Cabine da Pipoca

Autor desconhecido

Duas pessoas diferentes e uma relação: o Cabine da Pipoca da semana fala sobre Amor e Dor, drama francês de Lou Ye.

Hua, estudante chinesa que mora em Paris, foi deixada por seu antigo companheiro e com ele viveu um intenso relacionamento. Andando pelas ruas da belíssima capital francesa, acaba conhecendo Mathieu. Ele, trabalhador da construção civil no subúrbio francês, engata um instável relacionamento com a moça, dando espaço para as violências física e verbal fazerem parte da rotina do casal. 
Segundo crítica feita por um site especializado na sétima arte, o drama das personagens do filme remete ao espectador o pensar na dor, sendo ela física e/ou emocional, em alguns casos até lhe dando a sensação de que ele está vivendo o que elas estão encenando. 
Aproveitando o descanso do final de semana, a ideia de assistir a esse filme é boa e o tempo gasto parece ser agradável.
See ya!

Cabine da Pipoca

Nesta semana, vamos dar uma pausa na viagem e nos hospedar na profissão jornalística, a essência do blog que vos proporciona passeios pelos diversos campos da cultura. O Cabine da Pipoca de hoje fala sobre Diário de um Jornalista Bêbado, estrelado pelo consagrado Johnny Depp.

Na verdade, a personagem de Depp, protagonista do filme, é considerada pelos críticos o auter ego de Hunter Thompson – criador do jornalismo Gonzo e roteirista do longa. O jornalismo Gonzo é aquele que não tem tantas regras quanto o tradicional, permitindo ao jornalista a liberdade em misturar o ficcional com o real.

Paul Kemp é um repórter norteamericano trabalhando num periódico de San Juan, o The San Juan Star. O jornal, tão decadente quanto a cidade à época, é chefiado por Lotterman, que obriga Paul a trabalhar com horóscopos e cobrir partidas de boliche.

O filme, aparentemente bobo, contextualiza uma realidade vivida após a Segunda Grande Guerra. Na época em questão, os Estados Unidos começavam a perceber a força comunista rondando Cuba, principalmente o Caribe. Por influência, os porto-riquenhos não aprovavam a presença americana na região por acreditar em seu interesse comercial no país – a exemplo, especulações imobiliárias. Na ficção, a personagem que ilustra essa imagem é Sanderson, inescrupuloso interessado na região e namorado de Chenault, com quem Kemp vivia a sonhar.

Visão de alguém apaixonado pela profissão à parte, o longa aparenta ser divertido e interessante por nos contar sobre uma modalidade jornalística que temos pouco contato diariamente. Além disso, não seria nada mal ver o talentoso Johnny Depp estrelando uma mistura de drama, romance e comédia, não é verdade?

Enjoy!

Cabine da Pipoca

Como todo bom barco, a viagem segue e o destino da semana é a América do Sul, uma viagem pela região chilena. A Dançarina e o Ladrão (ou El Baile de la Victoria) nos reportará ao final do Chile ditatorial, um Chile se tornando democrático, livre.

O filme conta o drama de dois ex-presidiários que, após serem anistiados pelos crimes que cometeram, se veem no mundo novamente como cidadãos aparentemente comuns, se não fosse o fato de já terem sido presos. Fernando Trueba equilibra o drama de destes rapazes em busca de novos caminhos na vida com o lirismo da arte e talento de uma garota que guarda a dor consequente da ditadura chilena: Victoria, que vive numa busca incessante por oportunidades. Podemos associar a luta dessa personagem com a enfrentada pelo Chile no momento pós-ditadura, quando o país deveria buscar caminhos para “gostar”, novamente, de viver. 
O longa tem seu charme tanto no contexto histórico, nos remetendo a uma realidade passada, quanto em seus clichês, como a personalidade romântica e simples dos personagens que, geralmente, conquista grande parte dos espectadores. 
Que tal nos darmos a chance de viver (ou reviver, para os chilenos leitores) uma realidade que nós conhecemos durante alguns períodos? 
Até breve,

Cabine da Pipoca

Tenho cá minhas dúvidas se a estreia de Jardim das Folhas Sagradas é hoje, mas como uma das fontes que consulto diz isso e desde que vi o trailer deste filme eu tive vontade de sugeri-lo a vocês, não perderei a oportunidade.

Deixando um pouco de lado a impessoalidade que costumo ter aqui no Cabine da Pipoca, falo sobre esse filme como uma soteropolitana que vê constantemente manifestações de intolerância em diversos aspectos, principalmente no religioso. Esse é um dos temas abordados pela obra em questão, uma vez que a história construída sobre Bonfim, bancário bem sucedido, negro e bissexual, casado com uma mulher branca evangélica, aborda a tarefa incumbida a ele de criar um terreiro de candomblé na cidade do Salvador, obrigando-o a enfrentar barreiras como a especulação imobiliária, preconceito racial e a própria intolerância religiosa presentes na cidade – este último merece destaque pela frequência que ocorre nas ruas da capital. 
No elenco, há algumas caras conhecidas do filme Ó Paí Ó, como Auristela Sá e Érico Braz; o ator de Cordel Encantado, João Miguel e, protagonizando a obra, Antônio Godi, como Bonfim. 
Não há muito o que falar, uma vez que, como dizem, “imagens valem mais que mil palavras”. Vou correndo pro cinema assistir este filme e sugiro que você faça o mesmo, mas logo depois de assistir ao trailer. Confira:
Have a nice weekend!