A música popular brasileira é bem mais ampla do que a grande mídia dita em seus canais de comunicação, afinal, nossa cultura é rica ao extremo de unir não apenas instrumentos musicais, com voz e percussão, mostramos mais do que música, e sim arte, cultura e uma amostragem de uma sociedade extramente rica culta e diversificada.
O músico brasileiro, assim como qualquer cantante de outra nacionalidade também têm influências ainda na infância, mas com uma diferença, principalmente aqueles que vivem o regional e aprendem a valorizar o conhecimento popular desde sua origem, retratando melhor em suas canções e composições.
Assim aconteceu com nosso entrevistado de hoje, o músico Uirá França, que assim como grande nomes da música brasileira também começou sua carreira em Brasília, sua cidade natal e atualmente está radicado em Sampa.
Confira abaixo o que Uirá nos contou sobre seu início, carreira, single, expectativas para o novo álbum, shows, produções, inspirações…
OBC – De onde surgiu essa ânsia de ser músico? E quando foram seus primeiros acordes em sua vida?
Uirá França – Costumo falar que não busquei a música, não ansiei ser músico, a música meio que me encontrou numa dessas esquinas. Aconteceu muito naturalmente.
Meu pai é compositor, tinha um violão lá em casa, e quando eu não tinha o que fazer, ficava “fuçando”. Na escola todos meus amigos queriam aprender a tocar e pediram um violão de natal, como já tinha violão lá em casa eu adiantei o serviço, mas sem grandes pretensões.
OBC – Quais são suas principais inspirações para compôr e cantar?
Uirá França – Gosto de contar estórias com minha música, falar de coisas que passam comigo, com pessoas ao meu redor, coisas do cotidiano mas de uma forma bem particular, dou a quem escuta a minha versão do que acontece. Como exemplo minha última composição #VEMPRARUA, que retrata bem a minha visão e sentimentos em relação às manifestações que aconteceram esse ano no Brasil.
OBC – Quais são suas influências musicais? Por quê?
Uirá França – Sempre, muita música e de todo tipo!
Graças a Deus lá em casa fomos criados livres de preconceito o que me permitiu acumular uma bagagem cheia de canções boas, de estilos distintos, ao menos pra mim.
Posso citar alguns nomes que influenciam diretamente meu trabalho atual como, Beatles, Newton Faulkner, John Mayer, Dave Matthews Band, Nando Reis, Frejat, Caetano Veloso entre outros.
OBC – Você disse uma ve que ser pop não necessariamente é ser “populesco”, ou sucumbir a mesmice. O que você traduz com “populesco” e sucumbir a mesmice? Por quê?
Uirá França – Música pop não é sinônimo de música de baixa qualidade, como os artistas que havia citado, eles são prova disso, em vários momentos de suas obras, fizeram canções extremamente populares e de muita qualidade. O que acontece é que existem músicos acomodados com certas “fórmulas de sucesso”, canções formatadas, que acabam se parecendo demais umas com as outras, afinal se tratam de cópias umas das outras.
Dá sim, para fazer uma canção com apelo popular mas que tenha conteúdo, contribua pra quem escute, sem ser mais do mesmo.
OBC – Qual o gênero musical você define seu som? Por quê?
Uirá França – Não gosto de limitar minha música a um estilo, mas para responder sua pergunta acho que me enquadro em: Música Popular Brasileira, que para mim não é necessariamente MPB, pois essa carrega uma certa marca que não cabe muito bem na minha música.
OBC – Em sua primeiro EP, lançada em Agosto/2012, o que você mostrou de seu trabalho, e qual o público você quis atingir? Você acha que atingiu ao seu objetivo?
Uirá França – Quando parei para fazer esse trabalho, foquei na canção como ela veio ao mundo pra mim, voz e violão. Quando sentei pra pensar nos arranjos a ideia era descaracterizar o menos possível a natureza das canções e fui muito feliz, já que o EP ficou leve e as melodias são quem guiam os álbum, os instrumentos entram para compôr e não saltar aos ouvidos, a canção é mais importante.
O público alvo é qualquer brasileiro que goste de músicas boas para cantar ao acordar, de baixo do chuveiro numa roda de violão e por aí vai.
Não curto a ideia de segregar um público, minha música está aí pra quem goste dela, o que posso dizer é que nela tem muita verdade e amor.
OBC – Como foi a produção desse trabalho?
Uirá França – Fizemos a pré produção toda em meu quarto em Belo Horizonte, Gui Amaral e eu, ficamos meses fazendo e refazendo arranjos, Eu compus todas as linhas de guitarra, violão, baixo e backing vocals, o Gui entrava com sua minuciosa e extremamente bem acabada composição de bateria e somava alguns elementos percussão.
