Lilo & Stitch, tem direção de Dean Fleischer Camp, e roteiro de Chris K.T.Bright com Mike Van Waes. Nele, uma garotinha chamada Lilo encontra um amigo alien e o nomeia de Stitch, juntos eles formam uma amizade incomum.
Talvez o público esteja cansado de live-action por conta dos últimos lançamentos da Disney, mas essa aqui aposta numa coisa atípica dentro dessa fórmula, a fidelidade com poucas inserções na história, isso garante uma boa dose de diversão, nostalgia e emoção.
A trama inicia mostrando um julgamento no espaço para sentenciar a experiência 626, uma criatura feita para destruir. Em seguida, essa pequena criatura tumultua e dá no pé do local em uma espaço nave em direção a terra. Enquanto isso, Lilo é apresentada de uma forma bem divertida, a garota anda por vários locais da ilha e se diverte bastante, mas o ponto alto é a dança e apresentação de hula. Ela chega atrasada no local e ainda responde uma agressão de forma bem ríspida, ao derrubar uma colega do palco com um empurrão.
O encontro dos dois é muito fofo e carregado de sentimentos, isso porque Lilo enxerga no Stitch um amigo para brincar, conversar e fazer companhia. Enquanto Stitch, observa na Lilo, uma oportunidade de se safar dos agentes que o buscam para capturá-lo e lhe aplicar a sentença.
Um ponto bastante elogiável é o elenco que tem nomes como, Chris Sanders, Sidney Elizabeth e Maia Kealoha como Lilo, atriz que interpreta a protagonista do longa. E dentro dessa conjuntura ela dá show tanto no drama com a irmã quanto na interação com o Stitch.
Os efeitos também são um conjunto de acertos, porém em alguns momentos é perceptível aquela velha produção feita dentro de um estúdio, na qual o enorme telão verde é o cenário por trás dos personagens. Agora, o CGI do Stitch, é primoroso e tem um refinamento lindo, é de longe um ponto muito alto da produção.
Há também uma certa satisfação na incrementação de mais cenas envolvendo a Lilo e a Nani, a relação entre as irmãs. O texto e as cenas envolvendo o conflito das duas foi prolongado e acertado, é um drama para além do básico adaptado, é cativante e emocionante.
Já a relação de Lilo e Stitch, vai muito além de um encontro entre amigos, é uma parceria que vai crescendo a ponto de torná-los irmãos. Lilo busca um amigo e encontra um, Stitch vê na relação inicial uma forma de fugir dos agentes, mas percebe ao longo da trama que encontrou um lar e uma família.
Piadas, trocadilhos e dublagem, são também uma bela arte, a dublagem brasileira faz o filme crescer dando aquele ar mais característico. As piadas são muito bem colocadas, também há trocadilhos minimamente inserido na hora certa, assim como piadas dentro de um contexto bem inteligente.
No fim, Lilo e Stitch é um live-action seguro de si, que não aposta em grandes mudanças nem tem pretensão de apresentar um produto inédito, a direção fez um trabalho básico ao copiar e colar a animação, e acredite, deu certo, é um filme que consegue entreter e emocionar contando uma história repetida.
Aos mais velhos e nostálgicos, essa história vai tocar lá no fundo da memória e fazê-lo ficar emocionado, aos novos, essa é a história de uma família em formação, incompleta de membros mais boa o suficiente para cada um que faz parte dela. Lilo e Stitch entra em cartaz nos cinemas no dia 22 de maio.
por Daniel Guimarães





