[Cabine da Pipoca] O cinema agradece Charlie Chaplin

Salve salve tripulação, hoje é dia de cinema aqui n’O Barquinho Cultural, que infelizmente não teve a coluna na semana passada por alguns desvios da vida e também por força maior, que iriamos falar sobre o ícone do cinema mudo, Charlie Chaplin, mas como somos bastante boazinhas, não vamos deixar passar batido e ir para a próxima pauta.
Afinal ele foi um grande astro do cinema mundial e merece estar no hall da fama aqui do OBC, junto com outros artistas, escritores, músicos e entre outros, por isso se ligam neste ‘post’ e conheçam mais sobre o grande Sir Charles Spencer Chaplin, ou simplesmente o querido Carlitos.

Charlie Chaplin nasceu em Walworth, Reino Unido, no dia 16 de abril de 1889, ele foi ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e músico britânico, sendo um dos atores mais famosos da era do cinema mudo, notabilizando pelo uso de mímica e da comédia pastelão.

Chaplin ficou bastante conhecido pelos filmes O Imigrante, O Garoto, Em Busca do Ouro (este considerado por ele seu melhor filme), O Circo, Luzes da Cidade, Tempos Modernos, O Grande Ditador, Luzes da Ribalta, Um Rei em Nova Iorque e A Condessa de Hong Kong.

Ele sempre foi bastante influenciado pelos comediantes Max Linder, Georges Méliès, D. W. Griffith Luís e Auguste Lumière e compartilhando o trabalho com Douglas Fairbanks e Mary Pickford, foi influenciado pela mímica, pantomima e o gênero pastelão e influenciou uma enorme equipe de comediantes e cineastas como Federico Fellini, Os Três Patetas, Peter Sellers, Milton Berle, Marcel Marceau, Jacques Tati, Rowan Atkinson, Johnny Depp, Michael Jackson, Harold Lloyd, Buster Keaton e outros diretores e comediantes. É considerado por alguns críticos o maior artista cinematográfico de todos os tempos, e um dos “pais do cinema”, junto com os Irmãos Lumière, Georges Méliès e D.W. Griffith.
Charlie Chaplin não só atuava, mas dirigia, escrevia, produzia e financiava seus próprios filmes, sendo fortemente influenciado por um antecessor, o comediante francês Max Linder, a quem dedicou um de seus filmes à ele. Vivendo 75 anos na vida do entretenimento, desde a sua primeira atuação quando ainda era criança nos teatros no Reino Unido durante a Era Vitoriana quase até sua morte aos 88 anos de idade.
A vida pública e privada de Chaplin, abrangia adulação e controvérsia. Juntamente com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith, Chaplin fundou a United Artists em 1919.
O filme o qual teve seu personagem mais famoso foi The Tramp, conhecido como Charlot na Europa e Carlitos ou “O Vagabundo”, aqui no Brasil, que é a história de um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro, usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e sua marca pessoal um pequeno bigode-de-broxa.
Charlie Chaplin ganhou vários prêmios, foi homenageado em diversos lugares, até depois de sua morte ele não foi esquecido, por sua inigualável contribuição ao desenvolvimento da sétima arte, Chaplin é o mais homenageado cineasta de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d ‘Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972).
Conheça um pouco Sir Charlie Chaplin:
Nome: Sir Charles Spencer Chaplin  (mais conhecido como Charlie Chaplin) 
Profissão: ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, 
roteirista e músico britânico. 
Nascimento: 16 de abril de 1889, Walworth, Reino Unido
Falecimento: 25 de dezembro de 1977, Vevey, Suíça
Filhos: Geraldine Chaplin, Sydney Chaplin, Charles Chaplin, Jr., Mais
Cônjuge: Oona O’Neill (de 1943 a 1977), Paulette Goddard (de 1936 a 1942), Lita Grey (de 1924 a 1927), Mildred Harris (de 1918 a 1920)
Músicas
Les Temps modernes
Modern Times
The Kid
City Lights
The Circus
The Gold Rush
The Great Dictator
Misfortunes of a Street Cleaner
Smile
A Dog’s Life
Limelight
A Nonsense Song
Le Dictateur
La Violetera
Filmes
Tempos Modernos – 1936
O Grande Ditador – 1940
The Kid – 1921
Luzes da Cidade – 1931
Luzes da Ribalta – 1952
Bibliografia
DICIONÁRIO UNIVERSAL NOVA FRONTEIRA DE CITAÇÕES, Paulo Rónai, 3ª ed, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira 1986.
História de Minha Vida (My Autobiography) Charles Chaplin; tradução de Raquel de Queiroz, R. Magalhães Júnior e Genolino Amado; 3ª ed, Rio de Janeiro, Editora Livraria José Olympio, 1965.
História de Minha Vida (My Autobiography) Charles Chaplin; 12ª ed.
O Pensamento Vivo de Chaplin, pesquisa de texto e tradução: José Geraldo Simões Jr., Martin Claret, 1986.
Chaplin – Vida e Pensamentos, Martin Claret, 1997
CHAPLIN por ele mesmo, Editora Martin Claret, 2004
Assista abaixo o filme completo de Chalie Chaplin –  Tempos Modernos (1936):
 
