[Caixa de Som] Gustavo Prafrente: Voz, violão e poesia

Foto por: Júlia Rocha
Aos 27 anos de idade a revelação do rock nacional Gustavo Prafrente apresenta um som intimista e delicado em seu segundo álbum, com lançamento previsto para início de 2014, também de forma independente como seu primeiro projeto.
Com batidas power-trio para apresentar suas novas canções, acompanhados por Juliano da Costa (Primos Distantes) na bateria e Fernão Spadotto (Assopro) no contra baixo estreando junto com Prafrente, que empunha sua guitarra e juntos criam uma sonoridade própria.

Mesclando momentos calmos, onde o cantor deposita voz e poesia, e depois com outros aonde o trio cria uma dinâmica sonora, fortalecendo a essência musical e criativa deste disco.
Uma música para ouvir e esquecer do mundo, refletindo sua origem e vitalizando a musicalidade encontrada na cena alternativa nacional e internacional, de forma poética e original, em que a voz e o violão são os instrumentos fundamentais do show.
Confira o videoclipe da música “Quando sinto falta de você amor” que foi lançado no início deste ano.

Gustavo anda realizando diversas apresentações pelo Brasil, na quarta-feira (27), ele fez show no Baixo, situado na região central de São Paulo, promovendo seu novo trabalho. Para saber mais sobre a agenda do músico, fiquem ligados no Facebook dele, já que Prafrente está sempre conectado compartilhando novidades sobre seus novos projetos.Por: Patrícia Visconti

[Caixa de Som] A essência retrô em um mundo contemporâneo

Não é de hoje que o sul do país é fortemente conhecido pela revelação de bandas de rock nacional no cenário alternativo, talvez por causa do clima bucólico e frio das tardes de outono que o inspira os gaúchos a poetizarem suas ideias e musicarem suas inspirações.

Entre essas bandas podemos listar várias, entre elas o Bidê ou Balde, Apocalypse, Cachorro Grande, Engenheiros do Avaí, Fresno, entre outras que começaram lá na ponta do Brasil e hoje são sucesso no país inteiro.
Vindo nessa mesma pegada, a banda gaúcha Vilionnes, lançou neste segundo semestre de 2012 o primeiro videoclipe da banda, O Hippie, O Profeta e O Cientista, que visa um retrato musical folk, com a letra em prosa, relembrando o tempo quando o amor era mais válido do que o dinheiro e o poder, além de enfatizar em momentos de naturais da vida, como andar de bicicleta e caminhadas pelo parque, visando a ideia de mais amor e menos motor, trazendo a tona o afeto perdido no caos que vivem as grandes metrópoles hoje em dia.
A banda foi formada em 2009 em uma tarde no Parque Farroupilha, em Porto Alegre, onde os integrantes Matias Jardim (Bateria), Pedro Ourique (Baixo), Jean K. Loregian (Voz, Violão, Guitarra, Harmônica e Ukulele) e Sanntiago A. (Voz, Violão e Guitarra) se reuniam pelo parque para fazer um som e trocar ideias musicais, desde então a amizade surgiu e as harmonias foram incorporadas a mistura do grupo, além do anseio de mostrar seu trabalho ao mundo.
Atualmente o grupo segue gravando seu primeiro EP, mas o primeiro single qual já saiu o videoclipe de O Hippie, O Profeta e O Cientista já pode ser conferido no canal oficial dos garotos no Youtube. Confira abaixo e tire suas conclusões por si só!

O vídeo foi gravado em junho de 2013, na capital gaúcha, e retrata um dia na vida de um homem solitário, em seu cotidiano comum, que percorre por lugares lindos e memoráveis com sua bicicleta.
Pedalando com seu livro, ele para em um parque lê um pouco e come uma fruta, em um centro urbano seu estilo de vida é o mais próximo da natureza, percebendo o presente e observando cada detalhe daquela cidade, com um caráter existencial em um meio onde vive, interage diretamente com sua essência.


FICHA TÉCNICA:
Direção Geral: Francine AzevedoRoteiro: Francine Azevedo, Gabriel Lodi e Camila Afonso de AlmeidaAssistente: Rafael BidartCâmera: Eugênio BarbozaEdição: Gabriel PessotoFigurino: Camila Afonso de AlmeidaProdução: Jéssica Bazzanella, Sandro Barreto, Evander Bica, Fredi, Henrique Arsego.Atores: Rodrigo Apolinário, Camila Afonso de Almeida e Reissoli Moreira. Figurantes: Duda Meneghetti, Rafael Berezuk e Renan Kendy.Make Up: Bebel OsorioPor Patrícia Visconti

[Caixa de Som] Rapha Moraes: A revelação musical em 2013

Lançando seu primeiro álbum solo, o curitibano Rapha Moraes traz um novo trabalho à sua carreira, que apesar de você nunca ter ouvido falar sobre ele, sua trajetória já é longa pela estrada da arte.

