[Total Flex] Descanse em paz, Tomie Ohtake

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Nesta quinta-feira (12), o Brasil e o mundo das artes acordou mais triste, pois a artista plástica japonesa, naturalizada brasileira, faleceu aos seus 101 anos no Hospital Sírio-Libanês, após diversas paradas cardíacas que teve durante a noite. Estamos falando da “dama das artes plásticas brasileira”, segundo o crítico Ichiro Hariu.

Tomie Nakakubo, filha de Inosuke e Kimi Nakakubo, chegou ao Brasil em 1936 para visitar um irmão. Conheceu o engenheiro agrônomo Ushio Ohtake, também japonês, com quem se casou e teve dois filhos, Ruy e Ricardo, sua família estabeleceu-se no bairro da Mooca, na capital paulista.

No ano de 1952 ela inicia na pintura, junto com o artista Keisuke Sugano e no ano seguinte se integra ao Grupo Seibe, passando tempos produzindo obras no contexto da arte figurativa, a artista define-se pelo abstracionismo, apenas a partir dos anos 1970, passou a trabalhar com serigrafia, litogravura e gravura em metal.

Tomie se destacou com o trabalho de esculturas em grandes dimensões em espaços públicos, sendo que na 23ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1995, teve uma sala especial de esculturas, atualmente há 27 de suas obras são obras públicas, as quais estão em algumas cidades brasileiras.

Na cidade de São Paulo já faz da metrópole, se tornaram marcos paulistanos, como os quatro grandes painéis da Estação Consolação do Metrô de São Paulo, a escultura em concreto armado na Avenida 23 de Maio e a pintura em parede cega no centro, na Ladeira da Memória.I357031M

A artista participou de Salões nacionais e regionais, tendo sido premiada na maioria deles, sendo convidada a participar da Bienal de Veneza em 1972, pela própria instituição. Recebeu o Prêmio Panorama da Pintura Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Tomie escreveu junto com Alberto Goldin, o livro “Gota d’Água”, no qual foi escolhido pela Jugend Bibliothek de Munique, na Alemanha, como um dos melhores livros editados no Brasil no ano de 1995, no mesmo ano recebeu o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura – Minc e em 2000 foi criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

Tomie Ohtake se foi, mas sua obra ficará para sempre, espalhadas por todo o mundo, principalmente pela capital paulistana, onde há mais obras gigantesca da artista e também onde fica o museu com seu nome na região Pinheiros de São Paulo, no qual nesta sexta-feira (13), acontece a última homenagem à Tomie.

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Mais informações acesse o site oficial do Instituto Tomie Ohtake;

Descanse em paz Dama das Arte Plásticas, pois suas obras serão para sempre para todos os amantes da arte.

Por Priscila Visconti

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