O que está acontecendo com a música atualmente? Por quê nossos ídolos estão indo, enquanto artistas posers são idolatrados,para manterem seus egos lá em cima, e sua humildade lá embaixo?!?
Poetas, músicos, pensadores, pessoas que seriam a diferença em um mundo tão alienado e carente de atitude estão indo, deixando não apenas lacunas, mas canyons na arte atual.
Como o o que aconteceu nesta segunda-feira (9), quando uma das grandes bases do rock nacional nos deixou, tirando-o sua própria vida com um tiro na cabeça.
Luis Carlos Leão Duarte Junior, ou melhor, Champignon, ex-baixista do Charlie Brown Junior, não aguentou a pressão, a falta de força para enfrentar à vida foi maior que a vontade e a coragem, saindo de cena naquela madrugada do dia 9 de setembro.
Um dos maiores, porque não dizer o maior baixista do país, e não me há de mentir, já que por alguns anos foi conceituado a base da “Banda dos Sonhos“, do Vídeo Music Awards Brasil (VMB), da MTV brasileira. Um artista que respirava música como o próprio oxigênio, mas que foi cedo demais.
Não julgo que foi por fraqueza de lutar pela vida, mas por ser forte demais para enfrentar um mundo fútil e vazio, que visa tanto o próprio ego, e esquece da arte, da música, do público, e claro, do semelhante, que apenas quer curtir um som por diversão e alegria, sem marketing e holofotes para iluminar sua estrela, mas sim fazer brilhar pelo carisma, dedicação, humildade e ânsia de mudar o mundo por igual, e não apenas para si.
Diferente de hoje, onde o egoísmo tomou conta de uma cultura frívola, que foi moldada por uma mídia hipócrita e oportunista, que exalta a imagem de seus ídolos e depois os deixam sem chão, caindo num mar de inquietações e revoltas, que para os artistas pensantes, pode ser o fim não apenas de uma carreira, mas da própria vida. Fazendo-os com que se auto-destrua, – como aconteceu com Michael Jackson, Tim Maia, Cazuza, entre outros ídolos que se foram cedo demais – esquecendo da sua obra, seus legado, seu objetivo mundano, sua memória à diversos admiradores que seguem órfãos, mantendo suas ideias vivas e longe do marasmo midiático cultural.
Ok que estou muito atrasada com a Caixa de Som, mas a falta de tempo que está me consumindo ultimamente, e na correria do dia-a-dia mal tenho tempo de pensar em uma ideia legal para publicar aqui em nossa caixinha. Espero que vocês me perdoam e curtam essa dica musical que está imperdível! Bom, acredito que muitos de vocês (ou pelo menos alguns), já assistiram “A Menina Sem Qualidades“, que é exibida diariamente nas noite da MTV Brasil.
Um série baseada no livro homônimo, que conta a história de uma garota distinta da realidade dos demais adolescentes de sua vivência. E claro, que a trilha sonora que embala a série não poderia ser mais peculiar e especial. Músicas que baseiam-se em classic rock ao rock alternativo, mostrando várias vertentes do estilo, dão uma renovada ao mix que rola nas hit parades das rádios comerciais hoje em dia.
Entre as canções que ilustram a trilha sonora da série há achados Bernard Parmegiani, compositor francês que começou sua carreira na década de 60 e compôs as primeiras e porque não dizer, as melhores mixagens eletrônicas e acústicas. Uma clássica canção que foge completamente dos padrões midiáticos, apresentando acidentes harmônicos, geologia sonora e ‘dynamique dela resonance‘. Além de outras canções, como Popol Vuh, Pere Ubu, Lennie Tristano, Public Image Ltd, etc.
A mini-série que apesar de ter apenas 12 capítulos, traz uma realidade pouco discutida ao público adolescente, já que atualmente os meios de comunicação ainda preferem priorizar nos padrões alá ‘Malhação’, ao invés de evidenciarem uma fase da vida de mudanças e variações de humor, onde nem todos estão se alienando preocupando-se com o momentos e futilidades vitais. E as canções que compõem a trilha de ‘A Menina Sem Qualidades’ reflete e debate justamente o distinto, o diferencial e o novo, a uma fase de descobertas e única da vida de qualquer pessoa.
Curta uma das canções que fazem parte da trilha da mini-série:
Espero que tenham curtido a série e as bandas que incluem a trilha sonora de ‘A Menina Sem Qualidades’. Na próxima semana, iremos mostrar mais apresentar mais uma canção da série que tem dado um frescor a dramaturgia televisiva.Por Patrícia Visconti