[Caixa de Som] Bateristas: Do fundo dos palcos à harmonia da banda

Não tão popular quão o vocalista ou o guitarrista, o baterista é alma de uma banda, sabe quando dizem no carnaval que a bateria é a coração da escola, pois bem, para um grupo de rock, o baterista também é ápice em harmonia e sincronia dos outros músicos. Deve ser por isso que hoje em dia é tão difícil encontrar um baterista fixo, já que muitos fazem frilas em outras bandas, pois são eles que irão dar o ritmo e a percussão musical ao conjunto da obra.

Batemos um papo como baterista Gui Amaral, que nos contou um pouco sobre seu anseio em aprender  um instrumento tão difícil ao olhar, mas tão fácil de aprender. Além do mais, Gui falou sobre suas influências musicais, inspirações, projetos e prospectivas futuras em sua carreira como músico.
Confira a seguir a entrevista de Gui Amaral, e abaixo a estreia do videoclipe de Uirá França, qual o “batera” fez a percussão na bateria do single “#VEMPRARUA”.

OBC – Há quanto tempo toca bateria?
Gui Amaral: Comecei no início de 2002.
OBC– Por quê você escolheu esse instrumento para tocar?
GA: Era algo que desde moleque, sem ao menos saber que pra lado ia uma batera, tive vontade de tocar e pensava ser difícil o acesso. Certo dia vi um amigo na minha escola tocando no intervalo. Gostei e decidi fazer aulas. Na primeira aula não consegui fazer o que o professor mostrou e mesmo assim quando terminou, falei: quero isso pra minha vida toda.
OBC – Quem são seus principais inspiradores musicais na sua carreira como baterista?
GA: Sem dúvida o principal é Lincoln Cheib (baterista de Milton Nascimento). Ele mudou completamente a história de minha vida, me ensinando muito além de técnica como personalidade, honestidade e disciplina profissional. Ouço John Scofield, Gov’t Mule, Dave Matthews Band, Joshua Redman, John Coltrane, Elvin Jones, Newton Faulkner e muitos outros.
OBC – Atualmente você está em alguma banda? Qual?
GA: Meu principal projeto é com Uirá França. Além dele atualmente toco com Radio 7 (confira a entrevista que o Radio 7 concedeu ao OBC – aqui), Mauro Mesaque e Druques.

OBC – Dizem por ai, que baterista é o mais difícil para se adaptar em uma banda, até mesmo para encontrar para ingressar nela. Isso confere? Por quê?
GA: Talvez o problema seja que existem vários ritmistas que se julgam bateristas. O baterista é músico e deve ter noção da música como principal elemento para se criar uma linha de batera e não colocar tudo que estudou quando está tocando. Ter um tempo preciso também é obrigação deste. Então acho que a dificuldade é de achar bateristas que estudam e que tenha consciência do que uma música pede.
OBC – Além de baterista, você também é professor de bateria. Isso é tanto amor pelo instrumento, para propagá-lo a novatos que querem aprender o ofício?
GA: Existem duas pessoas: o músico e o professor. Porque são coisas diferentes e às vezes eles coincidem na mesma pessoa. Como professor você aprende muito também e está sempre reciclando conhecimento. 
OBC – Você acredita que por ser o mais difícil em encontrar para ingressar em uma banda, o baterista acaba se tornando o “superstar” do grupo quando agregado nele? Por quê?
GA: Não. Bateristas para serem bem notados tem que ter algum diferencial que deva ir além do “marketing” que a própria banda faça pra ele aparecer um pouco.
OBC – Você compõe?
GA: Componho coisas voltadas à bateria como peças ou lições. E junto com Uirá arranjamos as músicas juntos extraindo sempre o melhor groove pra música.
OBC – Além de bateria, toca outro instrumento?
GA: Que domine, não.
OBC – Qual seus estilos musicais favoritos?
GA: Não tenho. Há música boa e ruim em todos os estilos. E gosto das boas (rs). Ter preconceito musical quanto aos estilos limita a própria criatividade.
OBC – Você que o funk está dominando o espaço do rock nacional nas mídias convencionais? Por quê? 
GA: Não classifico o funk carioca como um estilo musical, mas sim como um movimento. E é um movimento que funciona, porque senão não seria tão expressivo e não incomodaria tanta gente quanto incomoda. Agora o fato de não surgir bandas boas de rock nacional nos últimos tempos não quer dizer que o funk está tomando o espaço dele. Música compete sozinha e quando é boa sempre será ouvida e lembrada.
OBC – Atualmente, a mídia alternativa está dando mais enfoque ao rock nacional do que as mídias convencionais? Por quê?
GA: Talvez seja porque as mídias convencionais prefiram o que está atingindo mais a massa no momento. E que vende mais, é mais interessante para elas.
OBC – Com relação a divulgação de bandas alternativas ou de garagens, há bastante oportunidade para que elas mostrem seus trabalhos, ou há muita banda e pouco local para se apresentar e divulgar? Por quê?
GA: Espaço tem, e também há muitas bandas. O que acho complicado é conseguir entrar em algum meio e ter rotina de shows. Conseguir tocar, consegue, mas muitas bandas acabam pagando pra trabalhar do que receber por executar uma apresentação.

