
Vocalista da Bratislava, compositor e poeta, trazendo um estilo de música contemporâneo e viciante aos ouvidos, Victor Meira trabalha no seu novo projeto solo, com o lançamento da música “Ciço”. Em entrevista ao Barquinho Cultural vamos conhecer um pouco mais do seu trabalho e da sua paixão pela música:
OBC: Com que idade você entrou para a música?
Victor Meira: Sempre estive na música, cantava em corais e conjuntos da igreja quando era mais novo. Comprei meu primeiro instrumento já mais velho, com 20 anos de idade, um Jazz Bass Giannini, que tenho e uso até hoje.
OBC: Quais são as suas origens musicais? Em quais bandas ou músicos você se baseou para criar seu estilo?
VM: Minha origem musical é a igreja. Meu pai me ensinou a cantar e a fazer harmonias vocais com músicas da igreja quando eu era pequeno. Descobri o rock na adolescência, e bandas como Silverchair, Radiohead e Los Hermanos foram bem decisivas pra mim.
OBC: Como surgiu a Bratislava?
VM: Surgiu de um outro projeto menos sério, justamente pela ânsia de termos uma banda de verdade. Isso em 2010. A primeira formação era eu, meu irmão Alexandre e o Pedro Chammé, que saiu da banda por motivos pessoais um ano depois do início das atividades.
OBC: No que você procura inspiração na hora de compor?
VM: Busco me inspirar nos acontecimentos ao meu redor, no que eu vivo, no que eu observo e interpreto. Busco entender minhas alegrias, medos e angústias, assim como os sentimentos das pessoas mais próximas, e procuro refletir isso nas letras que escrevo.
OBC: Como poeta, qual é o seu escritor favorito?
VM: Tenho alguns. Gosto dos argentinos Cortazar e Borges, dos contos e romances do Sartre e do Camus. Dos estudos sobre mitologia do Joseph Campbell e sobre o imaginário, de Gilbert Durand. Gosto das idéias de crítica de arte do Affonso Romano. Adoro os romances e quadrinhos do Lourenço Mutarelli. E o último livro que estourou minha cabeça foi A Invenção de Morel, do Bioy Casares.
OBC: Qual das suas composições é a sua obra de arte?
VM: Sempre considero o trabalho mais recente o meu melhor trabalho. Então isso muda sempre. O que eu estou fazendo hoje é o melhor que faço, é o que mais me empolga e me motiva. E pra compor a música de hoje eu uso a bagagem, repertório e experiência que acumulei como artista nos trabalhos anteriores. Então sempre considero o trabalho mais recente o meu melhor trabalho.
OBC: Quais são seus hobbies?
VM: Tirando fazer música? Gosto de ir a shows, ler bons contos e romances, beber boas cervejas.

A arte da capa do single feita por Lese Pierre.
OBC: Conte mais sobre como será seu projeto solo.
Victor : Pretendo fazer dele mais uma plataforma de experimentação, assim como as bandas o são, mas ainda mais livre e imprevisível. Acredito que com ela posso testar estéticas diferentes, pegadas diferentes. É isso que me interessa no projeto solo.
Com o andamento do seu projeto solo, Victor pretende gravar mais um single em breve, e logo trabalhar no lançamento de um EP. Abaixo, o seu mais novo trabalho chamado “Ciço”. Você não pode deixar de ouvir!
Para conhecer mais sobre o projeto solo do artista acesse suas redes sociais, e fique por dentro deste trabalho tão sútil, poético e contemporâneo que Meira apresenta.
Por: Patricia Kawakami
