Sabe aquele filme que cativa pelo carisma e simplicidade em envolver o espectador com sua narrativa comovente e divertida, que te faz sair leve e descontraído da sala de cinema? Pois bem, sem dúvida Anyone But You é um desses com certeza.

Uma trama leve e cômica, embalada na relação conflituosa e insurpotável de Bea e Ben, que vivem como cão e gato, mas no fundo vão descobrir uma paixão adormecida dentro deles desabrochando diante a intensidade do desejo loquaz de um sentimento único e significativo entre ambos.

O filme mostra com dinamismo e expressividade o desenrolar de um romance cheio de discordâncias e traumas, além de esquemas e fingimentos, que envolverá à todos nessa relação ironicamente imperfeita, em uma conexão particular, engajada em desprender o passado e aceitar o novo que se abre em sua frente.

Anyone But You traz de forma significativa o elo envolto as peripércias e deslumbres envolvendo profundamente nas situações mais difusas e complicadas de uma relação de amor e ódio, de forma leve, despretensiosa e íntima, com sua narrativa simples e característica, não erra em entreter todos ao redor.

Dirigido por Will Gluck, e estrelado por Sydney Sweeney e Glen Powell, o filme é inspirado na obra shakespeariana Muito Barulho Por Nada (1598), adaptado por Ilana Wolpert, e entrega com veemência uma releitura leve e despretensiosa, fazendo com que o público se conecte com as peripércias deste casal, que apesar de não se aturarem, irão se envolver profudamente nas situações mais loucas e complicadas para parecer eternos amantes, em uma relação autêntica, relativa, de cumplicidade e ódio.

E ainda, o longa conta com uma trilha sonora referente, como a canção Unwritten, da cantora Natasha Bedingfield, que não apenas mostra a harmonia do elenco, como emerge o público em uma sintonia ímpar, fazendo com que todos saem cantando em coro e dançando com graça, em um ritmo auspicioso, sonhando com um romance inesperado, apresentado de maneira dinâmica e categórica, relembrando os sucessos referentes das comédias românticas do início dos anos 2000.

por Patrícia Visconti