Em 2015, ano em que a cantora Elis Regina completaria 70 anos, o jornalista e autor Julio Maria lançou a biografia oficial, onde ele coletou mais de 200 depoimentos, ao longo de meia década, reunindo memórias e segredos sobre a vida e carreira da artista, que faleceu em 1982, deixando um legado na cena musical brasileira.
O livro Elis: Nada será como antes, vendeu mais de 40 mil exemplares, esgotando-se do catálogo da editora na época e conquistando vários prêmios literários. Dez anos após o lançamento, o autor através da Companhia das Letras traz novos argumentos e contestações, em uma edição atualizada e reformulada.
A obra biográfica acompanha a vida de Elis como grande cantora, entre as nuances de sua vida particular, entre a admiração pelo Brasil e sua singularidade como mulher, carregando consigo um mundo íntimo de receios e anseios, revelando casos sobre a artista ainda desconhecidos pelo público, além de aplicar discussões categóricas sobre inteligência artificial utilizando sua imagem em um recente comercial de televisão.
Uma produção intensa e loquaz, que agrega ainda mais representatividade na referência insigne da vida de Elis Regina, em um livro diligente e fidedigno, descrevendo com veracidade e respeito às suas especificidades. Como suas cadernetas que seu filho Pedro Mariano, mostrou ao autor, contendo anotações de uma série de projetos dos quais ela realizaria durante o ano em que faleceu.
Elis: Nada será como antes é um mergulho intrínseco, com um revisito ampliado sobre sua vida, carreira e morte, entre histórias inéditas e essencialidades únicas que traz voz a artista, que morreu aos 36 anos, recorrente de um suícido após o consumo irresponsável de drogas, já que em suas anotações pessoais mostrava quão ela era uma pessoa pura e repleta de vida, entre planos e ensejos viscerais de prosperar seus sonhos.
por Patrícia Visconti



