O filme é um remake do clássico lançado em 2004 com um pequeno adendo, agora apresentado como um musical, em uma ideia completamente despretensiosa que consegue trazer nostalgia e justificar sua existência. Em uma produção que é um famoso Ctrl C/ Ctrl V, a história é assinada pela diretora Samantha Jayne e Arturo Perez com roteiro de Tina Fey, no elenco principal a atriz Angourie Rice interpreta a protagonista Cady Heron, enquanto Reneé Rapp, vive Regina George.
É normal não mexer em um filme considerado cult, não é mesmo? Mas Hollywood adora reviver grandes momentos do cinema, ao trazer de volta à vida de maneiras diferentes algumas produções. Contudo, nem sempre essa fórmula dá certo, em alguns casos todo investimento de tempo e dinheiro acaba tornando o projeto um completo fracasso em termos de popularidade e arrecadação.
Talvez seja cedo para decidir se Meninas Malvadas de 2024 entra na primeira categoria ou na segunda, se vai ser bem sucedida em críticas e resultar em uma boa bilheteria, ou se vai ser um fracasso comercial, já que em termos de crítica, o filme tem se saído bem. Mas, em suma a produção teve um cuidado bem minucioso no tratamento de temas abordados no filme, conseguiu fazer piada em cima da piada sem encontrar problemas maiores, se é que me entende.
O novo filme tem a sinopse igual ao anterior, uma menina novata em uma escola onde há um grupo reinando sob o comando de uma abelha rainha. E claro, aqui falando sobre a grande e icônica Regina George, interpretada nesse remake pela Reneé Rapp, é importante afirmar o quanto essa atriz se entrega nas cenas que aparece, literalmente ela chama atenção para si, é quase como se tivesse poder de hipnose ao atrair atenção quando passa.
Já a protagonista, exala um ar mais inocente que o anterior, no primeiro filme a personagem foi vivido pela atriz Lindsay Lohan, que soube dosar a inocência e malícia da personagem. Aqui, Cady Heron interpretada pela Angourie Rice, é fofa e tem uma inocência bem pontual, mesmo quando há uma nítida mudança de personalidade, ainda sim, ela continua com ar de garota de interior descobrindo as noitadas da cidade grande em dia de lua cheia.
Agora falando sobre o musical, porque se você ainda não sabe, essa versão é um musical. Essa escolha da direção é a cereja do bolo, porque caso não fosse assim, não haveria justificativa para trazer essa história novamente, afinal, seria como dito acima, uma cópia cuspida e escarrada da forma mais vagabunda possível, mas a ideia de fazer um musical transforma a atmosfera da história e impulsionar ainda mais a produção.
É como rever em alguns momentos cenas do icônico High School Musical, ou até mesmo um pouco de Se Ela Dança eu Danço, há muitas referências possíveis para lembrar quando começa toda cantoria e pessoas dançando e imaginando situações, porque sempre que alguém abre a boca e começa a cantarolar, show de luzes e papel picado surgem do teto, pessoas andando começam a coreografar, a música baixa começa a aumentar, e tudo isso deixa o filme gostoso de ver. No fim, é uma grata surpresa ver uma produção tão assertiva. o filme está em cartaz nos cinemas brasileiros.
por Daniel Guimarães



