O filme, O Gato de Botas: O Último Pedido, é dirigido por Joel Crawford, com produção de Mark Swift, em uma trama madura o suficiente com temas bastantes importantes e atuais, mostrando maturidade na construção de uma aventura épica e apaixonante. O novo longa spin-off de Shrek chega aos cinemas no dia 5 de janeiro de 2023.
De codinome, O último Pedido, o filme mostra uma trama bastante diferente ao trazer o felino em uma situação atípica, onde ele precisa ir atrás de um artefato místico para recuperar sua autoestima e confiança, além de algo bastante importante em sua vida, pela qual ele nunca deu valor quando tinha o suficiente.
Dito isso, é importante um pouco de contexto sobre como surgiu o personagem. O Gato de Botas, apareceu em 2007, no segundo filme da franquia de sucesso da Dreamworks, Shrek, o mostrando como caçador de recompensas contratado pelo rei para capturar u ogro. Com a inserção dele na franquia, e a ótima recepção pelo público, o Gato de Botas, passou a ser canônico dentro do universo de Shrek.
Devido a essa aceitação, em 2011, surgiu o primeiro filme spin off, de nome O Gato de Botas. Na trama, a vida dele é mostrada um pouco mais a fundo antes dele conhecer seu amigo Shrek. Em uma aventura ao lado de Kitty Pata Mansa, Humpty Dumpty, onde formam um trio de criminosos unidos para roubar feijões mágicos de um casal fora da lei.
O filme solo dele teve boas críticas e uma excelente bilheteria, a trama bem construída em cima do tempo de tela no desenvolvimento dos personagens ajudou no sucesso do longa. No ano seguinte, um novo filme foi lançado, dessa vez um curta metragem onde o Gato deveria recuperar um diamante roubado de uma princesa, e ainda ensinar bons modos a três pequenos felinos, com comportamentos bem duvidosos.
Com isso, chega em janeiro de 2023, o segundo longa metragem dessa nova franquia que se estabelece a cada novo lançamento. De codinome, O último pedido, a trama traz o gato em uma jornada de autoconhecimento sobre a forma certa de viver a vida, mostrando um amadurecimento do personagem em relação ao primeiro filme dessa franquia.
A trama fecha a história com três núcleos e os estabelece de forma orgânica sem perder o fio proposto desde o início. Digamos que no geral, em O Último Pedido, é estabelecida a necessidade de repensar sobre escolhas em relação à vida que se tem, ou como suas escolhas podem afetar terceiros sem você nem perceber.
Uma história simples, direta e madura na medida que avança. Aqui há alguns momentos pontuais e direitos, uma delas é sobre a inocência de acreditar em quem faz o mal disfarçado de bem, ou a ideia de ter tudo, e sempre querer mais, quando o correto seria repensar.
É maduro e divertido, consegue fazer uma crítica social bem direta e pontual, a direção é cautelosa em colocar em camada as mensagens para não gerar pauta fora de contexto da ideia apresentada. A produção ainda brinca nas cenas de ação colocando traços bem ‘cartunescos’, o que torna a experiência ainda melhor de ver, a montagem é inteligente e consegue prender a cada novo frame colocado na tela.
No geral, o filme é uma evolução necessária dentro de uma história simples e direta, que abraça temas importantes e relevantes e os apresenta de forma natural, causando no espectador o sentimento de reflexão.
por Daniel Guimarães