O Exorcismo: Uma produção sem propósito com cenas boas

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O exorcismo, filme dirigido por Joshua John Miller, com Russell Crowe, no papel principal como personagem Anthony Miller, conta a história de um homem que tenta reerguer a carreira como ator ao aceitar um trabalho novo como personagem de um filme de terror. Nada de novo no fronte talvez seja a maneira correta de classificar esse longa que prometeu bastante e não entregou nada.

Bom, de início há algo que precisa ser acertado em Hollywood quando o assunto é terror com exorcismo, porque depois do clássico O Exorcista de 1973, nada soar diferente de uma tentativa frustrada e mal concebida de acertar. Em O Exorcismo, não é diferente, apesar do uso de artifícios para deixar a trama mais envolvente, nada realmente funciona e em menos da metade da história o cansaço pega com força.

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Na trama, é apresentado um homem de meia idade chamado Anthony Miller, que é chamado para fazer um papel em um filme de terror após um acidente com o ator anterior, durante o processo de preparação, a filha dele aparece para passar um dias em sua casa devido a problemas na escola. Durante a estadia na residência, ela o acompanha durante as filmagens das cenas, mas nada durante esse processo sai como esperado porque o passado de Anthony constantemente o assombra.

Um filme de possessão dentro de um filme de terror, o que significa? Significa que a linha narrativa vai mostrar as facetas de um ator em construção de personagem, para dar vida em uma história de terror contemporâneo, curiosamente o tema do terror dentro da produção é também sobre possessão, com direito a tudo de mais clichê possível, como padres, uma menina possuída e uma mãe desesperada para ver aquilo acabar o quanto antes.

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A ideia é bastante convidativa por si só, porque é bacana ver uma produção de filme por trás das câmeras, mas infelizmente esse pequeno detalhe é somente um artifício de chamada. Dito isso, o resto funciona da maneira mais simplória possível, com o passado vindo à tona, vícios retornados e uma posição aos poderes de super herói no final.

O querido Russell Crowe até tenta fazer funcionar mas o roteiro não ajuda em nada, os artifícios colocados ao longo do percurso para a conclusão da e andamento da trama, são simplórios e pouco empolgantes com cenas sem nenhum tipo de chamariz para trazer importância ao personagem central do longa.

Mesmo a ideia de trazer um breve e prolongado conflito entre pai e filha é disfuncional, soando como aquilo já feito em outros diversos filmes, em alguns casos bem mais desenvolvidos que aqui em O Exorcismo. No saldo total, a ideia sobre a ideia é interessante por si só, mas isso não significa que o caminho escolhido pela produção tenha sido assertivo, é uma grande proposta sem um desenvolvimento a altura da idealização proposta aqui. Uma pena, O filme encontra-se em cartaz nos cinemas.

por Daniel Guimaraes

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