OBC – Você como professor de bateria, qual a dica que você dá para aqueles que estão começando ou querendo ingressar nessa carreira?
GA: Deve seguir os degraus naturais: estudar muito, ensaiar muito, tocar muito, ser disciplinado e principalmente ter humildade para ouvir tanto a música quanto com quem se relaciona.

OBC – Shows, apresentações, eventos… Há alguma data agendada? Onde? Quando?

GA: Toco em Brasília com Uirá França dia 31 de agosto e dia 12 na Fnac Pinheiros com Tigre Dente de Sabre que substituirei meu amigo Gui Calzavara (que também toca no Druques). Outras datas estão pra fechar e quem quiser saber mais poderá ver em minha página do face: fb.com/guiamaralbatera.

Esse foi o Gui Amaral, um batera que é ligado no 220 wz, adora o que e o mais importante, faz o que ama com carinho e dedicação, afinal ser músico em um país onde a arte só é valorizada depois que você atinge um status top, não fácil. Então, são esses artistas que merecem nosso respeito.

E por falar em valorizar e propagar, como prometido, segue o clipe do músico brasiliense Uirá França, que contou com Gui Amaral na percussão do single “#VEMPRARUA”.

Let’s play to song…

Por: Patrícia Visconti

[Plantão Caixa de Som] Banda Rádio 7 fecha o inverno com show na Mooca

O inverno está chegando ao fim e nada mais justo de terminar essa estação com muito Rock and Roll, principalmente ser for no estilo Classic Rock.

Os garotos da banda Rádio 7, (confira a entrevista que o guitarrista, Rodrigo Lamonato, nos concedeu no final do mês de Agosto. [AQUI]), irão se apresentar nesta sexta-feira, 21, na Cervejaria Azul.
Com o repertório totalmente nacional, os meninos irão apresentar canções próprias, que posteriormente estará no álbum de estreia deles.

Portanto, se você não tiver mais nada para fazer e quiser curtir um pouco do bom e velho Rock and Roll “brazuca”, essa é a pedida para começar o fim de semana, se despedir do inverno em grande estilo e saudar a primavera com músicas genuinamente brasileira.

Serviço

Banda Radio 7 na Mooca 

Cerveja Azul
Praça Ciro Pontes 26 Mooca
São Paulo / SP
Site: www.cervejazul.com
Horas: 22:00

Aos que forem, podem pegar os convites a R$10 com a chefa dos meninas, a Karine. Chegando lá, é só ligar para ela e garantir seu convites.

Karine:  (11) 98203-0196

Bônus: Quem cantar para ela o primeiro verso inteiro do sucesso gravado pela Valeska Popozuda e o Mc Catra, ganha uma cerveja (paga por ela).

Confirma sua presença na página de eventos da banda e compareça neste show que será imperdível!

Enquanto não chega sexta a noite, confira o primeiro videoclipe da Rádio 7, com a música “Disco Antigo”:

[Caixa de Som] O verdadeiro Rock and Roll ainda vive na geração Y

Três irmãos do interior de São Paulo que escutam o bom e velho Rock and Roll desde que se entendem por gente, então eles resolveram se juntar e formar a banda Rádio 7.

