Criado na década de 1930, para ser sede do Ministério da Educação e Saúde, o Palácio Capanema, um marco da arquitetura modernista mundial, radicado no centro do Rio de Janeiro, ganhou um novo conceito, em sua reinauguração no último dia 20 de maio.
O prédio que estava fechada a quase uma década foi reaberto após uma ampla obra de conservação e modernização conduzida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em âmbito ao Programa de Aceleração do Crescimento (novo PAC), onde deve abrigar a sede do Ministério da Cultura (MinC) e algumas entidades veiculadas à ele, construindo um espaço de inovação e transformação para o cenário cultural, com espaços multiusos e preservação de ambiente emblemáticos, como o auditório Gilberto Freyre e a Biblioteca Euclides da Cunha.
O regresso do edifício ao setor social e coletivo, é um marco evidente e categórico da arte e cultura do Brasil, em seu simbolismo insigne e referente. “Importante lembrar que o Palácio Capanema colocou o país na vanguarda da arquitetura moderna mundial. Entregar esse prédio para a população é também uma afirmação da nossa cultura, da nossa democracia. É um momento muito importante para todo o Brasil”, afirma a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Ainda, durante a inauguração do Capanema, aconteceu a celebração de entrega da Ordem do Mérito Cultural (OMC), com a presença de personalidades e instituições nacionais, em fomento a cultura brasileira, recebendo condecorações honrosas por seus feitos e ônus a instância.
“É preciso lembrar, sempre e sempre, da extraordinária contribuição da cultura para a defesa da democracia“, afirmou o presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, em discurso no evento. “A cultura de um povo é uma força coletiva tão poderosa que estará sempre na linha de frente de resistência contra todo e qualquer regime de exceção“, acrescentou o presidente.
O evento ainda celebrou as quatro décadas da criação do Ministério da Cultura, referenciado com o tema 40 anos do MinC: Democracia e Cultura, e marcando a retomada da agremiação cultural do país. “A volta da Ordem do Mérito Cultural é um marco importante, pois valoriza aqueles que constroem a nossa cultura com dedicação e talento. É o reconhecimento da cultura enquanto alicerce para a democracia e para a construção de um país mais inclusivo e diverso”, destacou a ministra.
por Patrícia Visconti



