O mês do orgulho LGBTQIAP+ está chegou ao fim, mas a luta de inclusão e a veracidade em manter a sociedade unida e em igualdade continua, pois todas as pessoas tem o direito de se sentirem representadas e vistas como elas são de verdade, e não apenas como rótulos oriundos descritos pelo moralismo disfuncional e intolerante presente arduamente nas instituições sociais e civicas da humanidade.
Assim como Leca quer se ver no mundo de hoje, ela é vista como menino, mas em seu âmago mais intrínseco adora se vestir como menina e também se portar como tal, as pessoas vivem lhe dizendo que “vestido não é coisa de menino”, mas ela quer viver seu mundo do jeito que te faz bem, com a sua essência particular e visceral, diferenciando de regras esdrúxulas que levam a uma hipocrisia de rótulos e desencoraja seguir seus parâmetros e personalidades.
Com leveza e delicadeza, a autora Letícia Carolina Nascimento traz nesta obra original e autoral, apresenta uma uma criança identificada como menino, mas que prefere usar vestidos, sentindo-se como uma princesa, mesmo diante de opiniões contrárias, narrando de uma forma emocionante e comovente, os desafios enraizados nas convenções de gênero, retratados magistralmente sob as ilustrações de Tali Destro.
Uma obra veraz e autêntica, que traz com sutileza e diferenciações, sobre a relevância em refletir a transexualidade e as políticas LGBTQIAP+ ainda na infância, ampliando e diversificando as maneiras mais oportunas em encaixar e aproximar aqueles vistos como diferentes em uma sociedade de opressão e dissidente.




