[Total Flex] Inovando melhorias para os jovens e também para o meio ambiente

Pelas andanças pela cidade de São Paulo, vi um projeto um tanto que interessante, que é o Programa Carbun – Inovando Com Simplicidade, que tem como objetivo aproveitar sucatas de informatica, que sobra no ambiente natural dando terapia ocupacional a estes adolescentes, ensinando a montar artesanatos 
esculturas. 

Este projeto foca em coletar sucatas de eletro eletrônicos e dando terapia ocupacional aos jovens e adolescentes de regiões de periferia, que se encontram fora das salas de aula, que por muitas das vezes fora de seus lares. 
Por situação de drogas e marginalidade, evitando um maior descarte de passivos de alto impacto no ambiente natural, proporcionando o desenvolvimento intelectual de garotos na idade de 12 a 16 anos de idade, dando lhes o barco a rede ensinando a pescar.
Parar mais informações segue os contatos da Carbun:
Telefones: (11) 3593-0379 
                (11) 9-5963-0379   
Obs: Este projeto ainda se encontra em fase experimental de desenvolvimento.

[Total Flex] Últimas semanas da mostra de Cazuza no Museu da Língua Portuguesa

Para quem ainda não foi conferir a exposição do mestre Cazuza, a mostra “Cazuza mostra sua cara”, no Museu da Língua Portuguesa, aproveitem que ela está chegando a sua reta final e com entrada gratuita, até o dia 23 de fevereiro.

Mas até lá, fãs do poeta e primeiro compositor a ser homenageado pelo Museu ainda podem ver e rever a exposição. De 14 a 23 de fevereiro, o Museu fica aberto ao público com entrada livre.
A curadoria de Gringo Cardia, a exposição está montada no primeiro andar do Museu e apresenta Cazuza, batizado Agenor de Miranda Araújo Neto, como um dos expoentes da canção popular, um dos poucos que soube unir a tradição escrita à oral, fazendo a poesia circular livremente do livro para a música.
SERVIÇO
CAZUZA MOSTRA A SUA CARA
DIA: de 14 a 23/02
(Quartas, Quintas, Sextas, Sábados e Domingos das 10:00 às 18:00 e Terças das 10:00 às 22:00)
QUANTO: GRÁTIS
ENDEREÇO: Praça da Luz, s/nº
Luz – Centro São Paulo/SP
TELEFONE: (11) 3326-0775
COMO CHEGAR: 
Estação Luz (Metrô – Linha 4 Amarela)
Estação Luz (CPTM – Linha 7 Rubi)

[Total Flex] A Comic-Con chega ao Brasil em dezembro

Para os nerds, amantes de quadrinhos, super-heróis, séries e do mundo geek, foi anunciando nesta semana que no mês de dezembro, haverá uma edição da Comic-Con, no Brasil. Para quem não conhece, a Comic-Con, a maior feira geek do mundo.

No Brasil, o evento se chamará Comic-Con Experience. “A ideia é trazer para o país a experiência de um evento americano. Já acontecem por aqui pequenos encontros de quadrinhos, mas nada é tão representativo como uma Comic-Con”, explica Pierre Mantovani, organizador do evento. 
O evento acontecerá entre os dias 4 e 7 de dezembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, e é focado em games, cinema, séries de TV e quadrinhos, e deve reunir 60.000 visitantes ao longo de quatro dias, os ingressos começam a ser vendidos a partir de abril e os preço ainda não foi divulgado.  
Para reproduzir em solo brasileiro o fenômeno que é a feira em San Diego, a organização vai apostar em convidados de peso. 
Tradicionalmente, é na Comic-Con que os entusiastas se encontram pessoalmente com os atores, diretores, produtores e cartunistas envolvidos nas produções. “Ainda não temos nomes confirmados, mas estamos em contato com a Disney, Marvel, DC, Paramount e Warner Bros., entre outros estúdios, para trazer essas personalidades para o Brasil”, diz o organizador.
Para mais informações acesse o Facebook e o Twitter ‘oficial’ da Comic-Con Experience;

[Total Flex] A poesia do jardineiro


Sempre o admirei. Por muitas vezes encontrei Ari Carlos Ferreira dos Santos trabalhando nos canteiros de Canoinhas-SC. Figura quase mítica na cidade, o jardineiro, além da habilidade e paixão por plantas, é um poeta de primeira.

