Afeto é uma HQ envolta de sentimentos, emoção e sobre as dificuldades que uma garota de 13 anos enfrenta, apenas por ser mulher numa sociedade sexista, machista e preconceituosa, aonde ela irá romper distintas barreiras estereotipadas em torno de um trama sutil e precisa, que promete mobilizar e incentivar muitas meninas neste âmbito sombrio de preconceitos horrendos.
A história mostra Maria, um menina de 13 anos e acabou de se mudar à cidade, e começou a estudar na Escola Pública Paulo Freire, em São Paulo, lá, ela precisará se adaptar e enfrentar diferentes desafios, e um deles, é só pelo fato dela ser mulher. E assim, a trama envolve o leitor entre preconceitos dessemelhantes de gênero e sexualidade que acontecem no cotidiano deste colégio, que algumas vezes ninguém nota, mas eles estão ali, fazendo pessoas inferiores e despercebidos aos olhos de quem está ao redor, mas que podem abalar imensamente o físico e emocional daquele que enfrenta diariamente tal discriminação.
E assim, a HQ permeia sobre conflitos envolvidos de emoção e reviravoltas, para debater temas intensos e inerentes, mas se forma despretensiosa e fluída, trazendo um debate educacional entre alunos e professores, sobre como o preconceito pode afetar a vida e rotina do outro, mesmo sem ninguém perceber, com piadinhas ofensivas e sexistas, abalando e separando gêneros, ao invés de uni-los em uma conexão profunda de entendimento e avanço social mostrados neste contexto para o qual nunca tinha olhado antes.
O livro é um projeto da ilustradora e professora Vivi Melancia (Filha, Mãe Avó), junto com a educadora e mestre em comunicação, Natália Sierpinski, que teve todo a ideia do projeto, e somou com as artes ímpares de Vivi, que adentrou inteiramente a essa produção, com o propósito de trazer, incluir e desmistificar preconceitos que afetam não apenas os estudantes, mas a sociedade como um todo.
O projeto encontra-se disponível no financiamento coletivo, mas as meninas já havia lançado a primeira parte deste, em forma de webcomics, para interagir e entreter, sobre esse tema tão pouco difuso de verdade, mas que agora ganha uma interatividade desperta e expressiva para romper qualquer estereótipo de gênero no país.