[Total Flex] Entrevista

Ator, cantor, apresentador e um gênio na arte de entreter e inventar. Este é o paulistano gato e muito carismático, Junior Hoffmann

Batemos um papo com essa figura de pessoa e ele nos contou um pouco sobre sua vida, carreira, amigos, família, fama e também sobre seu novo trabalho, que estreia em breve nos teatros cariocas.
Então, sem mais delongas e confiram a entrevista que o Junior concedeu a O Barquinho.

1- Vamos começar pelo começo, diga-nos quando você resolveu ser ator e como seus amigos e familiares respondeu a essa sua atitude de seguir a carreira artística?

   
    Comecei bem cedo, quando era muito criança (uns 5 anos mais ou menos)  meus pais me levaram para o circo, alí tive meu primeiro contato verdadeiro com a arte, logo após isso comecei a frequentar bastidores de uma emissora de TV que ficava no quarteirão ao lado da minha casa e quando percebí, já tinha decidido a profissão que seria uma das grandes bençãos da minha vida. Infelizmente nunca tive o apoio de minha família, precisei batalhar a todo custo por conta própria, foi difícil, mas com o tempo fui conquistando alguns trabalhos e oportunidades, com isso a família precisou entender a profissão que havia escolhido. Com os amigos a coisa aconteceu ao contrário, em todos os momentos fui (e sou) incentivado a seguir adiante, o apoio que recebo deles me dá uma força extra para seguir adiante nessa carreira tão difícil pois além de ator, também sou cantor, apresentador e danço hip hop profissionalmente por aí… enfim, são diversas carreiras a serem administradas e o apoio de todos com certeza é fundamental.
2- Qual foi a sua primeira performance no palco?
    Foi exatamente na vez que fui para o circo pela primeira vez, durante o espetáculo me escolheram para subir em cima de um cavalo para cavalgar em pé enquanto o próprio percorría o picadeiro,rs… claro que eu estava amarrado numa corda e nos primeiros galopes do cavalo eu caí e fiquei pendurado rodando em circulos olhando pra cara de todo o público que estava lá kkkkkkk. Alí considero meu primeiro momento num palco, profissionalmente foram anos mais tarde num palco de teatro mesmo, em minha primeira peça.
3- Você acredita que o Brasil precisa incentivar mais no nicho cultural? O que você acha da relevância que o país dá à cultura?
    Na verdade eu acho que o Brasil precisa evoluir a identidade que já tem, esse negócio de “país do carnaval” já deu o que tinha que dar, temos MUITO mais o que apresentar e acredito que temos um potencial gigantesco para ser referência de arte no mundo todo. O Brasil incentiva e investe na arte, mas precisa dar passos mais importantes e criativos nesse sentido, afinal nossa criatividade é conhecida pelo mundo todo mas não é seriamente explorada. Pena.
4- O que você acha que o Brasil poderia fazer para relevar mais a cultura, as qualitativas?
    Precisamos entender mais o poder que temos, a verdade é essa. Tem muito dinheiro nesse país, muito investimento rolando solto… é preciso que surja alguém, algum empresário que definitivamente saiba enxergar a frente de seu tempo para fazer a diferença e conseguir, enfim, disseminar nossa arte e cultura positivamente para o mundo todo.     
5- Você está em uma nova peça, onde você faz o Lobo Mau, certo?! Conte-nos um pouco sobre ela e convide nossos navegantes a conferir o espetáculo.
 Fiz 2 temporadas em “Porquinhos o Musical”, estamos entre os 3 melhores infantis do Rio de Janeiro, é um grande espetáculo com músicas ao vivo nos ritmos de blues, jazz e rock, o elenco é composto por grandes atores/cantores, os figurinos, cenários, produção e direção dão um show a parte. Estou muito feliz com esse projeto, a peça é um sucesso, assumo o papel do lobo mal roqueiro, o que pessoalmente me deixou muito feliz pois o rock é minha praia total. Em breve voltaremos com mais uma ótima temporada e venho na redação para dar alguns convites para vocês sortearem para  a galera aqui no site, será um prazer encontrá-los por lá.

