Romances, dramas e descobertas – Filmes LGBTQIA+ que marcaram na sétima arte

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Neste fim de semana acontece a Parada do orgulho Gay em São Paulo, considerada a maior do mundo inteiro, que neste ano de 2022 volta com a força toda, para trazer alegria e força da comunidade LGBT no país, que apesar de já ter conquistado seu espaço, ainda há muito preconceito no meio, mesmo sendo o público que mais gera renda e mais enriquece culturalmente a sociedade, ainda eles tem que lutar para fortalecer seu espaço no mundo.

Pensando nesta celebração nós d’O Barquinho Cultural resolvemos separar alguns filmes para integrar e interagir com a comunidade LGBT, as obras escolhidas são romances emocionantes e cativantes, que fizeram sucesso em seus lançamentos, e ainda são recordados até hoje pela história e a atuação impecável de seus personagens.

Como o filme “Segredo de Brokeback Mountain”, um clássico dos cinemas, e um dos primeiros blockbuster a fazer sucesso nos tempos de hoje, lançado em 2005, estrelado por Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway e Michelle Williams, o drama retrata o complexo envolvimento romântico e sexual de dois caubóis do Oeste dos Estados Unidos, entre os anos de 1963 e 1981.

O longa foi dirigido pelo taiwanês Ang Lee a partir de um roteiro escrito por Diana Ossana e Larry McMurtry no final da década de 1990, adaptado do conto homônimo de Annie Proulx, recebendo diversos prêmios como Leão de Ouro, Globo de Ouro, BAFTA e Independent Spirit Awards, além do reconhecimento de outras organizações e festivais. Também foi reconhecido com um grande número de indicações no Oscar 2006, ganhando apenas três.

A trama conta a história de Jack e Ennis, que são contratados por um rancheiro para um vigiar as ovelhas do alto da montanha e o outro fica na base e ficar responsável pelos alimentos e pela vigilância daquela área.

Mas os dois acabam se encontrando para comerem juntos, se tornando melhores amigos. Mas após uma noite de bebedeira pesada, Ennis decide ficar na base da montanha e dormir em frente à fogueira ao invés de retornar para vigiar as ovelhas. Preocupado com a fria madrugada, Jack convida-o para dormir junto com ele em sua barraca.

Uma história de amor cheia de descobertas, que começou como uma amizade, mas que ao decorrer da trama se transformou em amor verdadeiro, consagrando uma das histórias de amor mais bonitas e apaixonantes do cinema mundial, documentando o complexo relacionamento emocional, sexual e romântico dos jovens vaqueiros.

O próximo filme é o longa francês, “Azul é a cor mais quente”, protagonizado por Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux, com direção e escrito por Abdellatif Kechiche.

O filme é baseado no romance “Le bleu est une couleur chaude” de Julie Maroh e a trama gira em torno de Adèle, uma adolescente francesa que descobre amor e liberdade quando conhece uma aspirante a pintora de cabelo azul. O filme segue a relação de anos delas, ao longo do ensino médio de Adèle, a sua vida adulta precoce e carreira como professora de escola.

Adèle é uma jovem de 18 anos, estudante do ensino médio, que namora um rapaz da sua escola por um curto período e eles fazem sexo, mas ela é insatisfeita e rompe o relacionamento. Um certo dia ela passa por uma mulher de cabelo azul curto e é imediatamente atraida, que neste encontro ela começa a ter fantasias vívidas sobre a tal mulher que viu na rua, isso acaba deixando preocupada sobre sua orientação sexual.

Um certo dia, seu amigo Valentín a leva em um bar gay e depois de um tempo Adèle sai e entra num bar de lésbicas, onde algumas mulheres tentam flertar com ela. A mulher de cabelo azul também está lá e intervém, alegando que a jovem é sua prima. Essa tal então desconhecida é Emma, uma graduada em artes. Elas se começam a conversar, se tornando amigas, passando muito tempo juntas.

As amigas de Adèle suspeitam que ela é lésbica e praticam ostracismo na escola. Apesar disto, ela torna-se íntima de Emma e seu vínculo aumenta e em pouco tempo, as duas compartilham um beijo em um piquenique. Mais tarde, elas têm sexo e começam um relacionamento apaixonado. A família de classe média alta da Emma é muito acolhedora para o casal, mas Adèle diz aos seus pais conservadores, da classe trabalhadora, que Emma é apenas uma tutora para aulas de filosofia.

