[Cantinho Literário] Flip em quadrinhos

Fábio Moon e Gabriel Bá trabalhando em uma nova criação
Hoje é dia de literatura aqui no O Barquinho Cultural como já havia dito que haveria outras publicações sobre a Flip 2013 e para ver as outros textos da Flip 2013 clique nos links ao lado 1 |  |  | 4

Neste dia chuvoso, griposo e Paposo, já que o Papa chegou nesta segunda-feira (22) ao Brasil, queremos mostrar a tripulação mais cultural de todos mares literários, uma homenagem que o 

quadrinista Fábio Moon fez a Flip em uma tirinha para o jornal Folha de S. Paulo.
Veja a tirinha abaixo:
Para conhecer mais o trabalho de Fábio Moon, acesse seu blog em parecia com seu irmão Gabriel Bá clicando aqui.
Por Priscila Visconti [Se liga que ainda tem mais novidades do que rolou na Flip 2013, vamos publicando ao decorrer das nossas transmissões, intercalando com as outras noticias do mundo literário.]

[Cantinho Literário] Paraty respira literatura na 11ª Flip

Depois de um turbilhão de Cabine da Pipoca, agora sim chegou a vez do Cantinho Literário, afinal toda segunda-feira é dia de literatura aqui no O Barquinho Cultural e não podemos desapontar nossa tripulação sem dar satisfação sobre o mundo da literatura. 
Para começar, vamos falar e coisa boa, vamos falar da Flip 2013, que acontecer na última quarta-feira (3) e foi até neste domingo (7), na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, que teve como homenageado o autor alagoano Graciliano Ramos.

Mas passaram pelo evento diversos autores, cineastas, músicos, literários, amantes da literatura e turistas que foram para conhecer a cidade e também a festa literária de Paraty, porém na edição deste ano teve três cancelamentos de convidados estrangeiros de última hora, que foi o poeta e cientista político egípcio-palestino Tamim al-Barghouti informou que não chegaria a tempo de participar da mesa “Literatura e Revolução”, uma das mais aguardadas.
Sua participação era uma dúvida desde a última quarta-feira, quando um golpe de estado derrubou o presidente egípcio Mohammed Mursi. Apesar de ter deixado o Cairo, Al-Barghouti ficou retido em Londres, onde pegaria um voo para o Brasil. 
Segundo os organizadores da Festa Literária, o poeta não conseguiu embarcar em razão do extravio de seu passaporte. Residente dos Estados Unidos, Al-Barghouti estava no Egito nos últimos dias, quando começaram uma nova série de protestos.
Os autores convidados que participam da Flip não recebem cachê e com os cancelamentos, a organização precisa remarcar mesas, desmarcar passagens e hospedagens, mas não há nenhum tipo de multa ao desistente.
Por mais que a festa literária não paga cachê aos convidados, o músico Giberto Gil, que participou fazendo o show de abertura da Flip 2013, foi ao evento com um cachê de R$ 55 mil e também participou da mesa aberta “Culturas locais e globais”, junto com o músico Luiz Perequê, falando da militância da política local de Paraty.
O diretor-presidente da Associação Casa Azul, entidade que promove a Flip, comemorou a integração da literatura com outras artes e a inclusão da arquitetura como assunto de uma mesa na festa, destacando a qualidade “Das Medidas da História”, junto com com Paul Goldberger e Eduardo Souto de Moura, “Estou muito feliz com essa Flip por causa dessa integração. Este ano teve uma coisa muito interessante, que é a introdução da arquitetura como mais uma arte, no sentido de ela não ser um assunto de especialistas”.
Munhoz também citou alguns nomes para homenageados da Flip do próximo ano, citando Lima Barreto, Mário de Andrade e Rubem Braga, como possibilidades para 12ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que devido a Copa do Mundo, será no mês de agosto.
O recital de Maria Bethânia lendo Fernando Pessoa, a projeção de imagens da obra Guernica feita por T. J. Clark e a entrevista com o documentarista Eduardo Coutinho que, na opinião de Conde foi uma das melhores mesas do evento, destacou o Conde.
Assista abaixo Maria Bethânia lendo Pessoa à beira-mar, que foi uma das mesas mais comentadas em todo o evento:
Para mais informações sobre a Flip 2013, vejo aiaxo os links oficiais do evento:
Boa semana à todos e até segunda-feira que vem com mais literatura no O Barquinho Cultural!

[Cabine da Pipoca] Cinema na Flip 2013

Sabemos que hoje não é dia de cinema no O Barquinho Cultural e muito menos é sexta-feira, mas por forças maiores, não deu para subir a coluna da Cabina da Pipoca na semana passada e como não queremos deixar nossa tripulação na mão, por não deixá-los informados sobre o mundo cultural, nós resolvemos subir não um, mas dois textos de cinema para vocês e além é claro, do desta semana, que será especial rock and roll aqui no OBC.

