“O Telefone Preto” – Um filme de suspense envolvente, sem saída aparente

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O filme de terror thriller, O Telefone Preto, da Universal Pictures em parceria com a Bluehouse, direção de Scott Derrickson, mostra uma série de sequestro de crianças por métodos bem peculiares, usando balões como atrativos para chamar atenção dos pequenos. Um filme relativamente curto, com aproximadamente de 1:40 minutos, com poucas cenas de locação e um elenco mínimo, assim é formado a base para criar a história ambiciosa dirigida por Derrickson. 

O filme é bastante aguardado devido às boas críticas que conseguiu dentro dos sites de avaliação como Rott Tomates onde conseguiu abrir com 100% de aprovação. O diretor Scott é conhecido por trabalhos no gênero terror desde 2005 quando dirigiu o aclamado O exorcismo de Emily Rose, e posteriormente A Entidade, lançado em 2012, é considerado por estudos científicos como o filme mais aterrorizante dos últimos tempos, assim como o Exorcismo de Emily Rose, é considerado o melhor filme depois do clássico 1974, segundo alguns fóruns e fãs.

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O Telefone Preto, ambienta a história nos anos 70 em uma cidade pequena do interior dos Estados Unidos, mostrando um núcleo familiar formado por Finney (Mason Thomas) ao lado da irmã menor Gwen (Madeleine) e o pai alcoólatra Terence (Jeremy Davis). O filme não é aterrorizante mas sim agoniante, as cenas conhecidas do gênero atualmente embaladas por sequências descabidas de jumpscares perde espaço para a colocação de situações mais plausíveis e igualmente assustadoras. Uma ambientação dentro de um espaço e alguns jogos de sequências mostrando o desdobramento da polícia pelo lado de fora da situação, deixa a produção bem nivelada, trazendo a audiência o tempo inteiro para dentro da trama.

A ideia inicial colocada no título da produção pode causar estranheza por ficar subentendido a maior parte do primeiro ato, mas quando entra em ação mostra de forma bem inteligente a condução da história para não cair na monotonia, e convenhamos, o telefone é a parte mais essencial do filme na condução da ação, porque ele é o único artifício usado como fio condutor de esperança do personagem principal.

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O vilão incrivelmente bem interpretado por Ethan Hawke, é mais que ameaçador, pois ele consegue entregar uma atmosfera de medo e incerteza de um final feliz para o protagonista sempre que aparece em cena. O mais interessante durante o filme inteiro é a motivação subentendida do início ao final, isso porque o diretor opta por deixar de fora as motivações que o levaram a cometer os sequestros e crimes.

A produção é pautada no simplismo e entrega uma combinação bastante satisfatória dos acontecimentos, aliado ao carisma do elenco capaz de fazer o público ter empatia se importando com cada movimento mostrado em tela. Não é uma produção como outras do gênero, aqui o negócio parece de certa forma, até uma produção independente de tão
autoral que é.

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O longa opta por enquadramentos fechados na maioria com foco nas expressões corporais e faciais dos atores em situação de tensão, para trazer sentimentos diversos e passar verdade ao público sobre tudo que está acontecendo. Além claro, de cores fechadas e um jogo de luz e sombra aplicado de forma cirúrgica nos momentos exatos. Ao todo, a produção conduzida por Scott Derrickson trouxe um filme simpático aos novos moldes, nada de inovador, conduz uma história e entrega exatamente o prometido, em um novo estilo de terror enxuto, O Telefone Preto é uma ótimo produção, que estreia no Brasil no próximo dia 21 de julho.

por Daniel Guimaraes

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