Desde sua estreia no catálogo da Netflix, em março de 2025, Se a Vida te Der Tangerinas, vem conquistando a cada dia mais o público, pelo carisma por personagens e sua narrativa não-linear em tranduzir as comoções e desafios ao longo da vida de uma mulher que desde a infância encarou sozinha as batalhas pela sobrevivência, tendo sua mãe como inspiração de força e determinação, a aspirante a poetisa Oh Aen-sun conspira no elo visceral com seu amigo de infância Yang Gwan-sik, na ilha de pescadores em Jeju.
A série começa nos tempos atuais, aonde a protagonista já idosa traz lembranças e memórias de sua vida, voltando desde quando era criança e via a luta árdua da mãe mergulhadora – “haenyeo” (mergulhadoras que coletam frutos do mar no oceano sem equipamento) – dando sempre o melhor aos seus filhos, passando com o encontro com a literatura e ânsia em ser notória fora da ilha, o romance infantil e compassivo com Gwan-sik, que desde pequeno sempre sonhou em estar ao lado de Aen-sun, para juntos prosperar e conquistar seus mundos particulares, com muito amor, união e trabalho.
Uma narrativa envolto de adversidades e lutas, que prende a atenção dos espectadores que se envolvem neste drama tênue e sentimental diante de traumas vorazes e significativos que encadeiam ao longo da vida da protagonista, que ao lado de amigo e futuramente, esposo, moldam a maneira categórica de criar e formar a própria família, em uma história de amor relutante e impulsiva, para encontrar a benevolência entre o caos mundano, quebrando os paradigmas e encarando com plena determinação a respectiva trajetória, provando que o amor pode persistir por gerações.

Se a Vida te Der Tangerinas é uma produção eloquente e intensa, que comove à todos por sua sutileza em transmitir com visceralidade as nuances da vida, contando de maneira dramática, porém com sutileza as vertentes de um passado que transcende o futuro, levando a experiência de pais para filhos, entre medos, desejos e prosperação, de que apesar das contrariedades impostas na vida, ela tem de seguir para que possa dar continuidade à jornada, porém as cicatrizes deixadas ficam marcadas para sempre, como feridas de guerras que mostram quão a força que se tem quando o mundo parece desabar. Em uma história de superação, reviravoltas, família e compaixão, que traz o luto e a união como pontes da conexão fecunda sobre as dificuldades.
Escrita por Lim Sang-choon, a série conta com 16 episódios com direção de Kim Won-seok, e um elenco insgine estrelado pelos atores IU, Park Bo-gum, Moon So-ri e Park Hae-joon, que levam carisma e eloquência em suas performances fascinantes ao longo da trama, trazendo às cenas a nostalgia prevista na cultura coreana, com suas origens, essências e singularidades, sendo aclamada e elogiada aos quatro cantos do planeta, pela perspicácia em envolver e comover nesta história de amor e relisiência.
por Patrícia Visconti