Terminada a fase do quarto veio a parte prazerosa, gravar o que já estava na ponta das línguas e de baixo dos dedos. Estávamos muito afiados e gastamos pouquíssimo tempo para gravar tudo no Estúdio Gifoni, onde contamos com o excelente trabalho de Fabrício Gavani e Sergio Gifoni na técnica e captação.
OBC – Há previsão para o lançamento do seu álbum de estreia? Quando e como ele será?
Uirá França – Até o fim do ano esperamos estar com tudo pronto, estamos trabalhando forte nisso e acho que vamos ter um resultado bem legal. Não é a toa que dizem, “trabalhe com o que ama pois assim você não vai precisar trabalhar nunca na vida”, (rs).
Ele vai ser mais músicas do Uirá, mas não “mais do mesmo”.
OBC – Shows, apresentações, performances, clipes…, há algo programado em sua agenda? O que e quando?
Uirá França – Em breve começaremos uma série de shows divulgando o Clipe #vemprarua em São Paulo, e a ideia e já emendar com o lançamento do disco antes do final do ano.
OBC – Quais as expectativas futuras para a sua carreira?
Uirá França – As expectativas são grandes em relação ao disco novo, uma vez que o EP já teve um feedback muito interessante.
A expectativa é que o disco alcance vôos mais altos, esperamos agenda cheia em 2014, afinal preciso de dinheiro pra comprar ingressos pra Copa do Mundo (rs).
Assista abaixo o primeiro single oficial de Uirá #VEMPRARUA, que já têm mais de 12 mil visualizações no Youtube:
Se você curtiu o trabalho do Uirá, então confira o primeiro disco “Réu Confesso“, lançado em 2012 de forma independente. Além do mais, você poderá fazer o download da faixa “Vagabundo“. Ouça AQUI Espero que tenham curtido, e para informações sobre esse grande música, confira os links deles abaixo, enquanto isso, vou garimpar novos talentos para incluir na nossa caixa de som dos tripulantes do nosso barco. Contato para shows:Maura CostaFones: (11) 98512-4265 | (11) 2985-0563e-mail: maura.costa@gmail.com Site | Facebook Até a próxima, pessoal!Patrícia Visconti
Hoje é dia de música, como todos nós sabemos, mas a pauta de hoje foi meio que um estalo de última hora, já que eu tinha outra ideia em mente e acabou não dando certo, mas como um insight de momento ocioso ela surgiu.
Mas vamos ao que interesse…
Com certeza vocês já devem ter ouvido essa música abaixo, já que ela está tocando em diversos veículos de comunicação de todo o país atualmente, além do vídeo ter quase 30 milhões de visualizações no Youtube.
Essa música é ‘Vagalumes‘, da banda Pollo com participação do músico Ivo Mozart, que anda bombando nas paradas de sucessos, tanto o grupo quanto Ivo, que é de quem iremos falar nesta quinta-feira musical da nossa embarcação.
O sobrenome pode ser de músico clássico, mas não é, e muitos menos estrangeiro. Ivo Mozart é um paulistano de 27 anos que já está no ramo da música a algum tempo. Com 15 anos formou sua primeiro banda, com dois músicos bastante conhecidos pelo público adolescente, entre eles estão, o Teco, líder do Rancore e o Conrado baixista do Nx Zero. Tocou em uma banda famosa de forró no norte do Brasil, fazendo apresentações para mais de 10 mil pessoas, e ainda dava uma dançadinha para galera durante o shows. Um marco que ficou na história de um grande contador de história, que se formou em publicidade e até montou sua própria empresa, onde viajou pelo Brasil inteiro produzindo e eventos. Mas não era Ivo percebeu que não seu destino não era no backstage, mas sim atuando e se dedicando a música, então ele largou todos os trabalhos, pegou o dinheiro que havia juntado e foi morar na Holanda, isso sem falar nada de inglês. Fez um mochilão pela Europa, África, Estados Unidos e América do Sul, morou em Barcelona, enquanto fazia aulas de espanhol aprendia inglês na rua e no albergue onde morava, e lá mesmo Ivo organizava festas com muita caipirinha e música, onde o próprio tocava e passava o chapéu, para ganhar algum dinheiro e continuar sua saga de mochileiro ao redor do mundo. Entre essas viagens, o músico conheceu o UKULELE, um violão havaiano que mudou sua vida. Ivo começou a tocar Ukulele nas ruas da Vila Madalena em São Paulo, em portas dos bares, mostrando à pessoas seu som, e isso ele fez por quase um ano, até que o dono de um dos bares da região o viu tocando, gostou e o convidou para tocar em seu estabelecimento, a partir dai o ele começou a fazer shows. Um dos singles do cantor o que descreve segundo o próprio Ivo cito em sua biografia, é a canção “Mocinho do Cinema“. Confira abaixo um trecho desta canção:
“TUDO O QUE EU QUERO NESSA VIDA E VIVER DE COISAS BOAS!!!SEI QUE NÃO SOU O MOCINHO DO CINEMAE NEM PAREÇO O ROMEU DA JULIETAE SEMPRE USO CHAPÉU VELHO E CAMISETAMAS SEMPRE FAÇO FAZER VALER A PENAPRA SER FELIZ O AMOR TEM QUE SER VERDADEIROFELICIDADE E A CHAVE DO SEGREDOSÓ COM UM SORRISO PONHO CORES NO SEU MUNDO BRANCO E PRETO.“ Esse é Ivo Mozart, um cara simples, como ele mesmo se auto-intitula, com letras honestas e chegou para falar sobre coisas boas e compartilhar o simples da vida. Para entender o que tudo isso, confira o primeiro videoclipe oficial do músico, produzido pela Midas Music, do empresário e produtor Rick Bonadio. A pré produção do primeiro disco de Ivo Mozart está sendo feita, logo mais o CD estará nas lojas. Enquanto o álbum não sai, vamos curtir “Mocinho do Cinema“, primeiro single do Ivo.
