“Animais Fantásticos e os Crimes de Grindewald”: Um filme mais humano e pouco linear

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A segunda parte da franquia Animais Fantasticos apresenta nas telonas um filme lindo na fotografia e nas imagens em 3D, por isso, quem conseguir assistir em 3D e principalmente em IMAX, vai amar os efeitos que há nele, porém falhou um pouco no roteiro, talvez por querer explicar demais algo inoportuno para um segundo filme, acaba ficando tedioso e cansativo. Claro, a não ser se você for um fã aficionado por Harry Potter, que entender alguns easter eggs presente neste filme.

O primeiro Animais Fantásticos e Onde Habitam apresenta os personagens e toda a cena que irá se desenvolver, naquele momento se passa em Nova Iorque, porém essa segunda parte da saga mudam os ares e os personagens se encontram em Paris, em um duelo entre Alvo Dumbledore (Jude Law) e Gellert Grindelwald (Johnny Depp), que poderia ter acontecido, mas ficou vago e a participação de Dumbledore foi nula neste segundo, enquanto Grindelwald foi o grande ápice do filme, mas claro, com muitas falhas e momentos de; “O que está acontecendo aqui?”.

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Os pobres animais fantásticos apareciam esporadicamente, se o título do longa não remete-se aos Animais Fantásticos, poderíamos até deixá-los em segundo plano, pois foi o que realmente aconteceu neste filme. Mas, em compensação, foi mostrado um lado mais humano no mundo bruxo, entre relações e afeições entre eles e seus entes, mostrando que mesmo obtendo o poder da magia, são os sentimentos que movem as pessoas, seja eles por amor ou por ódio, dando uma exalta – mesmo que mínimo – ao desenvolvimento do roteiro.

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Um filme que deixou algumas dúvidas e muitos desapontamentos, aonde o vilão se saiu melhor, em suas artimanhas em pôr seus planos em práticas e construir uma sociedade repleta de bruxos, afastando todos os humanos – trouxas acá dizemos – e reunindo seus seguidores para empenhar suas estratégias malignas.

Outra ressalva foi o ressalve de Leta Lestrange (Zoë Kravitz), que ganhou um destaque subjetivo na trama e conquistou nossos coraçõezinhos, de um amor não compreendido com Newt Scamander (Eddie Redmayne) na época da escola, porém alguns momentos mostrados fizeram o filme perder o sentido, mostrando uns reviews de Hogwarts quando eles ainda eram alunos. Sem dúvida, essa parte pode ter sido um vértice aos fãs de Harry Potter, mas aos que não são, ficou um pouco vago e podemos dizer incoerente também, já que perdeu todo o foco dos animais fantásticos e os tais crimes de Grindewald, que não foram nem citados, apenas as eloquências entre o vilão e Dumbledore.

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Animais Fantásticos e os Crimes de Grindewald é uma película linda visualmente, mas peca demais no roteiro, que foi escrito pela própria J.K. Rowling, que pode ser uma excelente escritora literária, mas para roteirista, ela poderia deixar nas mãos de alguém que possa juntar suas ideias e produzir de forma mais sucinta e linear, dando mais foco e direcionamento ao filme.

Por Patrícia Visconti

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