Quando os competidores achavam se estavam livres e que poderiam ir para casa, um novo desafio surge, tornando a competição ainda mais intensa e visceral na vida dos personagens de Alice in Borderland , fazendo com que eles adentrem em um nível mais existencial, interferindo diretamente no poder de decisão e escolha.
A segunda temporada da série adaptada do mangá homônimo de Haio Aso mostra uma Tóquio distinta e brutal, com novos desafios, perigos e inimigos, em que são coordenados pelos reis do baralho, e os participantes acreditam que zerar o jogo os levará para fora, a vida real.
Mas o que eles não imaginam, é que tudo não passa de uma ilusão, uma fantasia, criada por eles mesmos, que faz com que repensem e reinterpretem suas vidas, de uma nova e distinta maneira, dando uma oportunidade para encarar com maturidade e sabedoria a vida real, que muitas vezes é árdua e cruel, e não espera por respostas.
Então, a cada fase em que eles avançam, um desafio novo e ainda mais complexo aparece letal e intenso, até chegar ao último nível e trazer a tona toda visceralidade proposta ao jogo, em uma reflexão singular e eminente, de uma vida miserável e insignificante, mas que que os colocam no ímpeto de seguir ou ficar, envolto de uma trama de tensão e conflitos, que mostra a forma mais banal da vida humana, manipulada e explorada por uma elite que observa e zomba da sociedade que está abaixo dela.
Em suma, Alice in Borderland é uma produção para surpreender e comover, em que a luta pela sobrevivência é a uma forma de fazer justiça contra o sistema ignoto, que faz com que a humanidade se perca diante as contrariedades apresentadas a imensidão coletiva, em que os competidores terão que observar e refletir, para escampar ileso e são para o mundo real.
A série é dirigida por Shinsuke Sato, e estrelada pelos atores Kento Yamazaki e Tao Tsuchiya, e tem recebido crítica altamente positivas desde sua estreia, tornando uma das maiores produção de língua não-inglesa vista na plataforma de streaming da Netflix.