Mais um sucesso das animações da Disney, chegou aos cinemas, trazendo muita emoção e afetividade, em uma trama comovente e significativa, baseada no conto clássico do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen.
The Little Mermaid, dirigido por Rob Marshall, estreou sob polêmicas e conflitos sob a narrativa apresentada no longa-metragem animada de 1989, porém essa versão não traz nenhum ponto diferente daquele apresentado há mais de três décadas atrás, seguindo a mesma sinergia e conexão da essência original, até mesmo as canções, tanto as originais quanto as novas, e claro, além dos personagens animados, como Flounder, Sebastian e Scuttle.
Um filme bem completinho e redondindo, que aos mais sentimentais, irá arrancar lágrimas dos olhos, afinal, é um conto de princesas da Disney, e não há que se emociona com as histórias mais sutis e envolventes, produzidas pela pela Walt Disney Studios.
Porém, há alguns contrapontos, Halle Bailey está lindamente encantadora como a Pequena Sereia no filme, mas ora no decorrer da narrativa, a química com Jonah Hauer-King, o interprete de Eric, parece um pouco forçada demais, até mesmo as atuações dele. Desculpa para quem gostou, mas aquele solo musical dele, foi pavoroso, não via a hora de passar de cena e sair daquela catástrofe, sem nenhum emoção e engajamento, mas em outros contextos, ele até que foi bonzinho, não tanto quanto aquele príncipe Eric que conhecemos na animação, que cativava com seu carisma envolto no olhar, Jonah deixou isso a desejar, tornando uma interpretação apática e divergente.
Todavia, uma performance sublime nesta live-action foi de Melissa McCarthy com Úrsula, em uma entregue surreal e categórica, envolvendo o espectador a se consentir pela bruxa má dos mares, em sua atuação memorável e fiel o âmago original da história, fazendo com que Ariel se conecte mais com a vilã da trama, do que com seu príncipe encantado, exaltando as sensibilidades mais inerentes envoltas na narrativa.
Outra atuação surpreendente, apesar de serem breves apariações, foi de Javier Bardem, como o Rei Tritão, trazendo a real energia do personagem, e do que poder do qual ele representa para este conto tênue, repleto de sentimentos e particularidades, com pleno convencimento em levar ao público a fielidade genuína deste conto.
Em suma The Little Mermaid não é uma má produção, é até boazinha, porém com muitas contrariedades, de que particularmente eu não indicaria como uma representação autêntica e vigorosa da emoção transmitida na animação apresentada em 1989, deixando a conexão entre os protagonistas abalados, diante a superiodade de outras atuações muito mais condizentes e tocantes, neste conto sobre amor, escolhas e decisões.






