O Brasil está ficando mais sem graça, pois os bons estão indo cedo de mais e deixando o país sem graça da vida, que é fazer humor de uma forma pura e irreverente, sem ofender e humilhar ninguém, apenas divertir e entreter à todos.
Neste sábado (4) o cartunista Paulo José Hespanha Caruso, mais conhecido por Paulo Caruso, faleceu em São Paulo hospital Nove de Julho, onde estava internado devido um câncer no intestino. Por um tempo que ele ficou desentubado para receber os amigos na manhã de sábado, mas depois, ele não resistiu.
Paulo era cinco minutos mais velho de seu irmão Chico Caruso, na qual era univitelinos, eles era filho do cineasta Paulinho Caruso e tio do humorista Fernando Caruso. O cartunista começou sua carreira no Diário Popular, mas ele colaborou para diversos jornais como Folha de São Paulo e Movimento. Caruso trabalhou por muitos anos na revista Isto É, onde assinava a charge da semana com o título Avenida Brasil, na qual sempre publicava última página da revista, que tratava principalmente de aspectos da política brasileira.
Na época do AI-5 em 1968, ele não pode mais fazer suas charges e ilustrações, então a partir do ato institucional inibidor, e durante sua vigência, só ilustrações, garantindo o seu espaço de expressão com a tira Pô, publicada na Folha da Tarde. Formado em arquitetura na USP, ele era um hippie na época da faculdade, chegou a morar em 24 comunidades, mas a vida de arquiteto não o atraiu, e ele passou a dedicar exclusivamente aos cartuns e a caricatura, pois esse era seu estilo, além de se sentir bem desenhando, criando e ilustrando de forma cômica e divertida.
O ilustrador era conhecido pelos cartuns políticos, mas além também se dedicava à composição musical e à produção de espetáculos de música e teatro, pois em 1985, durante o Salão Internacional de Humor de Piracicaba, Paulo formou com Chico e outros cartunistas a “Muda Brasil Tancredo Jazz Band”. Luis Fernando Veríssimo, Cláudio Paiva e Mariano juntaram-se mais tarde ao conjunto.
Apesar dos seus 73 anos, ele era um criança grande, que utiliza de suas artes como playground, que lá fez muitos amigos e companheiros que ele levou para vida até o final de sua carreira, que ele teve que lutar muito para conquistar, afinal viver de arte em um país que não valoriza os bons artistas de verdade, é trabalhoso e duro, mas que Caruso levava com muito bom humor, apesar de estar sempre com cara de velho ranzinza, ele era um adolescentes cheio de espinha por dentro, que levava a vida em uma zoeira total .