Faleceu nesta sexta-feira (23), um dos maiores fotojornalista e ambientalista do planeta, o fotógrafo brasileiro, Sebatião Salgado, que já viajou por mais de 120 países com seus projetos fotográficos, na qual a maioria deles apareceu em inúmeras publicações de imprensa e livros. Além de realizar exposições itinerantes de seu trabalho, que foram apresentadas em todo o mundo.

Salgado começou a carreira como secretário para a Organização Internacional do Café, e em uma de suas viagens para África, fez sua primeira sessão de fotos na década de 1970, junto com sua esposa.

A fotografia o inspirou tanto que logo o tornou independente como fotojornalista, voltando para Paris. Ele já teve passagens por diversas agências de fotografia como Sygma, Gamma e Magmun, além de ter sido encarregado de uma série de fotos sobre os 100 dias de governo Ronald Reagan, Sebastião documentou o atentado a tiros cometidos por John Hinckley, Jr. contra o então presidente dos Estados Unidos, com a venda dessas fotos para jornais, o permitiu financiar seu primero trabalho pessoal – uma viagem à África.

Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, As Imagens da Amazônia, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado, autora do projeto gráfico da maioria de seus livros, fixaram residência em Paris.

Ao longo dos anos, Sebastião Salgado contribuiu generosamente com organizações humanitárias incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia Internacional. Com Lélia Wanick Salgado, ele apoiava um projeto de reflorestamento e revitalização comunitária em Minas Gerais (Instituto Terra).

Salgado morreu em 23 de maio de 2025, aos 81 anos de idade, em Paris, França deixado sua esposa, dois filhos e dois netos. A causa de sua morte foi uma leucemia grave, desenvolvida como complicação de uma malária contraída em 2010 durante uma expedição fotográfica na Indonésia.

por Priscila Visconti