Desculpa pela demora da editoria de tecnologia, mas com o calor que está fazendo nessas últimas semanas, não dá animo para fazer nada, apenas de ficar deitada de boa em frente ao ventilador.
Mas voltando a nossa pauta sobre tecnologia, algumas semanas atrás ocorreu a Campus Party Brasil #7, no Parque Anhembi, na cidade de São Paulo, com diversas novidades sobre o mundo tecnológico, infelizmente não conseguimos credenciamento para ter acesso em toda a feira, mas aproveitamos o máximo da ‘Open Campus’, para pegar diversas informações para o nosso boletim, como aplicativos para as crianças em idade do pré-escolar, já que não há muitos recursos da área de tecnologia para os pequenos.
Como a empresa de comunicação digital, Y+B Digital Content, que gerencia a criação de aplicativos mobile e enxerga novos caminhos para a comunicação e a educação e criou o primeiro aplicativo para crianças. A Y+B Digital Content, é o braço digital da Y+B Comunicação, empresa especializada em conteúdo e design editorial, é um studio produtor de aplicativos mobile multiplataforma (apps para celulares e tablets) com foco e experiência editorial.
O Frankie, que foi já foi premiado em primeiro lugar no Prêmio Hipertexto de Tecnologias na Educação – Categoria Arte Digital e em segundo, no ComKids Prix Jeunesse Iberoamericano – Categoria Digital Interativo. O Frankie for Kids é o primeiro app book para tablets criado e executado pelo studio, que presta serviços para editoras de revistas e livros, agências e sites.
Mas além do Frankie for Kids, a empresa também tem outros app book, como a “Via Láctea, de Olavo Bilac”, que uma versão para crianças do poema do escritor, com sons e imagens, bastante interativa, para que as crianças a adquirirem o gosto pela literatura, desde pequenos.
Confira abaixo os links dos dois app book publicados:
Assista um pouco do aplicativo do monstro Frankie abaixo:
Frankie for Kids é a emocionante e clássica história de Mary Shelley recontada em português e inglês para jovens e com uma série de interatividades possíveis apenas nos tablets.
Adaptação/Adaptation: Samira AlmeidaTradução/Translation: Eugênio ConeglianArte/Art: Fernando TangiProgramação/Programming: Mauker Olimpio (Mauricio)Video: R.W Foto StudioMusic: Camille Saint-Saëns, Danse Macabre / by Kevin MacLeod Para mais informações acesse as páginas na internet da Y+B Digital Content:www.ybdigitalcontent.com.brwww.odisseiadigital.com.brwww.facebook.com/ybdigitalcontent
Boa semana a todos e até semana que vem, com mais tecnologia aqui em nossa embarcação cibernética.Por Priscila Visconti
Dia 12 de outubro é comemorado o dia das crianças, essa fase maravilhosa da vida em que problemas não existem, discussões são apenas para não dividir o brinquedo e sonhar é fácil. Quando criança eu me lembro bem que não queria crescer, e quando mostrava meus desenhos de homens com pernas coladas na cabeça minha mãe elogiava e dizia que estavam lindos (quanta generosidade), me recordo dos “PARA CASA” do período escolar no “Jardim Dom Paulo” que pareciam riscos enormes e desafiadores, me lembro de aprender a dirigir na máquina de costura que tinha lá em casa esquecida no canto, era bom quando o meu pai me dava R$ 1,00 e eu realmente acreditava que aquele dinheiro dava pra comprar todos os doces vendidos na escola pela dona Vanda que ficava cercada no trailer branco. Me lembro ainda de quando o papai vinha e encostava sua barba nas minhas bochechas (e como espinhada!!!) e dizia: “Você é de que quem?” e eu com a resposta mais que ensaiada devido as diversas vezes que fui questionada respondia com um sorriso nos lábios: “Do senhor papai”. Brincadeiras de rua, primos (as), amigos (as), travessuras, encrencas, dias de sol, tardes de chuva, noites com estrelas.
A minha infância foi o momento em que com o coração eu enxerguei o mundo, ou ao menos parte dele sem intervenções alheias que pudessem construir minha opinião, não tinha noticiários e muito menos argumentos quem fizessem construir algum conceito, eu tinha o meu próprio conceito da vida, e do jeito que ela deveria ser vivida, tanto conceito e cheia da opinião que eu gostava tanto do Natal (como ainda gosto) que acreditava que aquele clima natalino duraria enquanto houvesse uma árvore de natal e minha casa e as luzinhas continuassem a piscar, eu acreditava fielmente que na noite do natal o menino Jesus levava o Papai Noel lá em casa pra poder um novo presente me da. Talvez o Natal seja de fato isso, enquanto houver alguma luz acesa dentro de nós mesmos as coisas boas prevalecem. Talvez essa seja a explicação da pureza infantil: Crianças constroem sua própria verdade com base naquilo em que realmente acredita e os princípios passados pelos seus pais e pessoas que convivem dentro da mesma casa.