Uma história de amor e descoberta, que apesar de garota todo o período escolar ficar com meninos, em seu último ano, ela descobre que seus desejos por mulheres vai bem além de amizade, apesar de alguns olhares preconceituosos, as amigas seguem suas vidas, mesmo que no final elas não terminam juntas, mas pelo menos Adèle desvendou a sexualidade de outra de se envolver com outra mulher.

Depois de um romance lésbico, agora é o drama de 2017, estrealdo por Timothée Chalamet, Armie Hammer e Michael Stuhlbarg, o longa “Chama-me pelo teu nome”, um filme dirigido por Luca Guadagino e escrito por James Ivory, baseado na obra homonima de André Aciman e tem como cenário o norte da Itália no ano de 1983, centrando no romance de Elio Perlman, um adolescente que vive na Itália de 17 anos e o assistente acadêmico Oliver.

O filme se passa em um verão de 1983, Elio, um judeu italiano de 17 anos, que vive com seus pais na zona rural do Norte da Itália, o jovem garoto é filho único e sensível, que está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela paisagem italiana. Mas que conhece o acadêmico Oliver, que veio para ajudar seu pai, um professor de arqueologia em suas pesquisas, que está aproximação chega começa despertar sentimentos ainda desconhecidos entre os dois.

Elio e Oliver começam passar mais tempo juntos, fazendo longas caminhadas pela cidade, e acompanhando o pai de Elio numa viagem arqueológica. Elio sente-se cada vez mais atraído por Oliver, chegando mesmo a esgueirar-se ao quarto de Oliver para cheirar a sua roupa. Elio acaba por confessar os seus sentimentos a Oliver, que fica boquiaberto e lhe diz que não podem discutir tais coisas. Mais tarde, num local isolado, os dois beijam-se pela primeira vez, Oliver está relutante em levar as coisas mais longe e eles não falam durante vários dias.

Um romance cheio de dramas e aventuras em um verão de 1983, que desperta sentimentos que o jovem Elio nunca havia sentido antes, despertando seu libido e sexualidade, em uma paixão verão, que ambos jamais apagou. Uma história sem final feliz dos dois juntos, porém cheia de lembranças e dias felizes que passaram, em que Oliver acaba ensinando sobre o amor e sexo para o adolescente.

Por fim, um filme nacional lançado em 2014, o longa-metragem “Não quero voltar sozinho”, estrelado por Ghilherme Lobo, Tess Amorim e Fabio Audi, com direção e produção de Daniel Ribeiro. O filme foi baseado no curta-metragem Eu Não Quero Voltar Sozinho, estrelado pelos mesmos atores. Mas o filme não se trata de uma continuidade do curta, mas uma narrativa diferente para a mesma história.

A trama gira em torno de Leonardo, um estudante cego do ensino médio que luta pela sua independência, ele e sua melhor amiga Giovanna estão sempre conversando e sobre as coisas da vida, como por exemplo de nunca terem beijando ninguém. Léo que está angustiado para que seu primeiro beijo seja especial, mas acredita que nunca ninguém queira beijá-lo.

Mas tudo muda com a chegada de Gabriel, um novo aluno em sua escola. O jovem vive a inocência da descoberta do amor e da homossexualidade, ao mesmo tempo em que lida com o ciúme da amiga Giovana. São várias mudanças para Leonardo, tudo muito novo, desde ficar apaixonado por um garoto e até do ciúmes que sua melhor amiga está tendo com a relação que ele está tendo com seu novo melhor amigo, em que eles passam muito tempo juntos, assim a deixa bem enciumada, pois apesar de serem amigos a tanto tempo, a garota também está passando por esse processo de descoberta e ela está tendo desejos latentes por seu melhor amigo.

O drama romântico quase representou o Brasil no Oscar de 2015, e que concorreu na categoria de Melhor Lançamento Limitado na 26ª edição dos Glaad Awards, que é considerado um dos prêmios mais importantes do mundo atribuído a comunidade LGBT.

Por Priscila Visconti

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