Chega aos cinemas nesta semana o novo filme da premiada atriz norte-americana Viola Davia, o longa A Mulher Rei (The Woman King), com roteiro co-escrito por ela e Dana Stevens, a trama inspirado em uma história real, que ja faz parte de diversas outras produções hollywoodianas, baseada em acontecimentos que rolaram nos séculos XVII e XIX, no Reino do Daomé, atual Benim, na África Ocidental.
A trama conta a história de Nanisca, uma general das Amazonas de Dohomey, e e Nawi, uma recruta ambiciosa no Reino de Dahomey, das guerreiras de Agojie, uma unidade composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé nos anos 1800, com habilidades e uma força diferentes de tudo já visto. O filme mostrará como a dupla vai lutar contra inimigos que violaram sua honra, escravizaram seu povo e ameaçaram destruir tudo pelo que viveram.
Juntas elas irão combater os colonizadores franceses, tribos rivais e todos aqueles que tentaram escravizar seu povo e destruir suas terras e enfrentar toda a violência e guerra cada vez mais frequentes com os estados vizinhos da África Ocidental, na qual levou Dahomey a dar anualmente escravos do sexo masculino, particularmente ao Império Oyo, que usou isso para troca de mercadorias como parte do crescente fenômeno do comércio de escravos na África Ocidental durante a Era dos Descobrimentos, com isso, as mulheres eram alistadas para o combate.
Viola veio ao Brasil juntamente com seu marido, que também é um dos produtores do filme, o ator Julius Tennon, para promover A Mulher Rei, em sua passagem pelo país, a atriz contou um pouco do filme e também da representatividade e heroísmo para a futura geração, mostrando através da origem africana e poder da General Nanisca, de que todos podem ter oportunidade e que qualquer menina pode sonhar em ser uma Amazona.
Um filme repleto de emoções e conectividade, quebrando o estereótipo da mulher branca como líder, colocando a poder negro feminino no topo, assim dá uma oportunidade para todas serem uma heroina guerreira, em uma trama reflexiva à realidade, dando um diferencial aos personagens, porém com uma igualdade no poder dos já existentes no mundo heroico.
A Mulher Rei mostra uma mudança na história no cinema, mas sem perder o contexto do ato de liderança, mas sendo representado por uma mulher, negra, amazona e líder, provando que não somos melhor que ninguém, apenas temos nossa autonomia. Uma história incrível, que vai além de um filme de ação, mas sim um drama histórico que nos permite humanizar mulheres que normalmente não foram humanizadas
A diretora soube trabalhar todos os aspectos históricos de modo coeso, traçando os fatos históricos com veracidade e sem floreios, deixando os livros de histórias parecendo fábulas de passatempo. Com um elenco impecável, no quesito atuação, fica difícil dizer que existe algum núcleo de personagens que quebra a narrativa do longa.
Além de Viola, o longa é estrelado por Thuso Mbedu, Lashana Lynch, John Boyega, Adrienne Warren, Sheila Atim, Jayme Lawson e Hero Fiennes Tiffin, com direção de Gina Prince-Bythewood.
A Mulher Rei chega aos cinemas nesta quinta-feira (22), pela Sony Pictures, em uma emocionante história de heroísmo, representatividade, poder e origem africana, mudando a história do cinema mundial.