Um romance que é uma mistura peculiar de ficção cientínfica com “novela das nove”, sobre um futuro que carrega angústias e diligências pecaminosas de um presente de um andarilho meio ausente no mundo, mas que luta por sua sobrevivência, entre trabalhos braçais dos quais acaba tornando notório na entre a Terra e a comunidade Bertha Lutz, sob uma rotina ágil, aguçada e bem-humorada.

O romance da loquaz autora Anna Martino, Fortunato Poeira envolve o leitor a um universo que vai muito além de utopias, distopias e afins, remetendo a uma narrativa da realidade, a obra traz as experiências além da humanidade, em um futuro imagético o livro representa as nuances de sentimentos em inquietações e desejos presentes, em uma história ávida, sagaz e cativante, que transporta o leitor as expertises de um “trecheiro” e os causos que os matutos do interior contam.

Fortunato Poeira é uma obra que permeia em a autenticidade e a melancolia, em torno de uma narrativa que faz com que o luto seja processado em uma determinada ocasião da história, conduzindo as relações mais confusas entre as pessoas, em tons complexos entre a oportunidade de viver e de se despedir, em uma mistura entre o pessoal, social e o político, em que a autora tece essa trama envolvente e dominante, que traz diversos tipos de sentimentos, envolvido sob uma narrativa fluída e personagens bem edificados em sua apresentação.

O livro foi lançado no início de 2025 pela Editora Cachalote, e devido seu drama tão eloquente e persuasivo, Fortunato Poeira será lançado no Irã pela editora Borj Books.

“Foi uma imensa surpresa ver como a história do Fortunato encontrou um público do outro lado do planeta. O que prova, pelo menos para mim, que o ‘roçapunk’ é um sentimento universal! É algo inimaginável para mim, e mal posso esperar para ver o livro traduzido”; conta Anna sobre sua obra, que vai ser traduzida para o farsi e deve ser publicada no Oriente Médio em 2026.

por Patrícia Visconti