 

E com esta frase abaixo, do rei do cinema mudo, nós terminamos a nossa sessão de cinema por hoje, pois rir é o melhor remédio e isso Charlie Chaplin sabia fazer e proporcionava em cada personagem que representava.

Até semana que vem com mais sessão cinema aqui n’O Barquinho Cultural

Cabine da Pipoca

por Estela Marques

Divulgação: CharlieChaplin.com

Assisti, há algumas semanas e inclusive comentei no meu twitter (a quem for de interesse, @marquestela), um filme um tanto metalinguístico. Uma das histórias contadas era a do cinema. Nesta, uma das personagens fora produtor, diretor e ator dos seus próprios filmes e isso me fez lembrar do Charlie Chaplin e dos seus vários personagens e variadas funções no mundo da sétima arte.

Quem não se lembra da imagem de um moçoilo vestindo fraque, calças e sapatos maiores que se número; utilizando cartola, bengala e, para terminar de compor o particular visual, um bigode-de-broxa? Carlito, ou o Vagabundo – como conhecido no Brasil – foi o principal personagem de Chaplin em toda sua carreira. Em entrevista dada há alguns anos, ele conta que The Tramp surgiu de uma ideia de última hora. Ao encontrar calças largas, um paletó apertado, uma pequena cartola e um par de sapatos maior que seu número, despertou a vontade de criar um personagem contraditório, cômico (para tanto, terminou de compor o visual com um pequeno bigode), romântico e frustrado nesta última característica. A personagem atuou em Tempos Modernos, dirigido por Chaplin e considerado uma forte crítica ao sistema capitalista, às políticas do imperialismo e liberalismo, ao militarismo e outros comportamentos referentes aos anos 1930.

Em Luzes da Ribalta, Charles Chaplin pôde trabalhar com todos os seus talentos. Ele dirigiu, produziu, financiou, escreveu o roteiro; foi cinematógrafo, músico, regente de orquestra e ator, interpretando Calvero no filme. A personagem é um antigo palhaço de teatro bastante reconhecido que vive o atual fracasso da sua vida enquanto ator. Envolve-se com uma dançarina ao tentar salvá-la de um suicídio e é a partir daí que a história se desenvolve. Ganhou o Oscar de melhor música em 1952 e, no Brasil, foi regravada por importantes intérpretes, como Maria Bethânia.

Seus últimos trabalhos foram A King in New York (1957) e  A Countess from Hong Kong (1967), nos quais ele escreveu, dirigiu, produziu e atuou, fazendo sua última aparição na década de 1960 como mordomo. Após a conclusão deste mesmo filme, sua saúde começou a se fragilizar mais e no meio dos anos 1970 sentia dificuldade para se comunicar e passou a se locomover com a ajuda de cadeira de rodas. No natal de 1977, dormindo, sofreu um derrame cerebral que o levou à morte.