‘Um Lugar Silencioso: Dia Um’ envolve o espectador em uma tensão eloquente e dramática

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Um Lugar Silencioso: Dia Um, é dirigido e roteirizado por Michael Sarnoski, com Lupita Nyong e Joseph Quinn no elenco principal. A história apresenta o primeiro dia da invasão alienígena na cidade de Nova York, Estados Unidos.

O filme conta a perspectiva da personagem Sam, vivida por Lupita Nyong, uma mulher com câncer terminal, tutora de um gato criado como apoio emocional, chamado Frodo. Ela tenta sobreviver durante o primeiro dia da invasão alienígena na cidade de Nova York, assim como, tenta entender a nova condição imposta pela situação de caos.

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O filme é um spin-off do aclamado Um Lugar Silencioso lançado em 2018, dirigido por John Kraviski, que também assina como roteirista e criador da obra. Em 2022, ganhou uma sequência digna e bastante elogiada pelo público e crítica especializada, chamada Um Lugar Silencioso 2.

Agora em 2024, chegou aos cinemas, Um Lugar Silencioso: Dia Um, sob grande expectativa do público e crítica, assim como foi nas duas obras anteriores. No Dia Um, não há grandes revelações nem amostras dessa invasão fora da zona da cidade de Nova York, Estados Unidos. Se alguém pensou que haveria inserção de novos lugares, para mostrar como foi o parâmetro dessemelhante aos Estados Unidos, se enganou.

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A direção centralizou a trama dentro das quatro linhas seguras, nada de expansão fora da caixinha, apenas uma rápida lapidada e foco naquilo que deu certo. Dessa forma, é interessante pontuar a produção no quesito técnico, principalmente na parte que tange os efeitos e a fotografia, visto que a montagem de catástrofe na cidade é bem executada, assim como os efeitos das criaturas em plano fechado.

Nas atuações, há duas linhas bem sinuosas, isso porque a Lupita como Sam, destrói, ela não precisa falar porque suas expressões falam por si. Ela carrega 80% do filme e consegue passar sentimentos, emoções das mais variadas formas sem dizer nada, e quando a personagem fala, é novamente outro show de atuação. Por outro lado, Joseph Quinn, como Eric, não ganha tantas camadas nem parece de fato ter uma relevância, isso no início é claro, visto a aparição na história de forma repentina e jogada. Mas conforme a trama vai avançando, é possível estabelecer conexão entre eles.

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Os personagens juntos é funcional, em momentos oportunos há grandes atuações capaz de arrepiar até o mais cético. A exemplo dessa entrega fica a cena do grito de ambos, uma forma de curar a dor momentânea criada naquela situação, mais aberta muito antes de tudo aquilo. É lindo!

Há também um artifício bem interessante usado pela direção, o gato Frodo. O animal de apoio emocional da Sam, é responsável por colocá-los em alguns momentos de perigo, fazendo os protagonistas colocarem-se na situação para salvá-lo. Isso pode incomodar os mais atentos, mas vai passar batido por aqueles mais entregues ao entretenimento, particularmente é um artifício bem executado, e não há porque pensar sobre o gato não mia nunca durante o filme inteiro, nem mesmo quando está na água.

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Sobre a montagem das sequências de cenas de ação, não foi feito nada de diferente dos anteriores no objetivo dos personagens, eles passam pela jornada e enfrentam perigos, até conseguir de fato chegar a um lugar seguro. Dito isto, o final não poderia ser diferente. Na verdade poderia, talvez fosse até mais assertivo que acontecesse de maneira diferente, mas coube a direção decidir encerrar essa jornada pela perspectiva da Sam, usado não somente a liberdade para criar a decisão, mas elaborando um final poético e belo em meio ao desastre.

Por fim, Um Lugar Silencioso: Dia Um, é aquele filme para agradar gregos e troianos, tem de tudo um pouco, um humor leve e pontual, atuações acima da média e outras medianas, cenas de ação de deixar tenso, um drama inesperado e muito bem executado, e uma direção assertiva no quesito qualidade técnica, é um filme muito bom. A produção estreia nesta quinta-feira dia 27 nos cinemas.

por Daniel Guimarães

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