(Vocês leram o convite do Junior para a nossa tripulação, né? Então vamos aguardar, pois em breve rola sorteio aqui em nosso Barquinho.)

6- Para finalizar, de um dica para aqueles atores que estão começando agora, mas tem pouco incentivo e muita vontade de trabalhar na área, para que eles possam progredir e prosseguir na carreira.
   O mais importante é saber se REALMENTE vocês querem seguir nessa carreira de VERDADE… a fama, o glamour e a “vida fácil” não passam de uma grande ilusão, os bastidores não são tão descolados como aparece na TV, a carreira exige muito estudo e seriedade… aqueles que só aspiram pela fama não duram muito tempo, é preciso dedicação, pé no chão e, principalmente, saber que Deus está no controle de TUDO. É uma carreira marcante para quem tem disposição, caráter e força de vontade. Nunca me arrependí de ter entrado, apoio e incentivo todos aqueles que pretendem fazer desse trabalho incrível algo que vá acrescentar na vida das pessoas.

Agora é aguardar para mais uma temporada no teatro deste talento nato das artes brasileiras e esperar para que essa peça saía logo em turnê, para que não só os cariocas, mas todo o Brasil fique ciente do trabalho do Jú.

Para mais informações sigam o Junior no Twitter e ganhe mais que um ídolo para admirar.
Twitter >> @JuniorHoffMann

[Caixa de Som] A música fala mais alto

E aí, “galerinha musical”, estavam com saudades da nossa caixinha de som?
Eu estava morrendo de saudades e contando os dias para ligar a nossa caixinha!
Apesar, vocês sabiam que cada semana buscamos vascular o melhor no mundo da música, exclusivamente para trazer aos nossos tripulantes em O Barquinho Cultural?!?

Como hoje, entrevistamos um cara fera nas pick ups e super atualizado no que anda tocando nas rádios do mundo inteiro.
Conversamos um pouco com DJ Moa, e eles nos contou um pouco sobre sua formação, carreira, tendências musicais para 2012, além de nos dizer, o que ele anda escutando em seu tempo livre, entre outras coisinhas mais.
Portanto, se eu fosse vocês se ligavam nas dicas deste cara e também na entrevista que Moa concedeu ao nosso barquinho.
Aperte o play, pois a música está no ar.

1. A quanto tempo você é DJ? E qual a sua formação acadêmica?

Sou DJ a 23 anos, comecei tocar no final da década de 80, em 1989. Minha formação é um curso incompleto de economia, não era o que eu queria, tranquei a matricula e não voltei mais.
2. Você já morou fora algum tempo, você acredita que o mercado no exterior é melhor ou pior, do que aqui no Brasil?

Morei por 9 anos no Japão , o mercado é igual em qualquer lugar, existe a concorrência, onde se sobresai aquele que tem um diferencial, só que o que notei no Japão é tanto as pessoas como as empresas e empresários são muitos fiéis uns aos outros, se você fizer um bom trabalho, sempre terá um retorno, agora no meio musical, não muda muito, geralmente nem sempre o melhor esta em evidencia, e sim o que tem um cartucho, um bom empresário e relacionamento no mundo musical.
3. O que você acha da rotulação de música pop no Brasil, vale a pena, ou na verdade temos mais talentos escondidos, do que a grande mídia mostra e divulga para o mundo?

Tem muita gente de talento e boa que não tem a oportunidade e vive no anonimato, o que falta é a tal da oportunidade, agora na minha opinião a musica Pop do Brasil é o sertanejo, é a musica que o povo gosta. Hoje em dia é o que mais vende CDs e DVDs, e que enchem casas de show de todo país, muitas casas tocam música eletrônica em um ambiente e sertanejo em outro, dependendo da cidade o empresário não pode fechar os olhos para isso, senão cara quebra.