Cantor, ator, compositor, Rapha mostra em sua canções o seu mais íntimo e profundo em suas criações, apresentando sua verdadeira essência musical a um público diverso e principalmente amantes da boa e inteligente música popular brasileira.
Confira o bate papo que o Rapha concedeu à nossa embarcação, com muita simpatia e carisma, ele falou sobre seu início, inspirações, influências, seu projeto solo, novo disco, shows, etc.  Vale muito a pena checar sobre essa revelação da música brasileira que já conquistou publico não apenas no Brasil, mas em vários outros países latino americanos.


OBC – De onde surgiu essa ânsia de ser músico? E quando foram seus primeiros acordes em sua vida? 


Rapha Moraes: Lembro que a primeira vez que tive um insight musical eu tinha uns 5 anos mais ou menos. Vi Chuck Bery tocando na televisão e falei pro meu pai que queria ser igual ele. Nessa idade mesmo dei meus primeiros acordes em uma aula de violão. Mas a música veio naturalmente.
Minhas avós sempre tocaram piano e no colégio meu grupo de amigos era cheio de músicos, por algum motivo. Então, ainda bem, a música me recrutou!

OBC – Quais são suas principais inspirações para compôr e cantar? E também atuar, já que além de cantor, você é ator?

RM: Com certeza as relações humanas. É o que me inspira e move. A vida pra mim é isso, o movimento interno e externo. Conexões.

OBC – Quais são suas influências musicais? Por quê?

RM: A música em geral, que me toca, é uma influência. E o que eu mais gosto mesmo é de canção sabe? Músicas bonitas… letras que me emocionam ou me façam pensar. Posso citar Moska, Fernando Anitelli, Perota Chingo e Jorge Drexler como alguns nomes que admiro muito e me inspiram.

OBC – O que surgiu primeiro em sua vida, cantar ou atuar? Como você “linka” as duas carreiras em sua vida?

RM: Cantar, com certeza. O teatro surgiu através de um grande amigo, Edson Bueno, que me incentivou a estar no palco também como ator. Acho uma delícia o teatro e espero fazer muito mais coisas, porém a música é minha estrada principal. Estar no palco é atuar, seja como for.

OBC – Desde de seu aparecimento, você vem com banda, como está sendo essa experiência na carreira solo?

RM: A experiência está sendo linda. Libertária. É bom fluir e poder compor e logo mostrar pras pessoas. É uma injeção de alegria!

OBC – Como foi a produção desse novo trabalho?

RM: Está sendo! Constante e sempre em movimento. Essa é a graça. Descobrir sempre algo novo e um lugar novo pra conhecer ou conquistar artisticamente.

OBC – Shows, apresentações, performances, clipes…, há algo programado em sua agenda? O que e quando?

RM: Temos algumas datas em Curitiba e São Paulo para esse ano.
Dias 10 de novembro [corrente cultural, Auditório Londrina, 14:30 – Curitiba] e 22 de novembro [Teatro Paiol Curitiba]; e dias 6 de dezembro [SIM SP] e 8 de dezembro [BECO SP].

A ideia é continuar soltando material novo na internet e lá por abril do ano que vem lançar um EP Oficial ou um CD completo!

OBC – Quais as expectativas futuras para a sua carreira?

RM: Espero abraçar a vida como ela vem me abraçando. Arriscar, conhecer gente nova, levar minhas canções para o máximo de pessoas por aí. Cada vez sinto que mais os corações estão abertos e é com eles que vou me sintonizando. A estrada foi feita pra ser percorrida.


O primeiro álbum solo do Rapha chama-se “La Buena Onda”, foi lançado 2013 e até agora contém cinco cinco videoclipes gravados que transborda emoções, entre eles estão os singles, “A Viagem”, “Imprevisível”, “Estação de Nós Dois”, “Viver de Mar” e “Você e Eu”. No próximo ano as músicas serão compiladas em um disco físico para os fãs e admiradores do músico.

Enquanto isso, podemos ouvir o novo projeto do artista em seu canal no SoundCloud:

Além do mais, pode acessar no Facebook oficial do Rapha e estar por dentro de todas as novidades sobre laçamentos de single, EP, shows, fotos, e qualquer outra novidade que o músico divulga em suas rede aos seus fãs.Por Patrícia Visconti

[Caixa de Som] Domingo não é dia de sofá e sim de rock!