Lembro da primeira vez que o entrevistei. Estava no Batalhão de Polícia Militar, cuidando das flores em uma estufa. Sujeito simples, com o olhar profundo e inocente, como uma criança que pede atenção. Lembro dos seus olhos, azuis, claros e brilhantes por detrás dos óculos. Falamos do seu processo de escrita.

Arcafes não estudou para isso. No auge da sua vida, foi topógrafo, em um tempo em que não era necessário diploma para exercer a função. Caiu aos poucos, por causa da bebedeira. E, agora, almeja subir aos poucos. “Ainda chego lá. Ainda dou a volta por cima.”

O destino ainda quis nos unir mais vezes: semanalmente, Arcafes escreve para o jornal Correio do Norte. Seus poemas/poesias trazem algo de essencial. Trazem a essência humana, a percepção do real por meio de uma visão completamente minimalista, mas não simplista. Uma visão complexa e, diria, completa do mundo.

Enquanto trabalha nos jardins públicos, a mente de Arcafes também trabalha a mil para desenvolver novos textos. Se a ideia é mesmo muito boa, nada custa tirar papel e caneta dos bolsos e anotar. Às vezes, confessa, escreve uma palavra que ainda não existe. Como descobre? Procura no minidicionário. Se não tem o verbete, é um neologismo. A ideia é justamente esta: apresentar aos outros as palavras que não são muito usadas, mas que dão sentido diferente à frase.
O sonho do jardineiro-poeta é escrever um livro. Na verdade, dois. Um com as poesias e outro com a sua biografia. Já tentou, mas o valor do investimento ainda é inviável. A voz calma e a serenidade das palavras mexem com o coração. Quem dera o jornalismo fizesse de mim uma pessoa rica para ajudar nessa realização. Afinal, o destino parece me dizer algo. Como uma missão, talvez. O que será?

[Total Flex] Conta-me sobre o seu sorvete

Neste fim de semana estive em Curitiba-PR. Faço pós-graduação lá e um dos exercícios da aula deste módulo era observar o Passeio Público com outros olhos. Encontrei um personagem. Alguém que esperava…


O sorveteiro espera. Espera por algum cliente ou um conhecido para conversar. Espera, solitário, com o olhar tranquilo, mesmo sabendo que o valor vendido até pouco antes do meio-dia nem paga o próprio almoço. O céu está nublado, mas nem isso afasta seu Manoel do trabalho.

O sorriso incompleto traduz a alegria do aposentado de 85 anos, que há 19 instala o carrinho de sorvete no Passeio Público de Curitiba. Sim, antes o local era melhor. As vendas eram melhores. O tempo levou a jovialidade de Manoel, mas também o prestígio e a credibilidade do Passeio. O lago poluído, crianças brincando, gente dormindo, prostitutas negociando, pássaros cantando. Um aglomerado de coisas contrastantes, assim como o vendedor de sorvete em uma manhã um pouco fria e nebulosa, mas feliz pelos 50 anos de casamento – o qual conta com orgulho.

Nem com tanto tempo de convivência a mulher do alagoano de Maceió consegue convencer o sorveteiro a deixar o Passeio Público. Se fica em casa, ele assiste desenhos. Melhor trabalhar. E Manoel nem tem medo dos frequentadores do local. Um telefone no bolso garante que qualquer atitude suspeita seja imediatamente avisada aos policiais. Eles já o conhecem – os policiais, os drogados, as prostitutas, os feirantes. E respeitam.

Em uma manhã nublada, o sorriso, com alguns dentes faltando, ilumina o Passeio administrativamente abandonado. Mesmo sem sol ou calor, é impossível resistir ao sorvete do senhor de olhos cansados. Não por pena ou recompensa pelo tempo dedicado aos curiosos, mas pelo amor de Manoel Amancio da Silva, demonstrado em cada palavra, em cada lembrança. Até, de certo modo, demonstrado no próprio nome. Aos poucos, fico convencido de que voltarei mais vezes ao Passeio Público. E, como muitas crianças, vou anunciar que quero sorvete, mas quero o sorvete do seu Manoel.