4. Apesar de ser DJ e quando você está trabalhando deve manter parcialidade, qual é seu estilo
favorito?

Sim o trabalho do DJ é animar o público e tocar o que as pessoas querem ouvir, o que eu quero ouvir e as minhas preferencias ouço no carro , em casa, meu Estilo preferido sempre foi a House Music, que tem suas variações Progressive, Electro, Dutch, Tech, Disco entre outros, mais já toquei muito Hip Hop e R&B no Japão.

5. Diga-nos uma música que não sai do seu iPod atualmente …
Gosto de músicas que tem um vocal, e hoje umas das musica que gosto muito de ouvir no meu iPod é uma produção que tem participação nacional, Antonio Eudi, Diego Miranda – Feat. D´Queen.
6. Música para você é …
Terapia, alegria, descontração, trabalho e vida, sempre digo aos amigos, música pra mim corre nas veias, esta sangue.

7. Qual música você acha que poderia ser o hit de 2012?

Gotye Feat. Kimbra – Somebody That I Used to Know


Quem curtiu a entrevista do DJ Moa e quiser bater um papo sobre música ou então, quer convidá-lo para animar a sua festa, segue abaixo as sites e redes sociais dele. Com certeza, você irão ganhar mais do que um contato profissional, mas um amigo.
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É isso ai pessoal, desligando a minha caixinha de som e até semana que vem, com alguma novidade do mundo música.Patricia Visconti

[Cantinho Literário] Entrevista

O Cantinho Literário, está bombando e pensávamos que essa editoria não iria muito longe, mas aqui estamos com mais uma entrevista, que dessa vez é o escritor e professor de filosofia, Renato Pessoa, 26 anos, ele é um jovem escritor nascido em São Paulo, mas um cearense de coração.
Então, sem mais delongas vejam a abaixo a entrevista que o Renato concedeu à nosso site O Barquinho Cultural.

1. O que é ser literário para você?

Escrevo porque preciso, constantemente, me justificar no mundo. Viver não basta. Viver, aliás, é muito pouco. É preciso inventar. A dimensão do literário, assim como qualquer outra dimensão da arte, serve-me para enganar um tanto a morte, desfazer um pouco a banalidade de estar vivo. Ser literário é a maneira mais proxima que eu tenho de projetar um sentido de estar no mundo.
2. Conte-nos um pouco sobre sua carreira literária. 

Comecei a escrever muito cedo, ainda na nascente adolescência, quando conheci a obra de Fernando Pessoa, de Ferreira Gullar e o Romance de Graciliano Ramos. Autores até hoje muito caros à minha formação literária. Meu primeiro livro, de poemas, eu o escrevi em 2002, chamava-se NA DISPERSÃO DAS HORAS, e não cheguei a publicá-lo, dado a evidente imaturidade da obra. A poesia sempre foi minha estima, uma constante em minhas experimentações linguísticas. Em 2011 publiquei O CORPO ARCAICO, uma espécie de antologia, com poemas de diversas fases de minha produção, o que resultou em um livro plural, com poemas, muitas vezes, distintos entre si em forma e contéudo. Este ano publiquei SOLIDÃO SINGULAR, escrito em nove meses, e um tanto mais coerente e limpo em relação ao CORPO ARCAICO.
3. Qual a sua maior maior inspiração como escritor?

A vida, naturalmente. A vida e o que há de mais belo e triste nela. Suas frestas, suas lacunas, seus excrementos. Mas também suas curas, suas vitórias, seus deslimites. Um artista, qualquer artista, tem a vida como matéria suprema. Podemos fugir da morte. Basta escrever um bom romance, pintar um bom quadro, compor uma música, fazer cinema, ser mártir. Da morte, já sabemos, há salvação. O que não podemos fugir, de modo algum, é da vida. O que me encanta e o que me estranha, é a vida. Ela mesma, em si, como obrigação de tudo animar. Só a vida é urgente. E, como vivente e escritor, estou condenado a ela.
4. Arte e literatura, o que isso significa para você?