No dia seis de novembro aconteceu a décima edição do Sampa Music Festival no Espaço Victory, na Penha. Entre os destaques dessa edição temos Rancore, Gloria e CPM 22, porém, um de seus muitos diferenciais é exatamente o contrário: trazer várias bandas para o conhecimento do público.

O festival começou cedo e, bem antes das bandas principais começarem a chegar ao local, já demonstrava muitos sinais de que não tardaria a lotar a casa. Foi exatamente o que aconteceu, por volta de 18h já começavam a formar várias filas e vários grupos já lotavam as grades dos dois palcos do festival.

Desde o primeiro acorde o som não parou! A energia não acabava devido ao sistema de dois palcos: enquanto uma banda se apresentava a próxima já preparava os últimos detalhes do seu palco e já começava a tocar assim que a banda anterior deixava o palco. Nesse momento havia o corre-corre geral do público de um lado para o outro. Esse esquema – utilizado em grandes festivais que trazem bandas internacionais, como, por exemplo, o Lollapalooza que reveza nos seus dois palcos principais esse esquema de organização enquanto os outros palcos seguem programações mais independentes e reservadas – demonstra a qualidade de organização, não é fácil montar e desmontar tão rapidamente um palco. Isso agrada o público que não precisa ficar esperando a cada banda.

O festival se orgulha de ser uma vitrine para as bandas menos conhecidas aproveitarem a estrutura e o público que o evento atrai para conquistar novos fãs, reconhecimento e oportunidades. Nesse ano, entre as bandas menores podemos destacar como apostas nacionais as bandas Elloz e John Wayne, que já haviam tocado em edições anteriores e demonstram o quanto cresceram e evoluíram ao longo dos festivais, sendo as bandas imediatamente anteriores às bandas principais.
Quando começou a primeira música do Rancore já percebemos à que eles vieram. O som contagiante fez todo o lugar pular. A energia era muito positiva assim como a música e, claramente, ninguém parecia disposto a deixar o show acabar. Infelizmente, os shows em festivais pedem que as bandas não toquem todo seu setlist, o que rendeu um show um pouco mais curto ao público que está acostumado a shows completos do Rancore. Para compensar o tempo reduzido, temos a oportunidade de em seguida de um show ótimo ver logo outro. Quando o Rancore estava saindo do palco, o Gloria já estava pronto. A galera “guerreira” já estava postada fazia algumas horas na frente do segundo palco – no qual a única banda principal a se apresentar na noite seria o Gloria – e aguardava ansiosamente que começasse a porradaria. O Gloria – que está acostumadíssimo a tocar em festivais – demonstra o quanto se sente em casa no SMF, com muita disposição que deixou todo mundo muito satisfeito.
A banda principal e mais aguardada da noite era o CPM 22. A galera aproveitou o show com as últimas forças que restaram dos outros shows e da longa espera depois de um dia inteiro, pulou e gritou todos os sucessos da banda – que são vários ao longo de muitos anos de carreira – a plenos pulmões, e como se não houvesse amanhã. Realmente não havia: segunda-feira de muita ressaca, muito cansaço e muitas dores no corpo só preocuparam mesmo no dia seguinte!

[Caixa de Som] Camila Garófalo: O rock contemporâneo com a essência dos clássicos

Sei essa semana é especial dia das crianças, e também sei que nossa entrevistada já não é mais criança a um bom tempo, mas como todos sabemos, é na infância onde descobrimos e lapidamos nossas influências e anseios de inspiração para construir nosso caráter e nossa vida.
No Caixa de Som dessa semana iremos bater um papo com a cantora, poeta e jornalista, Camila Garófalo, 24, que se envolveu no mundo da música antes mesmo de saber escrever, e hoje está prestes a lançar seu primeiro álbum, com composições próprias e características marcantes bem peculiares.
Confira a entrevista que Camila concedeu à nossa embarcação:

OBC – Quando você começou a cantar? E a compôr?
Camila Garófalo – Não sei ao certo quando a música passou a fazer parte da minha vida definitivamente. Aos 6 anos eu quis fazer aula de flauta doce no colégio. Depois, aos 9, estudei violão e comecei a compor versinhos inocentes. Mas ali eu já sabia que queria isso. Fui estudar canto apenas com 17 anos.
OBC – Por quê essa vontade de cantar e escrever sobre a natureza humana, filosofia e autores pessimistas?
CG – Filosoficamente eu sempre procurei uma maneira de me expressar. Na minha opinião, a filosofia existe antes da arte. Primeiro vieram as minhas questões e minhas indagações. Colocá-las no papel e transformá-las em poesia é algo secundário. O pessimismo veio depois que comecei a buscar a verdade das coisas em fundamentos filosóficos, como propõe alguns filósofos niilistas.
OBC – Quais são suas principais influências musicais? Por quê?
CG – Eu nasci em meio a rodas e modas de viola das fazendas de Ribeirão Preto. Até os meus 17 anos não ouvia muito além disso. Apenas quando mudei pra São Paulo passei a estudar e ouvir incessantemente o Jazz e a Bossa Nova, o Blues e o Rock. Nos últimos 7 anos busquei acumular o máximo de referências para construir esse disco, desde os mais clássicos representantes dos gêneros até os mais experimentais no assunto.
OBC – Como você define o estilo “post-rock”?
CG – No sentido de ser um rock contemporâneo que não se limita às mesmas influências, buscando na música brasileira características exóticas, como o maracatu, por exemplo.
OBC – Quais as expectativas para o 1º single, e também para seu álbum de estreia, que deve ser lançado no início do ano que vem?
CG – Até agora as expectativas do single foram superadas. Alcançamos mais de 6.500 plays no soundclound e isso é mais do que eu imaginava em apenas uma semana na rede. Pretendo agora difundir o conceito do disco com shows e outras supresas (quem sabe até uma nova música) até o fim do ano. Somente em março de 2014 é que ocorrerá o lançamento do disco, com oito músicas e, claro, todas para download gratuito.
OBC – Como e quando foi o ‘insight’ de que essa era a hora de gravar um álbum? Por quê?
CG – O desejo pelo álbum sempre existiu. Houveram outras gravações que estavam longe da qualidade que eu buscava, mas nunca saiu da minha cabeça essa ideia. Foi preciso esperar o tempo certo para encontrar as pessoas certas e me preparar pra isso.
OBC – Como foi a produção deste disco de estreia?
CG – A produção foi absolutamente independente. Fui atrás do Dustan Gallas e do Bruno Buarque porque eu já  admirava o trabalho deles na banda da CéU e em outros projetos. Eu sabia o que estava buscando e a sonoridade que podia resultar. Em 4 dias os caras fizeram os arranjos e gravaram as 8 músicas de “Sombras e Sobras”. Depois veio o Thiago França e fizemos mais uma sessão para gravar o saxofone. A voz eu gravei em Ribeirão Preto, minha cidade natal. A mixagem foi o Dustan quem fez também. E a masterização ficou por conta do El Rocha.
OBC – Quem foram seus maiores apoiadores para sequenciar sua carreira musical?
CG – O Danilo, produtor e amigo, foi um cara que me ajudou bastante. Eu já estava há um tempo tentando gravar o disco e a produzir no Garage Band (programa de edição) com minhas próprias mãos a pré-produção. Quando ele me conheceu, riu e disse “não dá pra fazer tudo sozinha, eu vou te ajudar”. E foi assim que consegui fazer uma bela pré-produção e buscar os músicos para gravar.
OBC – Shows, clipes, EPs, singles, … Quais são suas realizações para o futuro?
CG – Como tinha dito, a ideia é fazer shows até março do ano que vem e talvez um EP para o fim do ano, mas isso não é certeza. Após o lançamento em março eu prefiro não prever, depois disso ninguém mais sabe o que vai acontecer. rs
O primeiro disco de Camila intitulado “Sombras e Sobras” deve ser lançado no início de 2014, e traz oito canções autorais, com toques de filosofia e sobre a natureza humana. Com temas dramáticos e contextualizações por texturas sonoras da música eletrônica.
A produção do álbum ficou por conta de  Danilo Prates conta com o baixo, a guitarra e o teclado de Dustan Gallas (Céu, Cidadão Instigado) – além da mixagem -, com a bateria e percussão de Bruno Buarque (Céu, Karina Buhr, Anelis Assumpção) e com o saxofone tenor de Thiago França (Metá Metá, Sambanzo, MarginalS).
A gravação foi feita no estúdio Minduca em São Paulo e masterização no Estúdio El Rocha, por Fernando Sanches, em setembro do mesmo ano.
O primeiro EP da cantora “Sobras” já ouvido por mais de sete mil pessoa no SoundCloud e em sua fanpage, já está chegando a dois mil seguidores.
Agora digam-me, alguém duvida que essa garota é Rock n’ Roll?
Ouça o primeiro single de Camila, e confira por si só:

E aí, curtiram o som da Camila?
Espero que sim, pois essa garota traz a excentricidade da música clássica, mas com o carisma do pop, e com uma potencialidade vocal de invejar qualquer um.
Site | Facebook | Twitter
Até semana que vem, com mais alguma novidade do submundo da música!
Por Patrícia Visconti