Selo ELAS – Uma iniciativa de luta, liberdade e resistência para dar voz e vez às mulheres

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Um novo projeto que visa priorizar e fomentar as produções cinematográficas com a participação das mulheres na direção começa dar seus primeiros indícios em suas obras.

O Selo ELAS foi idealizado pela cineasta Barbara Sturm, e é um projeto que oferece suporte aos projetos de mulheres na cena do audiovisual, com mentoria de profissionais renomados tem o propósito de impulsionar a participação feminina neste mercado ainda tão masculino, em que as meninas são apenas coadjuvantes na hierarquia da produção. Buscando abranger temas distintos e ecléticos.

Dentre as produções a produtora lançou em 2018 nove projeto fazendo parte do primeiro ano, contando com o lançamento do filme “Amores de Chumbo”, dirigido pela pernambucana Tuca Siqueira. E neste ano, o ELAS divulgou uma lista de 14 projetos em pauta, sendo de nichos variados entre ficções e documentários, quais sete são o primeiro longa das realizadores e outros sete, são de locais diferentes do eixo Rio-SP, que incluem estados como Bahia, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e Belém do Pará.

Além disso o selo pensa numa estratégia peculiar na área comercial e na distribuição em todas as mídias, formando uma equipe de profissionais experientes que prestam consultorias às realizadoras através de seus projetos, buscando enaltecer e criar resultados positivos, fomentando o equilíbrio das produções realizadas por mulheres, fortalecendo as diretoras já atuantes e dando espaço as novas que procuram uma oportunidade, mudando a realidade atual do cinema mundial, aonde apenas 4% da direção dos filmes lançados são dirigidos por mulheres.

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Nesta quinta-feira (19), o selo lança o documentário “Torre das Donzelas”, dirigido por Susanna Lira, em uma produção que reúne mulheres que foram presas juntas na década de 70, durante a ditadura militar, no Presídio Tiradentes, em São Paulo, e traz depoimentos de mulheres sobre o dia-a-dia no cárcere, numa narrativa que vai além da história da censura e repressão, mas traz relatos inéditos sobre a rotina de tortura, dúvidas sobre o amanhã, movimentos políticos e estudantis dos quais faziam parte e do dia a dia no local, as entrevistadas evidenciam o sentimento de sororidade que passou a existir entre elas. E ainda, conta com um depoimento da ex-presidenta Dilma Roussef e suas ex-companheiras de presídio.

O filme chega nos cinemas dia 19 de setembro, mas já foi exibido em diversos festivais nacionais, sob críticas positivas sobre a obra, que favoreceu a vários prêmios honrosos, como Menção Honrosa no Festival de Brasília, Melhor Documentário Brasileiro e Melhor Documentário pelo público na Mostra Internacional de São Paulo, Melhor Direção em Documentário e Prêmio do Público de Melhor do Público de Melhor Documentário, no Festival do Rio. E ainda foi selecionado para os Festivais de Mar de Plata e de Havana.

“Torre de Donzelas” é uma produção da Modo Operante Produções e a distribuição é ELO Company.

 

Por Patrícia Visconti

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