Halloween Ends: O final de uma trilogia repleta de altos e baixos

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Em época de ressuscitar grandes franquias de terror com personagens icônicos, Halloween Ends, termina de forma nostálgica entregando o embate entre Laurie e Michael Myers. Com direção de David Gordon Green e distribuição da Universal Pictures, traz à franquia um filme que chega com grandes expectativas respeitando cada momento da nova trilogia.

O personagem Michael Myers foi apresentado nos cinemas no filme Halloween de 1978, do diretor John Carpenter. Desde a aparição, ele conseguiu atrair uma legião de fãs devido sua caracterização bem peculiar, isso trouxe popularidade suficiente para alavancar outros filmes da franquia, cerca de 13 no total, divididos entre linha canônica é a secundária, a fama rendeu a Michael um status de personagem icônico da cultura pop do gênero terror slasher.

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A trama de Ends começa exatamente de dentro da proposta apresentada na sinopse, Laurie (Jamie Lee Curtis) vive uma vida tranquila ao lado da neta Alysson (Andi Match), depois do sumiço do assassino em série Michael Myers, a mais de quatro anos. Apesar da calmaria na vida de Laurie, a cidade é atormentada por constantes eventos envolvendo pessoas e situações trágicas.

Um ponto em comum acaba por trazer Laurie ao passado de forma bem sutil quando ela decide ajudar um jovem acusado de assasinato de uma criança, e trazê-lo para dentro de sua vida ao apresentá-lo para sua neta. O filme parte desse ponto para conseguir engajar a trama de forma orgânica sem furos comuns cometidos em fechamentos de franquias.

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No entanto, esse “acerto” torna-se fadico a ponto de tornar os primeiros minutos da trama lento e arrastados. O elo entre a personagem mocinha e o vilão da história seria melhor trabalhado caso o personagem secundário fosse apresentado de maneira mais natural, dentro do primeiro ou segundo filme, isso porque o núcleo dele carrega todas as características básicas de vilão meia tigela que vai morrer no final de forma bem esdrúxula, deixando a trama e os núcleos em redor onde ele tem algum envolvimento, previsível e gerando um sentimento de perda de tempo na construção do ambiente.

Enquanto, o aspecto técnico do filme não traz grandes novidades, a sequência de câmera é simples e prática para gerar o impacto necessário ao público, trabalhando de forma dinâmica em planos abertos e fechados. Já a fotografia, trabalha na paleta de cores mais densa com tons alaranjados e cores escuras para causar sensação de medo e terror.

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O bom de Ends é a música nostálgica que quando toca traz uma boa dose de lembranças de quando o filme se vendia como terror slasher de peso. Não entenda mal, o filme consegue divertir e fecha o ciclo de forma bem emocionante, não é surpreendente como deveria ser mas carrega um boa dose de nostalgia e nisso se segura em boa parte da história final.

No geral, Halloween Ends, foi feito sob medida para os fãs da franquia. Para quem procura algo mais brutal e rápido em relação a história, talvez sinta um cansaço pela trama lenta em desenvolver uma conclusão orgânica na luta final entre a personagem Laurie e Michael.

Isso devido a inclusão de um personagem secundário usado como ponte entre aqueles pelos quais o público espera ver se digladiando no acerto de contas finais. Halloween Ends, não consegue fugir da previsibilidade mas entrega algo satisfatório, o embate prometido acontece sem grandes reviravoltas e revelações.

Halloween Ends chega aos cinemas dia 13 de outubro.

por Daniel Guimaraes

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