Já dizia Justin Bieber; “Nunca diga nunca”; frase que pode ser referida à Hugh Jackman que havia dito que tinha aposentado o Wolverine da sua lista de personagens, mas há sempre uma tampa para sua nova panela, neste caso, um mercenário tagarela para convocar um X-Man para mergulhar de novo numa aventura repleta de ação, emoção, referências e singularidades.

O terceiro filme de Deadpool chega eloquente, sentimental, cômico e com ironias e sarcasmos além da cota estipulada pelo Universo Cinematográfico da Marvel, em uma produção divertida e referente ao longa-metragem promete mobilizar toda a linha heroíca da Marvel, desde os X-Men, passando pelos Avengers, embrenhando no Quarteto Fantástico, ainda somam com Elektra e X-23, além do Blade, que chegam juntos para combater o mal contra a irmã reprimida do Professor Xavier, Cassandra Nova, que pretende aniquilar qualquer universo que esteja acima do Vazio, em uma trama sagaz e facúndia envolto da amizade, amor e cumplicidade àqueles que estão junto a ti, mostrando a essência genuína em ser único, autêntico e visceral pelas causas mais nobres e relevantes em um universo de muitos versos.

O longa retoma as andanças de Wade Wilson para se aceito como um herói, buscando a própria origem e identidade, mas ele acaba descobrindo que apenas ele mesmo pode salvar sua terra e as pessoas que mais ama. No entanto, ele vai precisar de uma ajuda significativa, de um mutante de referência, que está “perdido” em algum universo por aí, e apenas Logan, pode ser capaz de mobilizar e libertar o planeta desta ameaça que o assola, retornando com triunfo ao seu ofício, como X-Man, e ainda, vestir seu traje clássico como Wolverine, para assim combater os males que intricam a humanidade para enfrentar Nova em seu maléfico plano de destruição.

Deadpool & Wolverine é um filme completo, com muitas cenas de ação, emoção e espontaneidade, que chega para ampliar e debater sobre o MCU e as referências herméticas do universo dos super-heróis. Em uma compilação de distinções da cultura pop em geral e anedotas loquazes referidas à Fox e da chegada magistral de Deadpool ao mundo de Mickey Mouse, em uma trama conclusiva, impecável e bem-humorada, para introduzir e forma expressiva a nova fase do MCU que chega considerável e particular com seu “Messias” com o propósito de salvar os filmes do gênero da mesmice heroica.

E claro, não podemos deixar de comentar a trilha sonora, que adapta em perfeita harmonia com a narrativa envolvida no filme, em uma sintonia sugestiva e mensurável de sucessos icônicos dos 80, 90 e 2000, com canções desde os clássicos R&B de Aretha Franklin até as atuais batidas de Kpop.

A produção conta com Shawn Levy na direção, a partir de um roteiro que ele escreveu com Ryan Reynolds, Rhett Reese, Paul Wernick e Zeb Wells. Estrelado por Reynolds, como o Wade Wilson e o anti-herói Deadpool, seguindo por Hugh Jackman, Emma Corrin e Matthew Macfadyen, além dos nomes já integrados na franquia como Leslie Uggams, Morena Baccarin, Stefan Kapicic, Brianna Hildebrand, Shioli Kutsuna e Rob Delaney. Sem contar com as participações mais que especiais, como Chris Evans, Jennifer Garner, Aaron Stanford, Tyler Mane, Channing Tatum, Wesley Snipes e Dafne Keen. Entre uma vasta de variantes do Deadpool, incluindo o Dogpool, Lady Deadpool, Cowboy Deadpool, Headpool, Kidpool, Babypool, entre outros, que somam e endossam as especificidades do filme.

por Patrícia Visconti