‘Young Royals’ – Um drama intenso e visceral, que vai muito além de um “romance adolescente”

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Com mais intensidade e complexidade, a segunda temporada estreou no catálogo da Netflix, Young Royals mostra além do relacionamento de Wilhelm (Edvin Ryding) e Simon (Omar Rudberg), mesmo estando juntos, a cabeça segue longe à outros problemas difusos e comoventes, que podem envolver diferentes pessoais, sem relacionar as decisões que eles tomam em suas vidas.

Neste ano da série, Sara (Frida Argento), talvez seja uma das poucas que ainda mantém a essência singular de sua personagem, mantendo os segredos intrínsecos e se conectando inteiramente em sua relação com seu pai, apesar dos contratempos, e tentando a todo custo, voltar a conviver em harmonia com os estudantes da Escola Hillerska, após os ocorridos do ano anterior, entre esses, August (Malte Gårdinger), que mesmo não sendo punido por seus atos, ele ainda sofre com angústia do conflito que causou para Will e Simon, tendo crises intensas de ansiedade e inquietação, para abafar os males que corroem ele por dentro.

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Young Royals, se desenvolveu além de uma série de personagens adolescentes e gays, mas também, revela emoções e sensações significativas que envolve a sociedade como um todo, desde o bullying e os castigos dos colegas de classes, até o cyberbullying, destrinchado por quem está atrás de um tela, julgando e culpando por ações que não remetem além dos envolvidos do drama. Ainda mais, quando se trata de um príncipe herdeiro, que tem fazer de tudo para manter sua proteção, de seu namorado, da família dele, e ainda, conquistar seguramente a confiança de sua família, que desde a morte de seu irmão Erik, anda distante e diferente com ele.

Felice (Nikita Uggla) também se mostrou diferente e bastante mudada nesta temporada, se aceitando mais como ela é, e enfrentando mais ferozmente pelo que acredita, mesmo que nos primeiros episódios ela pode demonstrar sem graça e um pouco apática, mas aos poucos seus princípios ensejos foram sendo mostrados e representados, diante de uma elite branca e distinta.

Uma segunda temporada sem muito acaso, mas com muitas reviravoltas, que pode prender e envolver ou fãs mais assíduos de um suspense dramático, dando o revés necessário para trazer mais comoção e vigor à série, que visa mostrar muito além do apenas um relacionamento gay, em um romance adolescente, mas também, envolver os personagens em suas relativas responsabilidades de seus atos e conjunturas.

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Young Royals é uma produção sueca de origem ficcional, que mostra as nuances da vida do príncipe herdeiro da Suécia, que após se envolver numa briga em um clube noturno, ele foi enviado para um colégio interno, onde lá apenas estudantes ricos e de pais muito poderosos estudam, com exceção de Simon, que além de bolsita, também é gay, e acaba sofrendo bullying por todos no colégio.

Todavia, o que eles não esperavam era que Willie se encantaria intensamente por Simon, a ponto de viver um verdadeiro conto de fadas, mas sem muita fantasia, apenas indiferença e discriminação, que ambos vivem entre os alunos, familiares, sociedade e claro, a monarquia. E entre esses obstáculos, Willie e Simon terão que ser fortes e focados, para que essa situação não reciproque em suas vidas pessoais, abalando o físico e a mentalidade envolto de ofensas e ironias ineptas, mas que podem destruir um indíviduo.

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A série é estrelado por Edvin Ryding, Omar Rudberg, Malte Gårdinger, Frida Argento e Nikita Uggla. Criada e produzida por Lisa Ambjörn, Lars Beckung e Camilla Holter, e direção de Rojda Sekersöz e Erika Calmeyer. A primeira temporada de Young Royals estreou em 2021, em março de 2024, a segunda, chegou ao streaming da Netflix.

por Patrícia Visconti

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