Influenciados por bandas de renomes e consagradas no rock clássico britânico como, The Beatles, The Who, Yardbirds, The Kinks, The Animals e a principal influência dos garotos, Oasis, que marca mais pelo som da banda, das guitarras e pela concepção sonora e artística da Rádio 7.

Os meninos não se iludem com a fama, mantendo sempre o foco no Rock and Roll, na originalidade, ousadia e diferencial, já que hoje em dia não são todas as bandas que conservam isso, ainda mais depois de entrarem no hall da grande mídia, muitos até esquecem do público que os consagrou quando eram alternativos, muito diferente da Rádio 7, em que é grato pelo seu público, por preferirem ir ao um show de uma banda nova, ao invés de uma outra mais conhecida, como comentou o guitarrista e back vocal da banda, Rodrigo Lamonato. “E isso também parte do público. Pra abraçar uma banda nova e menos conhecida, o próprio público quando vem nos assistir, está sendo original, ousado e diferente, pois poderia preferir o show de alguém de mais renome. Seria uma aposta menos arriscada”.

Porém, ainda existem várias bandas fazendo Rock and Roll, mas como comentei anteriormente, muitos acabam deixando a fama subir à cabeça e se esquece se sua origem e seu principal propósito, que é propagar o espírito do gênero musical sempre vivo, deixando a inovação, a criatividade e a essência roqueira em segundo plano, visando somente o lucro, ao invés de passar a mensagem inicial aos seus fãs.
Exemplificando com o relato de Rodrigo sobre o álbum dos Titãs, lançado em 1993, intitulado “Titanomaquia“, em que a banda mostrou sua essência em um disco áspera e pesado, quebrando a cara, mas passando a mensagem, mostrando originalidade e autenticidade do verdadeiro Rock and Roll.

Muitos músicos demoram para obter o reconhecimento e o êxito, pelo processo burocrático que a cultura enfrenta em nosso país, fazendo-o que eles desistam de continuar uma carreira no ramo da música; “… são muitos entraves e necessariamente você acaba caindo na mão de um escritório que lhe fará todo um planejamento e trâmite para aprovação do projeto, mas isso vai te esfolar os bolsos.”, concluiu Lamonato.

Mas não adianta só querer apoio cultural, tem que se empenhar, estudar, trabalhar bastante, para que seja propagado para todo seu público-alvo ou até, ir além dele, projetando sua mensagem e expandindo sua música.

E por falar em divulgar sua música, o Rádio 7 está lançando atualmente sua primeira música de trabalho, “Disco Antigo“, mas o álbum de estreia teremos que aguardar um pouquinho, pois ainda não há previsão de laçamento. Mas incompensação, eles estão com um videoclipe novinho em folha e deram carta branca para lançarmos em primeira mão aqui no site.

Então, sem mais delongas, confiram o primeiro vídeo da banda Rádio 7, que está aumentando seu público  cada apresentação e ampliando seus horizontes a cada dia.

Esperamos que tenham curtido o primeiro videoclipe da banda Rádio 7, que vem propagando o espírito e ousadia do Rock and Roll em pleno século 21, mostrando que as verdadeiras origens nunca morrem.
Confira a mensagem que os meninos deixaram para nossos amigos e navegantes do site, e esperamos nos encontrar na próxima performance da banda.

“Criançada, acho que o som e o clipe falam por si só, mas será uma imensa alegria receber os amigos do site O Barquinho Cultural em nossos shows. Fazemos uma apresentação animada, permeada por alguns clássicos do rock, embora o som seja quase todo ele de músicas nossas mesmo. Ali você terá um apanhado de nossa sonoridade, e voltará pra casa com a nítida sensação de que não são só as gigantes bandas internacionais que tem um show minuciosamente pensado e costurado. O nosso também. Apareçam!”


Para continuar antenados sobre o Rádio 7, se conectem as redes e ao site da banda, lá além de novidades sobre os garotos, como músicas novas, vídeos, shows, etc, vocês ainda irão se divertir bastante.
Se liga ai…