Hoje aos 24 anos no ápice da minha juventude olho pra minha sobrinha (minha pequena Marianny de 3 anos) e vejo muito de mim nela, e ao mesmo tempo não vejo nada, ela se rende aos encantos da sua infância sem ao menos imaginar que aquele período será o melhor da sua vida e ela vai ser recordar em memorias distantes quase apagadas de tudo que vivemos hoje, até gosto de saber que vou fazer parte de suas memorias, assim como hoje tenho as lembranças de tudo que vivi quando criança, é engraçado pensar mas existem pessoas além da minha família que fazem parte da construção do meu eu que se quer imaginam que no mergulhar dos meus pensamentos as vejo, praticando exatamente o que eu vi na infância, gostaria de citar alguns personagens que fizeram parte da minha dramaturgia infantil: O “Seu Baiano” do picolé, a dona Aurora que limpava a igreja, o Jandair um andarilho que eu o via andando pelas ruas do meu bairro, a moça da padaria, a tia Karine (professora da quarta-série), a moça que vendia doces na porta da escola, a Luana uma amiga da escola que nunca mais a vi mas me lembro exatamente da sua feição de criança e um pouco das nossas conversas no recreio, a menina que me atendia na papelaria “Coisa e Tal” e eu não gostava da cara dela, o Cássio da Vila Belém… São tantos personagens que se apresentaram, que tiveram algumas pontas, algumas conseguir rever, e outras estão por ai perdidas em mundo gigante e que para reencontra-las eu gostaria que fosse pequeno.
Hoje é terça-feira, dia de tecnologia aqui no OBC e para dar continuidade no especial semana da criança, afinal na grande maioria delas já nascem quase sabendo mexer em tudo que é tecnológico, é só um adulto descuidar, que já tem um pimpolhinho mexendo no celular, computador, ‘tablets’, entre outras coisas.
O que dizer dos games, que elas podem ficar horas frente ao PC jogando e esquecendo do mundo, tudo bem que há muitos ‘marmanjos’ que também fazem isso, mas o foco aqui são as crianças e elas que irão comandar esta semana aqui na embarcação.
Um grupo de criança da escola São George le Grand (França), fizeram uma experiência colocando várias coisas dos anos 70, 80 e 90 em frente à crianças do século XXI, e o resultado foi perguntas atrás de perguntas, caras de espanto e curiosidades, pois para aquela garotada era algo novo e diferente, algo que elas nunca imaginariam que seus pais e avós já usaram aqueles equipamentos tecnológicos.
Assista o vídeo abaixo e veja a reação das crianças em relação aos objetos:
E aí curtiram o vídeo das crianças do mundo moderno, vendo tecnologias do passado, pensem que daqui uns anos, os equipamentos que nós utilizamos também será produtos antigos e nossos filhos e netos, irão fazer a mesma cara de espanto e curiosidade que essas ‘molecada’ ai.Apesar de muitas dessas coisas que apresentaram para as crianças, foi novidade até para mim, como aquele gravador de K7 dos anos 60, que coisa mais estranha, que parece um detonador de bomba (hehe). Mas é isso ai, até semana que vem, com mais tecnologia aqui n’O Barquinho Cultural.Por Priscila Visconti
As crianças da rua da minha casa parecem não cansar. A todo momento, pelo menos nos momentos em que as vejo, estão correndo, brincando, gritando. São assim. Ligadas em 220 volts. É o que há de mais belo nesse período da vida. Ser feliz, apenas se preocupando em ganhar algum jogo, em fazer a lição de casa ou, no máximo, lavar a louça do almoço.
A beleza está nos olhos de quem vê, de quem já passou por esse período, de quem deseja voltar a ser criança. A beleza que só os corações ainda puros conseguem perceber de cara. A beleza que qualquer um consegue observar, se dedicar um tempo a isso. No jardim dos meus sonhos, as flores são reais. Delicadas, suaves, em um tom de roxo diferente, mais vivo, mais bêbado. No jardim com o qual sonho, sinto cheiro de terra. Sinto o sabor do barro na sola do sapato e o cheiro do mato verde esquentado pelo sol. No jardim com o qual sonho, enxergo a mim mesmo. Enxergo um futuro desconhecido, sem detalhes, sem algo formado. Enxergo beleza no que faço, mas é só. Não identifico formas, palavras, imagens claras ou suspeitas de movimentos. Apenas sei que escrevo. E, para mim, isso basta. Isso é belo, nesse exato período da minha vida e no futuro, creio. A beleza que procuro nos outros, nas coisas, nas cores, é a beleza que desejo traduzir em texto. Sem imaginações ou cenas construídas, mas com traduções da vida real. No jardim dos meus sonhos, não desejo enxergar tristezas, mas sei que será inevitável. Às vezes, a dor também é bela porque faz crescer, faz ser. Ser alguém melhor, com uma visão melhor e caráter de gente. Caráter de gente que escreve para gente histórias de gente. A beleza está nos olhos de quem vê, mas é preciso saber enxergar. É preciso querer enxergar. Por Fábio Rodrigues