Em uma época onde o Brasil vivia dominado pelos militares, um professor universitário se viu abandonar toda sua vida, inclusive mudar de nome para manter a segurança de seu filho, que vivia com os avós após perder a mãe devido a sombriedade vivida em tempos sombrios da Ditadura Militar.
A segunda temporada de Gen V chegou ao fim, mais um semestre na Godolkin acabou, e muita coisa aconteceu. Gen V tinha uma missão complicada: dar continuidade à sua história sem um de seus protagonistas e ainda seguir a lore respeitando os acontecimentos da 4ª temporada de The Boys. Não era uma tarefa fácil, mas o universo dos Supers da Vought é bem estruturado, e a equipe se saiu muito bem nessa missão.
De cara, é preciso destacar as diversas homenagens a Chance Perdomo (André). Infelizmente, o ator faleceu em um acidente, e seu personagem era um dos destaques da série. Esse tipo de acontecimento sempre traz grandes desafios para o roteiro e a produção, mas Gen V soube mover os pauzinhos e homenagear o ator com muito cuidado e carinho.
Os atores em cena não escondiam o sentimento pela partida do colega, e o texto reservou muitas emoções e belos diálogos ao longo da temporada. Há quem não aprecie o humor ácido de The Boys e Gen V, mas podem ficar tranquilos: não faltou respeito nas homenagens a Chance.
Esta temporada brilhou nos momentos mais profundos dos protagonistas. Marie dispensa comentários, ela foi a alma da temporada. Quem a viu na anterior se descobrindo como super vai gostar de vê-la, agora, se descobrindo como pessoa, olhando para o seu passado e presente.
Os arcos de Sam e Cate também foram ótimos. A maneira como humanizaram esses personagens lembra muito o que James Gunn fez com o Superman neste ano. As camadas mais íntimas dos personagens foram exploradas com maestria.
Emma e Polaridade foram a grande surpresa da temporada, uma relação inesperada que rendeu ótimos frutos, com uma química excelente entre os personagens. O elenco de Gen V tem uma sinergia formidável, o que só aumenta a proximidade do público com os personagens.
O vilão da temporada foi muito interessante, entregando mistério e tensão, embora o desfecho não tenha sido o melhor dos mundos. Na verdade, o último episódio é divisivo, a temporada se encerra com algumas conveniências narrativas que podem incomodar.
Por outro lado, ela deixa boas pontas soltas para a última temporada de The Boys e, quem sabe, uma 3ª temporada de Gen V. Não dá para cravar o que vai acontecer no próximo ano, mas uma coisa é certa: a 2ª temporada de Gen V manteve a constância da série e do universo The Boys.
Se você está acompanhando essa saga e ainda não viu a primeira temporada, recomendo assistir a ambas, pois, assim como a anterior foi importante com o arco do vírus e as presenças de Sam e Cate no final, a segunda temporada tende a ser ainda mais relevante. A nova temporada de Gen V já está completa no Prime Video.
por Richrd Henrique
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