O diretor Zack Snyder novamente apresenta uma obra bastante vasta em mitologias e misturas de referências em Rebel Moon: A menina do Fogo Parte 1. A produção é distribuída pela Netflix, com roteiro de Shay Hatter, Kurt Johnstad e Zack Snyder, tendo como estrela no papel principal a atriz Sofia Boutella como Kora.
A menina de Fogo do filme Rebel Moon tem uma história simples, em uma trama eternamente apresentativa ou introdutória. Na trama, em um dia comum uma nave do império chega até um vilarejo e impõe acordos, como é costume desse estilo de narrativa, esses acordos beneficiam somente o império e deixa a pequena comunidade em apuros. Dito isso, uma pequena centelha de hipótese se levanta em prol de uma causa maior, derrotar o império e libertar os oprimidos das mãos do governo tirano.
Rebel Moon é a identidade casada com estilo e autenticidade do diretor Zack Snyder, porque consegue trazer belos ajustes em imagens bem impressionantes em cada detalhe criado para fazer parte do mundo novo. É uma obra visualmente bonita de acompanhar durante a jornada entre os planetas e luas mostradas no filme, ainda mais quando evidencia as diferenças entre o arcaico e o moderno.
Isso porque a história deixa claro como cada mundo tem uma forma diferente de interação com as forças do império, mostrando que quando um lado tem ajustes de interesse, esses têm formas e melhores maneiras de ascender como sociedade, enquanto aqueles que preferem ter distância do governo imperial, tem suas formas de subsistência quase primordiais, sem tecnologia nenhuma para conseguir fazer coisas básicas como desenvolver a agricultura.
No entanto, essa é somente uma das facetas dentro do filme, há outras também, não tão interessantes quanto essa, mas bem plausível com a trama contada. Ou seja, é um filme que consegue envolver pelo artifício visual e sonoro, mas peca quando tenta avançar no roteiro por introduzir clichês e mais coisas comum de filmes com pegadas assim, envolvendo governos espaciais, mundos e suas culturas, além de alguém disposto a fazer barulho e derrubar uma ditadura.
Rebel Moon não é um filme bom, nem é ruim, é apenas uma produção que consegue se arrastar em uma eterna apresentação, tem uma jornada bem comum com introdução de personagens e suas histórias, tem vilão disposto a barrar qualquer incidência de revolta de grupos que ameacem o império, tem camponeses treinando sem a mínima chance de enfrentamento contra forças ultra armadas e treinadas, e altamente letais, tem de tudo um pouco.
Há também outro ponto bem legal, os personagens e seus emocionais, aqui não há piadas para criar simpatia, até porque a direção tem ciência da história contada. Para alguns isso pode parecer algo como falta de criação de grau de importância com os personagens, mas acredite, é exatamente assim que o filme promove e vai subindo degrau para escalonar a problemática.
Com isso, conclui se que, novamente o diretor traz uma história visualmente bonita, com personagens esteticamente viscerais, e uma criação de mundo bem convidativo, mas novamente errou em deixar acontecimentos para mostrar somente no futuro, construindo uma narrativa que parece uma introdução sem fim, deixando a história maçante. Rebel Moon é sem dúvida uma boa aposta, caso você não tenha nada melhor para ver na Netflix. O filme já está no catálogo de streaming da plataforma.
por Daniel Guimarães








