[Caixa de Som] DuoVert: Outros Planos, outras emoções

Fazia tempos que não ouvia algo semelhante ao som do Duo Vert. Banda formada pelos mineiros e amigos, Cleiton Souza e Rafael Faria há dez anos atrás, na cidade de Contagem/MG.

Com uma pegada levada ao pop-rock e letras sentimentais e emotivas, as músicas remetem a vivência daqueles que estão ouvindo as canções. O som atual é mais cru, mais sentimental e tem influências de Nickelback, Daughtry e Third Day.
Porém, o Duo Vert não foi sempre assim, apesar dos garotos se conhecerem há alguns anos, o grupo nem sempre foi o mesmo, pois houve diversas idas e vindas em outras bandas, antes deles se consolidarem na formação atual, o reencontro aconteceu em 2009, mas apenas em 2012 a dupla produziu um novo material, o primeiro EP da banda.

Outros Planos” traz algo simples, claro e objetivo, que tem como finalidade propagar sua música e arte aos quatros cantos do país. Apresentando composições próprias, como a homônima ao título do EP e “O Sol”, além de covers renomados da música popular brasileira, “Canção da América”, de Milton Nascimento e “Time is On Mu Side”, Jerry Ragavoy.

As letras simples e que tocam direto na alma mostram a essência da banda, pois eles contam o dia-a-dia de qualquer individuo que vive, ama e sonha em realizar suas conquistas almejadas.

Ouça a dupla apresentando uma versão acústica de “What Goes Around Comes Around”, de Justin Timberlake:


Para conhecer mais o trabalho dos garotos, acessem  site oficial deles ou então curtam a página no Facebook da banda.Por Patrícia Visconti

[Caixa de Som] Cadê nossos ídolos?

O que está acontecendo com a música atualmente? Por quê nossos ídolos estão indo, enquanto artistas posers são idolatrados,para manterem seus egos lá em cima, e sua humildade lá embaixo?!?
Poetas, músicos, pensadores, pessoas que seriam a diferença em um mundo tão alienado e carente de atitude estão indo, deixando não apenas lacunas, mas canyons na arte atual.

Como o o que aconteceu nesta segunda-feira (9), quando uma das grandes bases do rock nacional nos deixou, tirando-o sua própria vida com um tiro na cabeça.
Luis Carlos Leão Duarte Junior, ou melhor, Champignon, ex-baixista do Charlie Brown Junior, não aguentou a pressão, a falta de força para enfrentar à vida foi maior que a vontade e a coragem, saindo de cena naquela madrugada do dia 9 de setembro.
Um dos maiores, porque não dizer o maior baixista do país, e não me há de mentir, já que por alguns anos foi conceituado a base da “Banda dos Sonhos“, do Vídeo Music Awards Brasil (VMB), da MTV brasileira. Um artista que respirava música como o próprio oxigênio, mas que foi cedo demais.
Não julgo que foi por fraqueza de lutar pela vida, mas por ser forte demais para enfrentar um mundo fútil e vazio, que visa tanto o próprio ego, e esquece da arte, da música, do público, e claro, do semelhante, que apenas quer curtir um som por diversão e alegria, sem marketing e holofotes para iluminar sua estrela, mas sim fazer brilhar pelo carisma, dedicação, humildade e ânsia de mudar o mundo por igual, e não apenas para si.
Diferente de hoje, onde o egoísmo tomou conta de uma cultura frívola, que foi moldada por uma mídia hipócrita e oportunista, que  exalta a imagem de seus ídolos e depois os deixam sem chão, caindo num mar de inquietações e revoltas, que para os artistas pensantes, pode ser o fim não apenas de uma carreira, mas da própria vida. Fazendo-os com que se auto-destrua, – como aconteceu com Michael Jackson, Tim Maia, Cazuza, entre outros ídolos que se foram cedo demais – esquecendo da sua obra, seus legado, seu objetivo mundano, sua memória à diversos admiradores que seguem órfãos, mantendo suas ideias vivas e longe do marasmo midiático cultural.