Ferreira Gullar uma vez disse que a arte existe porque a vida não basta. Compartilho com ele a mesma noção. A literatura e a arte – embora eu não perceba nenhuma diferença entre ambas – existem porque a vida é pouca, e não basta.
5. Você acha que as escolas de ensino fundamental e médio, estão fraquejando no ensino literário.
O que falta para reverter essa situação? 
Como professor de filosofia tenho observado, na prática, a apatia e a indiferença de muitos alunos com a leitura, sobretudo dos clássicos. No entanto, é um mito dizer que nossos jovens não leem. Nunca se vendeu e produziu tantos livros para jovens, nunca os best-sellers foram tão cultuados e consumidos por jovens. isso virou uma indústria imensamente rentável. O que ocorre, porém, nas escolas, é que, em muitos casos, o ensino da literatura é mecanicista, que precisa seguir um roteiro específico, um conteúdo programático engessado, que segue o mesmo padrão programático das demais disciplinas, isto é, a finalidade é apenas projetar o aluno de uma série a outra, burocratizando o precesso de aprendizagem. É necessário, portanto, um ensino da literatura cujo fundamento seja o despertar para a leitura, ou antes, o urgente exercício crítico que é o ato de ler e decodificar o mundo através das palavras e dos conceitos. É preciso também uma política pública de incentivo cultural, criando uma nação de leitores. No Brasil ainda se discute a importância da leitura, quando, na verdade, deveríamos estar discutindo a qualidade. Precisamos mudar essa paisagem. E a mudança deve começar dentro da escola, portanto, mudando a perspectiva que a educação estatal entende a literatura, isto é, a situação só mudará, de fato, quando a literatura for entendida, dentro das escolas, como uma atividade artistica cuja função é o deleito e o senso crítico, e não como mera matéria de um programa escolar obrigatório.
6. Para você, ser escritor no Brasil é valorizado, ou deveria haver mais incentivo a esta profissão?

Creio que ser escritor, no Brasil, já foi menos valorizado. Nos últimos anos os editais, os inúmeros prêmios literários, o acompanhamento da mídia, demonstram que, ao menos agora, podemos respirar um pouco um certo otimismo. Mas falta muito. O Brasil é, historicamente, um país de poucos leitores, e, embora essa realidade venha mudando, ainda resta muito a discutir, a sugerir, a demandar. 
7. Uma frase que te defina. 

“Nada de poder, um poquinho de saber e o máximo possível de sabor” (Roland Barthes)
8. Um pensamento para finalizar. 
Deixarei, naturalmente, um pequeno poema do meu novo livro.
MALABARISMO 
O poema é um pássaro 
que galopa no ar
sem sair da terra. 
É isso ai pessoal, espero que tenham gostado da entrevista do jovem escritor Renato Pessoa, que graças ao João Gomes, dono do blog “Lugar do Leitor“, conhecemos um pouco do trabalho do Renato e ai tivemos a oportunidade de convidá-lo para a entrevista no nosso Cantinho Literário, afinal, este site é para apresentar caras novas da cultura e é isso que queremos mostrar a nossos leitores.
Boa leitura e semana a todos
Por: Priscila Visconti<a a="" href="http://twitter.com/pii_littrell&quot; priscila="" visconti

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[Caixa de Som] ENTREVISTA

Um brasileiro que tentou a sorte no exterior para fazer o que mais gostava na vida, essa história pode ser confundida entre milhares.
Mas não estamos falando de qualquer pessoa, e sim de um artista, politizado, cheio de novas ideias e posicionamentos, fã de Led Zeppilin, Renato Russo e Nirvana.
Esse é Anderson Rock, um brasileiro que faz rock nacional nos Estados Unidos.
Mas porque ele precisou ir até os EUA para seguir sua carreira e ainda cantar em português. O próprio Anderson conversou com a gente e explicou tudo isso, e muito mais por aqui.

Sem mais delongas e confira a entrevista que esse grande músico, politizado e super simpático.