No último domingo (24) aconteceu a primeira edição da festa-bazar ESCAMBAU. Um evento que visa propagar a arte e cultura alternativa escondida nos becos da grande metrópole paulistana. E o Barquinho Cultural esteve lá e conferiu o que rolou na festa mais “POP ART” de Sampa.
O Sol e calor estava propício para sair de casa e conhecer novas artes e curtir um ambiente entre amigos, muita arte e diversão.
A festa ocorreu no Hostel Alice, na Vila Madalena, zona oeste paulistana, um albergue bem cultural e oportuno para uma tarde dominical bem cultural.
Organizado pelo jornalista Amauri Terto, o evento foi de extremo êxito e promoção artística, como fotografia, artesanato, designer, artes plásticas, música, etc. Talentos ainda não reconhecidos pelo grande público que puderam apresentar um pouco de suas obras aos presentes a festa.
Próximas edições do ESCAMBAU já estão em andamento, com mais cultura, arte, e novos artistas que só querem exibir e propagar seu trabalho para o mundo.
Em breve trataremos novidades sobre a segunda edição da festa. Enquanto isso, acesse e confira algumas imagens do evento.
2013 definitivamente dá sinais de que será majestoso para a música pop.
Depois de Destiny’s Child, Justin Timberlake, David Bowie e Black Sabbath a surpresa boa fica por conta do cantor, multi-instrumentista americano Prince.O artista é ícone graças a sua musicalidade e ao comportamento desde que surgiu no final da década de 70 e nunca conseguiu passar despercebido seja pela música que faz , pelo sex-appealou por excentricidades como trocar o nome artístico por um que ninguém conseguia pronunciar!
A novidade é que ao que tudo indica Prince está prestes a lançar material novo. Acaba de vazar a música “Breakfast Can Wait” que é recheada com a sonoridade funk com a qual o cantor trabalha tão bem e que o permite mostrar ainda mais sua voz ,seja ela com falsetes ou não. O cantor já havia lançado em novembro o clipe da música “Rock’n’roll Love Affair” através de um perfil curioso no twitter @3rdeyegirl e no site é possível comprar as faixas “Screwdriver” e “Breakfast Can Wait” por US$0,88 cada!
Nada foi dito em relação a um novo álbum mas Prince já andou fazendo shows em terras americanas no que parece ser um ensaio para algo maior.
Eu fico por aqui mas não sem antes mostrar a faixa “Breakfast Can Wait” e o clipe de “Rock’n’Roll Love Affair”.
E aqui está o clipe de Rock’n’Roll Love Affair que foi dirigido por Chris Robinson conhecido por seus trabalhos com artistas como Alicia Keys em “Falling”, Joss Stone em “You Had Me” e Busta Rhymes feat. Mariah Carey em “I Know What You Want”.
[curiosidade: Tem como diabos ficar parado ouvindo Prince?]
E aí tripulação, estão prontos para mais uma saga de entrevistas aqui n’O Barquinho Cultural, pois
hoje é tem entrevista em nossa embarcação e o entrevistado da vez é do paulistano de Capão Redondo, que é poeta, músico e um com uma extensa carreira na área cultural, ele é Jaime Matos, filho de um baiano e uma paulista.
