, o advogado Daniel, depois de mais de duas décadas de casamento; Allegra, de 20 e tantos anos, lésbica, filha de Sylvia; Jocelyn, uma solteira maníaca por controle e criadora da raça de cachorros Rhodesian Ridgeback, que tem sido amiga de Sylvia desde a infância; e Grigg, um fã de ficção científica que foi amarrado no grupo por Jocelyn com a esperança de que ele e Sylvia formem um casal compatível.

Com o passar dos meses, cada um dos membros desenvolve características similares àquelas dos personagens de Austen e reagem aos acontecimentos em suas vidas da mesma maneira que seus homólogos ficcionais fariam. Bernadette é a figura matriarcal que sonha em ver todos encontrar a felicidade. Sylvia apega-se à sua crença na benignidade e devoção, e, afinal, se reconcilia com Daniel. Jocelyn renega seus próprios sentimentos por Grigg enquanto brinca de cupido para ele e Sylvia. Prudie, sobrecarregada com a falta de atenção de seu marido Dean, e uma mãe maconheira, de espírito livre e atitudes hippies (um produto da contracultura dos anos 1960), encontra-se tentando desesperadamente não sucumbir aos seus sentimentos por seu atraente aluno Trey. 

Allegra, que tende a encontrar seus amores quando se envolve em atividades que desafiam a morte, sente-se traída quando descobre que sua atual namorada, a aspirante a escritora Corinne, tem usado a vida de Allegra como base para seus contos. Grigg está atraído por Jocelyn e enfeitiçado por sua falta de interesse nele, marcada pela falha de Jocelyn em ler os livros de Ursula K. Le Guin com os quais ele tem esperança de cativar sua afeição. Ele também serve de contraponto cômico para as tomadas muito sérias entre Jocelyn e Prudie.”

O Clube de Leitura de Jane Austen
Data de lançamento: 21 de setembro de 2007
Direção: Robin Swicord
Lançamento em DVD: 5 de fevereiro de 2008
Duração: 106 minutos
Trilha sonora: Aaron Zigman

Elenco
Maria Bello como Jocelyn | Emily Blunt como Prudie |
Kathy Baker como Bernadette
Hugh Dancy como Grigg | Amy Brenneman como Sylvia | Maggie Grace como Allegra
Jimmy Smits como Daniel | Marc Blucas como Dean |
Lynn Redgrave como Mama Sky
Kevin Zegers como Trey | Nancy Travis como Cat Harris | Parisa Fitz-Henley como Corinne | Gwendoline Yeo como Dr. Samantha Yep

Assista abaixo, na integra o filme “O Clube de Leitura de Jane Austen”:

Para saber mais informações sobre o filme acesse o site oficial.
Mas é isso, está atrasado, pois não subi no dia certo do Cabine, afinal estou me adaptando ainda em pautar a editoria de cinema, porque ainda atrapalho um pouco, ai acabo esquecendo de subir o texto, mas relaxem que logo eu pego jeito da ‘coisa ‘ e meto bala na ‘bagaça’.
Boa fim de semana à todos e até a próxima sexta-feira com mais Cabine da Pipoca, que nesta semana virou a Cabine Literária.Por: Priscila Visconti

[Cabine da Pipoca] Os melhores do Oscar 2013

A cerimônia de entrega do Oscar 2013, que foi realizada no último domingo (24) em Los Angeles, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográfica de Hollywood, e contou com a presença das celebridades que brilharam no cinema em 2012, como o ator e diretor Ben Affleck, que dirigiu o longa “Argo”, Ang Lee que dirigiu “As aventuras de Pi”, Anne Hathaway e Hugh Jackman de Os Miseráveis e o favorito da noite, “Lincoln”, de Steve Spielberg, que estava indicado em 12 categoria e a presença ilustro da primeira-dama Michelle Obama, que participou da premiação via skype, direto da Casa Branca, Washington, DC, entregando o prêmio mais esperado da noite, que foi o de Melhor Filme, que “Argo”, acabou ganhando, desbancando os favoritos da categoria, “As Aventuras de Pi” e “Lincoln”.

Mas não é porque o filme “As aventuras de Pi”, não ganhou o prêmio mais esperado da noite, que eles saíram sem nada, pois o filme foi um dos recordistas da noite, levando para casa quatro estatuetas (direção, fotografia, trilha sonora original e efeitos visuais), logo atrás veio “Argo”, com três estatuetas, as de melhor filme, roteiro adaptado e edição e “Os Miseráveis”, de Tom Hooper, que conquistou as estatuetas de atriz coadjuvante, mixagem de som e maquiagem e “Lincoln”, que estava na liderança, com 12 indicação e era o favorito dos críticos, acabou levando apenas dois, o de melhor ator e direção de arte.