1. Quando e como surgiu essa sua paixão pela música? E quais suas principais influências? Conte-nos um pouco sobre sua carreira.
O primeiro disco que ouvi foi “No Player for the Dying” do Iron Maiden, me enlouqueci. Lembro que quando ouvi o Led Zeppelin III, fiquei impressionado como uma banda conseguia fazer músicas tão diferentes umas das outras, com tanta técnica. Mas as letras eu não gostava. Eu sempre preferi as letras do Renato Russo, do Cazuza, do Lobão, do Humberto Gessinger. Então minhas influências são esses todos + Guns and Roses, Nirvana, Legião Urbana. Essas são as principais.
Minha carreira ficou séria aqui nos Estados Unidos (onde vivo desde 2002) quando lancei meu primeiro disco pelo selo NIMBIT.
Agora tenho planos de levar esse “novo rock” pro Brasil muito em breve.


2. O que seria o rock inteligente para você?
O problema do Brasil é o seguinte:
1) A maioria do povo quer música pra dançar.
2) A maioria do povo quer aparência, artista bem vestido, com o corpo bonito, letras/qualidade musical ficam em segundo plano.
3) A maioria dos artistas são manipulados por empresários que querem dinheiro. Os artistas querem fama.
A corrupção dos vermes de gravata é dinheiro ROUBADO de todos. E as pessoas morrendo nas filas dos hospitais? E as leis frouxas que existem no Brasil que nego mata e não fica preso? Artistas de qualquer ritmo teriam OBRIGAÇÃO de tocarem nesses assuntos. Posso esperar isso do Restart, do Luan Santana ou do Funk?
Talvez Rock Inteligente seria falar nesses assuntos, de vez em quando, pra não ficar chato tbm. Os artistas falam que amam o público, fazem coraçãozinho S2 e na verdade, foda-se o povo! Tudo hipocrisia.
3. Como é viver em um outro país, mas mesmo assim cantar sua língua mãe?
Viver nos Estados Unidos tem o lado bom e o lado ruim, como viver no Brasil. Eu vim aqui trabalhar e não tenho grandes ilusões como a maioria das pessoas tem com a Times Square. Americanos querem vender. Brasileiros querem ser felizes e se emocionar. Nao vejo sentido um americano cantar pagode em português
carregado de sotaque. Seria a mesma coisa eu cantar em inglês. Apesar de depois de 10 anos vivendo aqui eu penso em inglês.
4. Você acredita que o rock nacional está deixando se levar por modinhas de “ie ie ie” ou “la la la”?
Estou fora do Brasil há 10 anos e não sei direito o que rola ai. Eu escuto bandas clássicas e bandas underground daqui dos Estados Unidos. Talvez, por isso uma parte grande do público acha meu trabalho original. Não sigo modinhas.
5. Fala uma banda do cenário atual que representa bem o velho e bom Rock n’ Roll? (de preferência nacional)
Nacional? Espero que ANDERSON ROCK (rsrsrsrs) Obrigado pela entrevista, espero ver vocês em breve no Brasil.

É isso ai galera, esperamos que vocês tenham curtido e também que logo o Anderson venha propagar seu som por aqui, afinal brasileiro tem que fazer sucesso no Brasil também né?!

E não só lá fora!
Curta ‘Gosto de Você’, música incluída no repertório do Anderson:


Contatos:TwitterFacebookYouTubeE-mail

Até a próxima.
See ya…

Cantinho Literário

Para quem é curioso e quer saber o mundo habitual de todos e o porque do autor escrever um livro sobre o cotidiano das pessoas, não pode deixar de ler “O Evangelho dos loucos”, do jovem autor Gabriel Viviani, um paulistano com seus trinta e poucos anos, que apesar de jovem, tem uma grande bagagem literária e grandes influências nesta área.
Então, confiram a entrevista do Gabriel nos concedeu esta semana e conheça um pouco deste amante por literatura, sobre suas obras e suas influências.

1. O que é ser literário para você?

No meu caso, é quase uma obsessão. Não posso dizer que a literatura tenha sido uma escolha na minha vida, que decidi ser escritor num determinado momento. Não. A literatura se impôs, e, em muitos sentidos, é apenas como escritor que eu consigo imaginar a mim mesmo. A vocação literária me domina inteiramente, e eu não saberia viver sem ela.
2. Arte e literatura, o que isso significa para você?