Teu perfume
Tem muito feromônio
Até meus anjos estão flertando
Seus demônios
Por: Jaime Matos
Vamos conhecer um pouco desse literário que tem muita cultura para repassar a todos os seres humanos…
1. O que significa arte literária pra você?
A literatura pra mim é uma grande fonte de informações. Sempre é mágica na sua essência quanto mais livros leio, aprendo todo dia.
O corpo precisa de um alimento, o celebro também precisa de informações pra melhorar o seu conhecimento. Quando dormimos também nos alimentamos, a literatura do sono é o sonho. A literatura pra minha é o alimento do conhecimento, o grande passaporte pro mundo.
2. Música e poesia para você é…
Na pizza da cultura e da arte, se eu fosse um pizzaiolo minha pizza seria meio a meio, metade Poesia e metade Musica. Ambas andam juntas. Sou compositor quando minhas musicas são cantadas, e são poesias minhas musicas quando são lidas.
3. Qual seu estilo literário favorito?
Não tenho definição, mas gosto de Fernando Pessoa, Zê da Luz, Carlos Drummond , Castro Alves , Jose de Alencar e muitos outros.
4. um músico favorito… João Bosco
6. um autor favorito… Jose Saramago
7. Sarau pra você é…
Pra mim o sarau é a maior rede social de poetas em comum. É o encontro de pessoas que comungam a palavra, mostrando as suas manifestações pela voz, pelo texto, no conteúdo das suas experiências pelas suas vivencias. Os poetas põem sempre a alma no papel.
Todas as pessoas que vão a um sarau querem mostrar os seus trabalhos e ver obras de outros poetas ou artistas que participam do grupo.
As pessoas pensam que redes sociais são facebook, twitter e outras formas de comunicação.
Na realidade as redes sociais são “ferramentas de comunicação” Exemplo: Um tipo de rede social é um Sarau dentre muitas , a verdadeira rede de pessoas.
8. Jaime por Jaime…
A vida é um grande palco onde atuamos sempre, aprendendo, rindo, chorando, vivendo da melhor maneira, usando sempre o bom senso e boa vontade, procurar nunca prejudicar os outros e a si mesmo.
9. Jaime o mundo literário…
Talvez hoje o Sarau pela literatura seja uma moda, enquanto ela existe vamos aproveitar pra sugar toda sua melhor essência. Muitos aparecem poucos resistem e se mantêm.
10. Promova-se… Conte-nos um pouco de suas histórias, idéias, projetos, da sua
vida literária e onde podemos encontrá-las?
Nascido no capão redondo, criado na Bela Vista, meu pai um bom baiano, minha mãe uma linda paulista. Antigamente quando fazia uma letra de musica assinava com Jaime Borbagato, era uma maneira de ser lembrado usava um chapéu na cabeça e morava na região da zona sul. Hoje já não
assino como borbagato, assino como Jaime Matos.
Sou formado “em marketing, compositor, musico e Personal Dance – Fui bolsista da Academia Jaime Aroxa”, trabalho como representante comercial e divulgador cultural.
Já Participe de uma coletânea com dois textos chamada “Poetas do Sarau Suburbano” Ritmo e Poesia, organizado por Alessandro Buzo. Participei também de áudio book chamado “Play na Poesia “.
Jaime Matos é um grande exemplo em cultura, poesia e sarau e para quer gosta deste estilo livre de literatura, não pode deixar de frequentar pelo menos uma vez na vida a um sarau.
Esta arte literária, de estrutura simples, mas com conteúdo nobre, que mostra a cultura de país, estado, cidade, bairro ou rua, como ela é, sem interrupções de nada, pois o verdadeiro promotor cultural, é aquele que não se importa de organizar uma grande festa, com famosos e muitos holofotes ou então organizar uma roda literária para poucas pessoas em um cômodo de sua casa.
Pois ser um divulgador da cultura pop, pois a cultura pop não é só Lady Gaga, Beyonce e Britney Spears, cultura pop é a banda de rock que ensaia na garagem todos os dias, a menina ensaiando alguns passos de dança na pracinha do bairro e também os grupos de ‘rappers‘ que se encontram em lugares estratégico da cidade para mostrar seu ‘beat box‘ em uma competição com muito hip-hop e diversão.
Isso é promover a cultura pop, sem destrinchar uma parte dela e levá-lo para o público que não gosta só de efeitos, imensos lugares e preços altos.
Já que abrimos esta entrevista com uma sentença, nada mais digno de encerra o Cantinho Literário com uma frase do poeta, então fiquem com Jaime Matos abaixo.
Boa semana a todos e até a próxima, que aliás, semana que vem não haverá entrevista, pois terá especial semana de Natal aqui no Cantinho Literário.
Até mais…
Por: Priscila Visconti (mostrando a cultura pop como um diamante não lapidado pelo homem)