Um dos revolucionários dos quadrinhos nos anos 80, o grande ilustrador nova-iorquino George Pérez, começou desenhar aos cinco anos, e desde então não parou mais. Filho mais velho do casal porto-riquenho Jorge Gusman Pérez e Luz Maria Izquierdo. Peréz teve sua estreia profissionalmente nos quadrinhos em 1973, com a revista Astonishing Tales (Contos Surpreendentes).
Mas foi na década de 1980, que ele conquistou o mercado internacional com grandes publicações como Os Vingadores e O Quarteto Fantástico, pela Marvel Comics, Liga da Justiça em parceria com roteirista Mark Wolfman, Os Novos Titãs, Mulher Maravilha e Crises nas Terras Infinitas, pela DC Comics.
A série Crises nas Terras Infinitas, George Pérez reorganizou sua conturbada construção, já em Os Novos Titãs, o ilustrador reformulou a antiga equipe de jovens heróis liderado pelo Robin, fazendo um versão de uma Liga da Justiça Jovem. Em Mulher Maravilha, o mestre relançou vários deuses da mitologia grega como integrante do Universo DC.
Um ícone dos quadrinhos internacionais, sendo influência para diversos artistas, ele é sinônimo de best seller em HQs, fazendo grandes renovações nas histórias no período entre os anos de 1980 a 1989. Seu último trabalho inédito lançado no Brasil, foi a revista do Super-Homem.
George Pérez já ganhou inúmeros prêmios como Eagles Awards, Inkpot Awards e Jack Kirby Awards. No ano de 2013, o artista foi convidado para participar do Festival Internacional de Quadrinhos, em Belo Horizonte, Minas Gerais, sendo ovacionado e homenageado por todos presentes no evento, além de esbanjar simpatia e carisma aos fãs brasileiros.
No ano de 2019, Pérez anunciou sua aposentadoria na área artística e recentemente ele anunciou que está com câncer terminal no pâncreas e na última terça-feira (7), o quadrinista revelou à seus fãs que sua expectativa de vida é de seis meses a um ano.
O artista de 67 anos, com quase 50 anos de carreira, vai deixar um extenso legado de prestigio e renovação, que inspirará aos novos talentos dos quadrinhos a manter sua tradição em fazer uma arte limpa e extremamente detalhada.
Uma consideração sobre “George Pérez – O transformador da nona arte contemporânea”