Mas vamos ao que interessa e subir os atrasados, que é claro que iremos falar sobre a Flip 2013, que aconteceu semana passada do dia 3 a 7 de julho, na cidade de Paraty, Rio de Janeiro e a como se sabe, o cinema é uma arte literária e com isso, teve a participação do cineasta Nelson Pereira dos Santos, que marcou presença na última mesa no evento, da sexta-feira (5), o diretor de “Vidas secas” e “Memórias do cárcere” , ambos baseados em obras de Graciliano Ramos, contou histórias dos bastidores das filmagens. Na maior parte do tempo, os episódios eram inicialmente citados pelo mediador, Claudiney Ferreira, que então incentivava Nelson Pereira a detalhá-los.
O debate do cineasta teve exibições de trechos de longa, como o caso da morte da cachorra Baleia em “Vidas secas”. Ali, vieram alguns dos principais momentos da mesa. Nelson Pereira recordou-se do sucesso que o bicho fez no Festival de Cannes em 1964 e de uma acusação de ter assassinado de verdade a “intérprete” da personagem.
“Uma condessa italiana ficou furiosa com o filme, disse que só povo subdesenvolvido, para fazer o filme, mata o animal”, comentou. “Aí, a Air France [companhia aérea] ofereceu uma passagem para a Baleia ir para Cannes. Essa história estourou.” Segundo ele, a tal defensora dos animais seguiu cética, argumentando que, na verdade, a produção encontrou uma nova cachorra apenas para exibir aos desconfiados – “porque vira lata é tudo igual”.
O cineasta detalhou que pretendi, em princípio, trabalhar “cientificamente” com a cachorra para dirigi-la, usando um “método pavloviano, de reflexo condicionado”. Na prática, confessou Nelson Pereira, a ideia era deixá-la sem comer e, apenas na hora das filmagens, distribuir porções de refeição estrategicamente pelo set, conforme a necessidade de movimentá-la pelo espaço.
De acordo com ele, contudo, o plano fracassou. Quem sabotou foi um próprio integrante da equipe, descoberto após alguns dias. Era o próprio ator protagonista, Jofre Soares, responsável pelo papel de Fabiano e por dividir clandestinamente o almoço com Baleia. “O Jofre não comia junto com a equipe, saía andando e ia derrubando pedaço de carne para ela comer. Eu falei: ‘Já que você deu de comer, você vai dirigir a baleia!’.”
Nelson Pereira afirmou que cogitou a possibilidade de, na versão para a tela, dar um novo final à personagem Madalena. No livro, ela se mata. Ao receber uma carta dando conta da proposta de alteração, o próprio Graciliano respondeu que aceitava, mas desde que ficasse desligado da produção.
“A resposta do Graciliano foi: ‘Tudo bem, podem fazer, mas tira o meu nome dessa porcaria’”, apontou. O escritor teria recorrido ao óbvio: o suicídio de Madalena é a razão pela qual o Paulo Honório, o narrador, “escreve o livro”. Sem morte, não haveria romance – nem filme –, portanto. Nelson Pereira, por seu lado, justificou o ponto de vista: “Fiquei apaixonado pela Madalena”. Daí a opção, longo abandonada, por tentar mantê-la vida.
Por fim, o mediador instigou Nelson Pereira a explicar por que não adaptou um terceiro livro de Graciliano, “São Bernardo”. O cineasta contou que foi o próprio autor quem o “impediu” de levar adiante o projeto, quando a ideia do roteiro estava pronta.
Assista abaixo um trecho do filme Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos:


Isso ai tripulação, aguardem pois ainda terá mais textos da Flip 2013, na coluna do Cantinho Literário.
Por Priscila Visconti

[Cantinho Literário] Especial FLIP 2013- Graciliano Ramos

Essa semana como será especial FLIP 2013 por aqui no Cantinho Literário, nada mais justo do que fazermos um especial do autor homenageado da festa, que é o alagoano Graciliano Ramos, que assim como todos que já receberam homenagens na festa, terá seus poemas, livros e histórias de sua vida, espalhada pelas ruas históricas de Paraty, que é uma cidade que respira literatura não só nestas épocas, mas também ao decorrer do ano.