Literatura é, ou deveria ser, arte. Mas, em muitos aspectos, o caráter artístico da literatura tem sido desprezado, e as obras estão, cada dia mais, se adaptando às necessidades do mercado. Há claramente um processo de mediocrização da literatura. E as próprias editoras têm colaborado com isso, optando pela publicação de obras mais simples, mais palatáveis ao público, e evitado publicar outro tipo de literatura mais sofisticada.

3. Você acha que as escolas de ensino fundamental e médio, estão fraquejando no ensino literário? O que falta para reverter essa situação? 

A questão do ensino da literatura no Brasil é a questão do ensino como um todo. Quais os objetivos da educação brasileira? Querem formar os alunos para que sejam bons cidadãos ou para que sejam bons profissionais, adequados às necessidades do mercado. Mas isso é errado, tanto no que diz respeito à visão ideológica dessa pedagogia quanto à visão mercadológica, digamos assim. Quando os pedagogos formam bons cidadãos ou quando formam bons profissionais, estão usando o ser humano como instrumento, como meio de transformação social, e não como finalidade em si mesmo. O objetivo da pedagogia deve ser a formação do ser humano! Educá-lo para que a sociedade seja mais justa ou o mercado mais eficiente é usar o indivíduo como ponte para se alcançar objetivos paralelos. Observem também que, quando entramos especificamente no âmbito do ensino literário nas escolas, percebemos que os alunos são constantemente incentivados a se expressarem, ou seja, a pedagogia toda é alicerçada na ideia de que o aluno deve aprender a “ter voz”. Eis outro equívoco! A grande necessidade hoje é a formação de leitores e não de autores. Os autores, quando são verdadeiramente autores, acabam encontrando o seu caminho, e não é dentro das escolas. Contudo, onde estão os leitores? Onde estão as pessoas com formação suficiente para ler e compreender as obras de Goethe, por exemplo, em comparação com as de Thomas Mann? Isso quase não existe no Brasil. 
4. Qual a sua maior maior inspiração como escritor?

Há alguns autores que me influenciaram bastante. O poeta Bruno Tolentino, por exemplo, com quem tive um contato mais próximo. Outros escritores, como Hermann Hesse e Sándor Márai também foram importantes para a minha formação como escritor.
5. Conte-nos um pouco sobre sua carreira literária?

O Evangelho dos Loucos é o meu primeiro romance. Escrevo desde os treze anos e, deste modo, estudei e pratiquei bastante a literatura. Mas só me senti inteiramente seguro para publicar depois de ter completado trinta anos.

6. Seu livro é o “Evangelho dos Loucos”, você acredita que as pessoas que moram em grandes metrópoles, tem um pouco de louco?

Talvez. As metrópoles tem um ritmo diferente e, de certa forma, é mais difícil conservar as raízes familiares vivendo em cidades grandes. As pessoas são mais individualistas, vivem mais para si… É aquela história: você está rodeado por milhões de pessoas e, ao mesmo tempo, está sozinho! Situações semelhantes a essas podem gerar patologias mentais, podem realmente induzir a certos estados de loucura. Quanto ao meu romance, O Evangelho dos Loucos, o protagonista chega mesmo a imaginar a possibilidade de ter enlouquecido. Este um é dos medos mais medonhos que podem ac vocometer o ser humano! É terrível! Contudo, o Glauco Valentim (nome do protagonista), termina conhecendo outro tipo de loucura, a santa loucura, e é precisamente essa que acaba por salvá-lo. 
Para mais informações sobre o livro “Evangelho dos Loucos” e também para ter contatos com o próprio autor, acesse seu site oficial e também as redes sociais de Gabriel.
Twitter @GabrielViviani_
Bom é isso ai, esperamos ter gostado dessa entrevista, que foi a primeira vez fizemos algo desse tipo, aqui no Cantinho Literário..
Boa semana a todos e bom leitura