Aconteceu na última quarta-feira (6), a 35ª edição do HQMix, o Oscar dos Quadrinhos, em sua versão presencial, no Sesc 24 de Maio, na qual contou com a presença de diversos autores, quadrinistas e editores, com a apresentação do padrinho do evento, Serginho Groisman. O troféu foi criado por João Gualberto Costa (Gual) e José Alberto Lovreto (JAL), com a intenção de divulgar e valorizar a produção de quadrinhos nacionais, sempre homenageando uma personalidade no design do troféu.
Este ano de 2023, o homenageado foi personagem do Curupira, do desenhista Flávio Colin, que já recebeu um HQMix de Grande Mestre dos Quadrinhos quando estava vivo. A estatueta foi produzida pelo artista Bruno Braga e neste ano tiveram muitos inscritos, foram mais de 1.500 que passaram pela banca do júri oficial. O HQMix sempre busca valorizar as obras independentes e ultimamente eles tentam agregar bastante as minorias, como as mulheres, coletivos e artistas periféricos.
Neste ano foram muitos os discursos de mulheres como a Gabriela Borges (Mina de HQ) e Helô d’Angelo, que reivindicaram por mais mulheres na participação, o quadrinista Jefferson Costa também ressaltou sobre isso em seu depoimento, de que há muitas mulheres boas, que ficaram de fora, por não ter oportunidade em grandes editoras, e poucas pessoas ficam sabendo de seus trabalhos.
Apesar das oportunidades que as mulheres estão tendo nos quadrinhos ultimamente, ainda é pouco, perto da grandeza de diversas autoras, que até mesmo nos coletivos, são escondidas pelos homens, que ganham sempre destaque e aceitação das editoras. Ainda mais se forem mulheres autoras ou quadrinista de periferia, círculo é ainda menor.
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Neste ano foram 42 categorias, de oito mulheres premiada, sendo que apenas quatro foram premiadas sozinhas. Não é porque a premiação é feita por homens, que tem que seguir nesta linha, temos que mudar essa trajetória e mostrar a força feminina, cobrando ainda mais mulheres nas premiações e eventos, mas também colocar caras novas no júri, que na grande maioria são profissionais homens, brancos e cis, que alguns pouco lê mulheres.
Temos que mudar isso, promovendo e enaltecendo ainda mais as mulheres nos quadrinhos e na literatura, para que haja direitos iguais com os homens e assim mais garotas se sintam entusiasmadas em seguirem nesta área.