Mas voltando ao Graciliano Ramos, que nasceu em Quebrangulo, interior do Alagoas, no dia 27 de outubro de 1892, primogênito de uma família de classe média do sertão nordestino, ele viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro, como Buíque (PE), Viçosa e Maceió (AL) e terminou o segundo grau em Maceió e depois seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista, mesmo não cursando faculdade.
Mas em setembro de 1915, Graciliano regressa ao nordeste, motivado pela morte de seus irmãos Otacília, Leonor e Clodoaldo e do sobrinho Heleno, vitimados pela epidemia de peste bubônica, volta para o Nordeste, fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, 
deixando-lhe quatro filhos.
Graciliano Ramos estreou na literatura em 1933 com o romance “Caetés”. Nessa época mantinha contato com José Lins do Rego, Raquel de Queiros e Jorge Amado. 
Em 1934 publicou o romance “São Bernardo” e em 1936 publicou “Angustia”. Nesse mesmo ano, ainda no cargo de Diretor da Imprensa Oficial e da Instrução Pública do Estado, foi preso sob acusação de participar do movimento de esquerda. Após sofrer humilhações e percorrer vários presídios, foi libertado em janeiro de 1937. 
Essas experiências pessoais e dolorosas de sua vida, foram retratadas no livro “Memórias do Cárcere”, publicado após sua morte. O romance “Vidas secas”, escrito em 1938 é a sua obra mais importante.
Graciliano Ramos seguiu para o Rio de Janeiro, onde fixou residência e foi trabalhar como Inspetor Federal de Ensino. Em 1945 ingressou no partido comunista brasileiro. Em 1951 foi eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores. Em 1952 viajou para os países socialistas do Leste Europeu, experiência descrita na obra “Viagem”, publicada em 1954, após sua morte.
Confira abaixo as obras literárias de Graciliano Ramos:
Caetés, romance, 1933
São Bernardo, romance, 1934
Angústia, romance, 1936
Vidas Secas, romance, 1938
A Terra dos Meninos Pelados, literatura juvenil, 1942
História de Alexandre, literatura juvenil, 1944
Dois Dedos, literatura infantil, 1945
Infância, memórias, 1945
Histórias Incompletas, literatura infantil, 1946
Insônia, contos, 1947
Memórias do Cárcere, memórias, 1953
Viagem, memórias, 1954
Linhas Tortas, crônicas, 1962
Viventes das Alagoas, costumes do Nordeste, 1962
Abaixo veja a sinopse da obra mais popular de Graciliano Ramos, que é bastante lida para vestibulares, cursinhos e Ensino Médio de todo o Brasil, que o romance “Vida Secas”, que foi escrito entre 1937 e 1938, publicado originalmente em 1938.
VIDAS SECAS é o livro em que Graciliano, visto como antipoético e anti-sonhador por excelência, consegue atingir, com o rigor do texto que tanto prezava, um estado maior de poesia.
“O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro. Apesar desse sentimento de transbordante solidariedade e compaixão com que a narrativa acompanha a miúda saga do vaqueiro Fabiano e sua gente, o autor contou: “Procurei auscultar a alma do ser rude e quase primitivo que mora na zona mais recuada do sertão… os meus personagens são quase selvagens… pesquisa que os escritores regionalistas não fazem e nem mesmo podem fazer …porque comumente não são familiares com o ambiente que descrevem…
Fiz o livrinho sem paisagens, sem diálogos. E sem amor. A minha gente, quase muda, vive numa casa velha de fazenda. As pessoas adultas, preocupadas com o estômago, não tem tempo de abraçar-se. Até a cachorra [Baleia] é uma criatura decente, porque na vizinhança não existem galãs caninos”. 
Boa semana à todos e até o próximo Cantinho Literário

[Cantinho Literário] FLIP 2013 – A balada mais literária do Brasil

Salve salve galerinha literária, hoje é dia de literatura aqui em nossa embarcação e por isso que nós iremos entrar fundo nesta e se aprofundar cada vez mais neste mundo fantástico e mágico.
Esta semana o mundo literário está em festa, afinal quarta-feira (3), começa a Flip 2013 (Festa Literária Internacional de Paraty) e por isso Cantinho da Literatura desta semana é dedicado a este evento que junto poetas, escritores, jornalistas e amantes da literatura de todo o mundo se encontra em um único lugar, na cidade histórica de Paraty, no estado do Rio de Janeiro. 
Pois basta andar pelas ruas da cidade que pode se encontra desde o mais velho escritor, até o mais jovem poeta, mas sempre mostrando e unindo o amor e vocação pela literatura.

A FLIP é considerada um dos principais festivais literários do Brasil e da América do Sul, seu financiamento é assegurado por um sistema hierarquizado de patrocinadores e é conduzido pela organização sem fins lucrativos Associação Casa Azul. 
Além de palestras também são realizadas discussões, oficinas literárias e eventos paralelos para crianças (Flipinha) e jovens(Flipzona). O sucesso mundial desde seu ano de fundação se deve principalmente ao envolvimento e participação ativa de autores de vários países reconhecidos internacionalmente.
O festival foi idealizado pela editora inglesa Liz Calder, da Bloomsbury, que morou no Brasil e agenciou diversos autores brasileiros, tomando como modelo o festival literário de Hay-on-Wye, no Reino Unido2 . O festival é associado com outros semelhantes, tais como o Festival Internacional de Autores, em Toronto, Canadá, e o Festivaletteratura Mantova na Itália, para mostrar a interculturalidade na literatura.
A cada ano a FLIP homenageia um escritor da literatura brasileira e este ano será o escritor alagoano, Graciliano Ramos, mas veja abaixo, outros autores que já também recebeu homenagem na FLiP.
2003 – Vinicius de Moraes
2004 – Guimarães Rosa
2005 – Clarice Lispector
2006 – Jorge Amado
2007 – Nelson Rodrigues
2008 – Machado de Assis
2009 – Manuel Bandeira
2010 – Gilberto Freyre
2011 – Oswald de Andrade
2012 – Carlos Drummond de Andrade
2013 – Graciliano Ramos
Serviços
FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty
Dias: 3 a 7 julho/2013
Local: Cidade Histórica de Paraty
Mais informações:
Isso ai tripulação até semana que vem, com mais Cantinho Literário…