Em 2022, um dos maiores mestres dos quadrinhos mundiais completararia 100 anos se estivesse vivo, em 28 de dezembro, sendo consagrado com os personagens mais icônicos e memoráveis da cultura pop, como Spiderman, Capitão América, Iron Man, Black Panther, entre outros que fizeram de Stan Lee um célebre da nona arte em todo o planeta.
O quadrinista nasceu em Manhattan, NY, mas morou muitos anos em um quarto e sala na periferia do Bronx. Um leitor árduo, ele sempre sonhou em estar no meio editorial, e ser autor de um grande romance. O que foi possível graças ao seu tio Robbie Solomon, quando ele tornou-se assistente na editora Timely Comics, em 1939, quando Lee tinha 16 anos, logo após se formar no ensino médio, sendo um grande avanço para adentrar na cena quadrinística e ser formalamente contrado pelo editor Joe Simon.
Seu primeiro trabalho publicado, foi um conto ilustrado Captain America Foils the Traitor’s Revenge, publicado em Captain America Comics #3 em maio de 1941, junto com seu futuro grande parceiro de longa da data, Jack Kirby, foi quando ele começou a usar seu pseudônimo Stan Lee, tornando-o mais próximo e conectado aos leitores de quadrinhos. Mas, sua primeira cocriação foi o personagem Destroyer, em Mystic Comics #6 em agosto de 1941, posteriormente, ele desenvolveu outros personagens durante a Era de Ouro dos Quadrinhos incluem Jack Frost, estreando em USA Comics #1 em agosto de 1941, e Father Time, estreando em Captain America Comics #6 em agosto de 1941, e retornando em 1991, como coadjuvante na revista do Capitão América.
Após regressar da Segunda Guerra Mundial, Stan Lee, escreveu diferentes publicações, entre histórias de romance, faroeste, humor, ficção científica, aventura medieval, horror e suspense para a Timely Comics, que passou a ser conhecida como Atlas Comics.
Foi nesta época em que políticos americanos usavam dos quadrinhos, para distorcer suas histórias, acusando-as de e corromper as mentes dos jovens leitores com imagens ambíguas de violência e sexualidade, gerando uma onda de complôs e contradições às HQs, editores e autores do gênero, sendo criada em 1954 a Association of Comics Magazine Publishers (Associação dos Editores de Revistas em Quadrinhos da América). Porém havia muita censura para distribuição dos mesmos, pois as história haviam de passar por um código regulador, para que fosse autorizada a sua publicação.
E foi no final da década de 50, inspirado no então editor da DC Comics, Julius Schwartz, que trouxe de volta o arquétipo do super-herói, com as novas versões da Liga a Justiça e do Flash, que Martin Godman assentou para que Stan Lee criasse uma nova equipe de heróis, dando uma nova ênfase da cena dos quadrinhos e também, em sua carreira como autor e quadrinista.
Aconselhado por sua esposa Joan, Lee resolveu criar personagens distintos, que não fossem perfeitos em todos os sentidos, mas sim que eles fossem complexos e normais, vivessem em um cotidiano habitual e corriqueiro, tendo altos e baixos momentos de melancolia e vaidade, discutindo temas relevantes para qualquer pessoa, como pagar as contas, imrpessionar as garotas, levando-os a uma imaginação ímpar e uma conexão inerente entre os leitores de quadrinhos, o que levou um aumento significante na venda de quadrinhos da Marvel.
Entre esses personagens criados pela junção de Stan Lee e Jack Kirby estão, o Quarteto Fantástico — baseado nos Desafiadores do Desconhecido, uma equipe de super-heróis de Kirby publicada pela DC Comics, além de outros que vieram posteriormente e ganharam notoriedade muito rápido, como Hulk, Thor, Iron Man, Demolidor, X-Men, os Vingadores e um dos mais populares cocriado por Stan Lee, em parceria com Steve Ditko, Spiderman, em 1962. Nas todas as histórias, os universos era paralelos, mas eram compartilhados com essa era de heróis cocriada pelo autor.
Desde então, seus heróis ganharam notoriedade assim como seu sonho de se tornar um autor literário, apesar de estar firmado na cena dos quadrinhos, Stan Lee foi responsável por construir um senso de leitores e incentivar diferentes artistas ao longo de sua carreira, e ainda, foi condecorado em várias premiações de quadrinhos e literária, tornado-o referência singular e excepcional em popularizar os quadrinhos ao redor do mundo, sendo um marco também nas telonas, já que nas reproduções das HQs nos cinemas, todos buscavam pelo autor que estava presente em alguma cena aleatória, mas muito satisfatória aos fãs de Lee e dos quarinhos da Marvel.
E por isso, graças a essa grande trajetória, o maior festival de cultura pop nacional, irá homenagear essa lenda no pôster oficial da CCXP 22, para celebrar os 100 anos de Stan Lee e de seu legado memorável a cultura pop e aos quadrinhos mundiais.
O pôster traz frases icônicas do autor ao longo de sua carreira, com arte feito pelo ilustrador Márcio Hum, baseada na estátua da MiniCo, desenvolvida pelo artista, com seu traço único e referente, que transforma heróis em actions fofas e estilizadas.
“Uma honra ilustrar a arte da primeira CCXP física depois de dois anos de eventos on-line. Na CCXP Worlds 2020 eu tambèm ilustrei o pôster com o Stan, mas agora ele está fazendo algo que a gente tanto ama, ler! Ler quadrinhos!!“; comentou o artista em suas redes, que ainda afirmou que ainda há de vir novidades por aí.