Começa nesta quarta-feira (10), a 17ª edição da maior festa literária do país, a Festa Literária Internacional de Paraty – Flip 2019, que neste ano conta com muitas atrações e novidade, para todos os amantes da literatura, pois além dos espaços privados, em que são cobrados ingressos, a Flip contará com a ocupação dos espaços públicos se estendendo por todo o território de Paraty, que nesta edição da Festa Literária contará com 28 casas parceiras, um número recorde, com programações diversificada.
Esses espaços são – Casa Helvetia, Casa Libre & Santa Rita da Cássia, Casa Tyiwaras Tikunas, Casa PublishNews, Casa Insubmissa de Mulheres Negras, Casa IMS, Barco Flipei — Festa Literária Pirata das Editoras Independentes, Casa da Literatura, Casa Europa, Casa dos Povos, Casa PANC para TI, Casa M.A.R. — Maria Angélica Ribeiro, Kombi Penguin Companhia, Mercado das Artes — MAR, Casa Philos, Casa Globo e Casa Poéticas Negras.
Como já sabemos Paraty foi considerado junto com Ilha Grande, Patrimônio Mundial pela Unesco por sua cultura, fauna e flora excepcionais além da biodiversidade coexistência da cultural viva e ancestral no ambiente naturalmente exuberante, e a Flip acumula uma experiência de integrar diferentes linguagens artísticas.
Neste ano de 2019 a maior festa literária de Paraty se consolida em um módulo de artes visuais com a Terra Nova, se conectam com as questões que permeiam Paraty, seus moradores e os visitantes, e que se propõem a desenhar novos percursos para a vivência na cidade. Este primeiro ano do projeto, com curadoria de Fernanda Diamant, conta com uma instalação de Laura Vinci e uma performance do núcleo de arte da mundana companhia de teatro.
Além de grandes atrações que acontecerão no Auditório da Praça como a exibição do filme “Deus e o diabo na terra do sol” (1964), de Glauber Rocha, o longa foi filmado em Monte Santo, na Bahia em uma referência geográfica e religiosa da região de Canudos e do livro de Euclides da Cunha, “Os sertões”. O longa foi um marco do Cinema Novo e da chamda “Estética da fome”. Mas antes da sessão de cinema, está programada uma curta apresentação performática da cantora, compositora e cineasta Ava Rocha, filha do cineasta, em uma homenagem aos oitenta anos que Glauber completaria neste ano.
Sendo um dos principais eventos de literatura do país com um parâmetro internacional levado à seus vistantes uma experiência única, permeada pela literatura. Em plena conexão com a cidade que a recebe, a festa é mais do que um evento, é uma manifestação cultural e a cada edição um autor brasileiro é homenageado de uma maneira de preservar, perpetuar, difundir e valorizar a língua portuguesa e a literatura do Brasil, que neste ano será o autor carioca Euclides da Cunha, que foi um escritor e jornalista brasileiro, nascido em Cantagalo, estudou na Escola Politécnica e na Escola Militar da Praia Vermelha, tornando-se brevemente um militar, ele também trabalhou no jornal A Província de S. Paulo (atualmente O Estado de São Paulo).
A Flip é um evento que acontece desde 2003 às margens do rio Perequê-Açu, numa arquitetura especialmente desenhada para cada ano da festa, autores se reúnem em conversas que transitam por múltiplos temas, como teatro, cinema e ciência. Além disso, a Flip oferece uma programação que mantém seus princípios fundadores: originalidade, intimismo, informalidade, o encontro singular entre escritores e público e, acima de tudo, ações de permanência. Flipinha, FlipZona e FlipMais compõem o programa da festa, com atividades que combinam literatura infanto-juvenil, performance, debates, artes cênicas e visuais.