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Cabine da Pipoca
Sem muitas delongas, venho sugerir pra esse final de semana invernoso, na maioria das cidade brasileiras, um filme diferente: o noir The Woman in The Window. Assisti a esse filme semana passada, na aula de Cinema da faculdade e foi o melhor de todo o semestre. Pra quem não sabe, filmes noir são aqueles associados a detetives, mistérios que giram em torno de um crime, heróis-trágicos, mulheres fatais, suspense, iluminação dramática e, principal característica, a imagem ser em preto e branco.
Do princípio até os minutos finais, ele se apresentava semelhante aos demais do mesmo estilo não só no que respeitava o visual, o ambiente, as personagens, elementos temáticos, cinematográficos e até os de roteiro. As errôneas decisões do herói trágico (quando não deveria ter-se permitido uma aventura amorosa; não ter ligado para a polícia e contado do assassinato que cometera em legítima defesa; não ter-se entregado à polícia na segunda chance que teve e a falta de cuidado ao insinuar informações sobre o assassinato) despertavam no espectador envolvido com o protagonista o suspense, o medo pelo que poderia lhe acontecer. A perspicácia do amigo promotor do protagonista, que cada vez mais se aproximava do assassino, contribuía também na intensificação do suspense dramático. A tensão era percebida não só pelos textos interpretados, bem como nos fundos musicais, na iluminação e na feição dos atores envolvidos na trama central, cujas interpretações, diga-se de passagem, são de uma qualidade tremenda.
Enquanto assistimos o filme e achamos que o clímax da obra está no aparecimento previsto de um chantagista, na tentativa da peripécia pela mulher do retrato, nas várias dicas de culpa que o protagonista deu ou no que lhe aconteceria após sua tentativa de overdose, eis que a surpresa maior se dá no momento em que descobrimos que nada aconteceu. Não houve uma aventura, não houve um crime, não houve um chantagista, não houve sequer uma saída do hotel que principiasse qualquer acontecimento. Todas as cenas, todos os dramas, conflitos e tensões não passaram de um sonho que o nosso protagonista teve enquanto dormia à espera das 22h30.
Apesar de eu já ter deixado escapar o final, você se surpreenderá da mesma forma ao assistir o filme. Tentei tecer um comentário mais elaborado, mas o filme é tão surpreendente que me deixa sem palavras. É muito mais do que um filme em preto e branco, da década de 1940, sugerido por uma pseudonerdcult amante de obras antigas. É mistério, é tensão, é um pouco de psicologia também, é surpresa, é alívio.
Caso você se permita, diga-me depois o que achou. Contate-me no twitter, no facebook ou aqui mesmo. Vale à pena!
Cabine da Pipoca
por Estela Marques
| Foto: Divulgação |
Tem um lugar por onde quase sempre passo que é cheio de mato e evito ficar muito tempo em volta pra não correr o risco de me deparar com qualquer tipo de animal, principalmente ratos. Nem todos são simpáticos e fofos como o Stuart, O Pequeno Stuart Little.
Ah, quem não conhece o primogênito no cinema contemporâneo da família dos roedores? Sagacidade, inteligência e sensibilidade fizeram do ratinho branco um sucesso, conquistando crianças e adultos com seu instinto aventureiro e altruísta. Questiono-me até hoje como alguém pôde, um dia, conseguiu resistir aos encantos daquela fofura.
Outra emoção levada aos espectadores pelo mundo animal foi com Marley e Eu. Particularmente, não me emocionei tanto quanto outras pessoas que também assistiram ao filme, mas respeito e transmito o ponto de vista dos demais pra vocês (parei de assisti-lo na metade, não tive paciência para as peripécias do animal). Justifico esse sensacionalismo todo por causa da forte ligação que as pessoas têm com os cachorros, sendo eles o animal de estimação da grande maioria.
Como as histórias nessa vida têm no mínimo dois lado, nem sempre as obras cinematográficas trazem os animais de forma fraternal, como nos filmes citados há pouco. Geralmente, aqueles que trazem consigo, em subjetividade, o pavor, medo, apreensão e tensão protagonizam filmes mais horrorosos, tais como: Orca, a baleia assassina, Jurassic Park 1,2,3,4, Tubarão de Malibu, entre outros semelhantes.
Havemos de concordar que filmes seguidores dessa linha devem ter valorização à parte. Não deve ser fácil contracenar com um animal, colocá-lo na posição em que lhe é necessária ou domá-lo para que ele aja de acordo com o script. E isso, com sua particularidade, os diretores têm conseguido com primazia.
[Plantão OBC] Nova versão de a Bela e a Fera
Por: Priscila Visconti
Cabine da Pipoca
| Foto: Internet |


