No dia 18 de abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, em homenagem ao escritor e incentivador do literatura infanto-juvenil, José Bento Renato Monteiro Lobato, ou simplesmente Monteiro Lobato, que nasceu na cidade de Taubaté no dia 18 de abril de 1882 e foi um responsável por desenvolver diversos aspectos importantes para o aprendizado na infância.

A homenagem surgiu a partir de um projeto no Congresso Nacional no começo dos anos 2000, pelo senador Geraldo Cândido (PT-RJ), que relatou a proposta, afirmou que a data tem um significado muito importante por lembrar Monteiro Lobato, que foi foi e ainda é referência à importância da literatura voltada às crianças.

Lobato foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções, teve inspiração de seu precursor Figueiredo Pimentel (“Contos da Carochinha”) da literatura infantil brasileira, ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária.

Formado em Direito, no qual já atuou como promotor público, mas desistiu da vida como advogado e até mesmo de herdeiro, quando recebe a herança de seu avô, e decide mudar de vida, passando a publicar seus primeiros jornais e revistas, e posteriormente reunindo séries para o livro Urupês, sua obra prima como escritor, em uma época que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.

Em um estilo de escrita com linguagem simples, onde a realidade e fantasia estão sempre juntas, Monteiro Lobato foi o precursor da literatura no Brasil, sendo inspiração para autores renomados da atualidade, como o cartunista Mauricio de Sousa, que assim como Lobato, também segue incentivando e alfabetizando as crianças brasileiras a 60 anos.

Uma das criações mais famosas e populares entre as crianças, é a boneca Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, uma boneca de pano com sentimento e ideias independentes, além de outros como o Pedrinho, personagem no qual o autor se identificava quando criança, o Visconde de Sabugosa, o sábio sabugo de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outros personagens que fazem parte da famosa obra Sítio do Picapau Amarelo, que até hoje é lido por muitas crianças e adultos.

Suas obras sempre sobre temas relacionados ao Brasil, Monteiro Lobato escrevia sobre tudo, desde artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, livros sobre a importância do ferro (Ferro, 1931) e do petróleo (O Escândalo do Petróleo, 1936). Escreveu um único romance, O Presidente Negro, que não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Picapau Amarelo (1939), sempre demostrando seu nacionalismo totalmente favorável.

por Priscila Visconti