Neste Oscar, houve até mesmo empate entre categorias, algo raro de se acontecer na premiação e os dois longas que acabaram dividindo o prêmio de melhor edição de som, foram, “007 – Operação Skyfall” e “A Hora Mais Escura”. Um empate como esse só ocorreu duas vezes na premiação do Oscar, uma foi em 1968, no prêmio de melhor atriz, que ficou com a Katharine Hepburn e Barbra Streisand e em 1995 na categoria de melhor curta-metragem, quem levaram a estatueta foram os curtas, “Franz Kafka’s It’s a Wonderful Life” e “Trevor”.

Nesta premiação do Oscar de 2013, deve de tudo, presença da primeira-dama, participação do ursinho Ted, que subiu ao palco com Mark Wahlberg, que contracena no filme junto com ele, para a entrega do prêmio de Edição de Som, que acabou dando no empate de “A hora mais escura” e “007 – Operação Skyfall”, a Jennifer Lawrence, caindo nas escadarias, quando foi subir ao palco para buscar seu prêmio de melhor atriz, pelo filme de “O Lado Bom da Vida” , apresentação dos musicais, Chicago, Dreamgirls e Os Miseráveis e apresentação de música, mas esperada e favorita da cerimônia, a inglesa Adele, que ganhou a estatueta de melhor canção original.

Veja abaixo o vídeo da primeia-dama Michelle Obama, anunciando o prêmio mais esperado da noite, que foi o de melhor filme do ano, que acabou ficando com o longa do ator e diretor, Ben Affleck, que já ganhou moral, logo no primeiro filme que dirigiu, pois além de ganhar a prêmio mais esperado do noite, foi anunciado pela primeira-dama dos Estados Unidos.

Confira abaixo a lista dos vencedores do Oscar de 2013:
Filme
“Argo”
Diretor
Ang Lee (“As aventuras de Pi”)
Ator
Daniel Day-Lewis (“Lincoln”)
Atriz
Jennifer Lawrence (“O lado bom da vida”)
Ator coadjuvante
Christoph Waltz (“Django livre”)
Atriz coadjuvante
Anne Hathaway (“Os miseráveis”)
Filme estrangeiro
“Amor” (Áustria)
Roteiro original
Quentin Tarantino (“Django livre”)
Roteiro adaptado
Chris Terrio (“Argo”)
Animação
“Valente”
Documentário em longa-metragem
“Searching for a sugar man”
Documentário em curta-metragem
“Inocente”
Fotografia
“As aventuras de Pi”
Edição
“Argo”
Trilha sonora original
Mychael Danna (“As aventuras de Pi”)
Canção original
“Skyfall”, de “007 – Operação Skyfall” – Adele (música e letra)
Efeitos visuais
“As Aventuras de Pi”
Edição de som
“A hora mais escura”
“007 – Operação Skyfall”
Mixagem de som
“Os Miseráveis”
Melhor curta-metragem
“Curfew”
Curta-metragem de animação
“Paperman”
Figurino
“Anna Karenina”
Design de produção (Direção de arte)
“Lincoln”
Maquiagem e cabelo
“Os Miseráveis”
Por: Priscila Visconti (trazendo os melhores momentos e os premiados do Oscar 2013)

[Cabine da Pipoca] O Carnaval para todos os estilos

O carnaval chegou e junto com ele veio muita animação, folia, música e curtição, mas há quem não gosta dessa animação e prefere algo mais tranquilo e sossegado, como ir ao cinema, alugar um bom filme ou então dormir.

Por isso que nós d’O Barquinho Cultural, queremos agradar à todos, os foliões e não-foliões, afinal somos um site democrático que pautamos todos os lados da cultura e foi pensando nisso que fizemos umas buscas culturais, para fugir da folia de carnaval, para todos se divertirem, afinal não é porque vivemos no país do samba, que somos obrigados a gostar de carnaval, não acham?

Aliás, não há nada mais relaxante, do que curtir o carnaval indo ao cinema, principalmente se você não curtir a festa e for um amante por cinema, mas há quem prefere se soltar nestas semanas
carnavalescas, com um bom show de rock ou então uma balada eletrônica, mas se liguem nesta seleção de filmes que fizemos para assistir e se divertir nestes quatro dias do feriado, que não tem ligação alguma com a festa popular, que é o carnaval.

So let’s go the movies…

1. Paperman – Por: Patrícia Visconti



2. Uma carta ao pai – Por: Camila Ushiwata



3. A morte e vida de Charlie – Por: Camila Ushiwata



4. A Dama de Ferro – Por: Márcia Martins



5. Burlesque – Por: Isabela Cunha

É isso ai pessoal, feliz carnaval, boas festas à todos, não importando como este feriado será comemorado e aprecie com moderação e juízo.

Por: Priscila Visconti (ancorando por aqui no Cabine da Pipoca)